Livro 3 Cap. 1

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Alguns dias se passaram. As vezes acordo de madrugada pelos pesadelos que Snape tem, estou completamente exausta, mas tudo bem.

Daqui a pouco eu terei que ir até Sirius e falar com ele. Harry acabara de transformar sua tia em um balão.

Vou cautelosamente, até onde o cachorro está. Depois que Potter sai com o "ônibus", Black se vira, dando de cara comigo.

- Relaxe Sirius Black, se não nós dois seremos pegos. - O cachorro senta e me olha com confusão. - Dá para você voltar a ser um humano? É muito mais fácil conversar com você assim.

Ele faz que não com a cabeça e olha para os lados, eu logo entendo.

- Siga-me. - Eu começo a andar e ele fica imóvel. - Vamos, eu não vou fazer nada para machucar você.

Cautelosamente, Sirius me segue até minha casa, e lá ele se transforma em humano.

- Quem é você, e como sabe que eu sou um animago? - Ele me pergunta, com a voz firme.

- Sou S/n Marvolo Lestrange - Ele dá um passo para trás. - Mas pode me chamar de S/n Black.

-  V-você é a filha de você-sabe-quem? E como assim Black? - Reviro os olhos.

- Sou, mas nunca ficarei ao lado dele. Eu sou Black porquê minha mãe é a Bellatrix, sua prima. Agora... vamos conversar sobre algo importante, - Aponto a cadeira em minha frente, mas ele não se senta. - Harry. Meu pai está voltando logo e Potter ainda não está preparado. Eu sei que essa sua vingança é importante para você, mas não se esqueça, você é padrinho do Harry e tem um papel a cumprir. Lupin lecionará em Hogwarts, espero que você seja cauteloso e que não bote aluado nisso. - Ele me olha chocado, ninguém sabe os apelidos.

- Como você sabe disso?

- Bom, aparentemente além de prever o futuro, eu posso ver o passado. Coitado do Snape, o que vocês faziam com ele era maldade. Ah... os Weasley's vão entregar o mapa do maroto ao Harry, use essa informação sabiamente, almofadinhas.

Dito isso, Black se transforma em cachorro, olha para trás e segue seu rumo, ou melhor... seu Remus.

Cansada, deito novamente, mas ouço uma batida em minha porta.

- Entre logo, rabicho.

Pedro entra, com cautela.

- Ouvi falar de seus feitos, Lestrange. - Ele me diz, com sua voz amedrontada.

- Quem você quer enganar - Falo, me levantando. -  Eu sei que você estava aqui me ouvindo, seu ratinho sujo.

Ele se encolhe.

- Desculpe-me... - Ele fala, olhando para o chão.

- Pedro... olhe para mim, quando estiver falando comigo - Ele me olha. - Bem melhor. Então, o que o traz aqui?

- Eu gostaria de saber... como você pretende derrotar o lord?

- Eu não preciso derrotar o lord, só ajudar o grupo certo, sugiro que você faça o mesmo.

Ele se transforma em rato, e vai embora. Mostrando para mim que, o futuro continuará o mesmo.

-

-

Dois dias se passam e vou até a mansão Malfoy. Chego lá e vejo Draco, com sua máscara, abatido.

Eu: Oi Draco, como vai?

Draco: Ah, oi... vou bem...

Eu: O que aconteceu?

Draco: Não quero pensar sobre isso.

Eu: Ok, você sabe que pode me contar qualquer coisa, certo?

Ele faz que sim com a cabeça e eu dou um sorriso de cumplicidade.

- Oi S/n. Já está namorando o Malfoy? - Blaise me pergunta.

- Nos seus sonhos Zabini. - Rebato, o olho com frieza enquanto ele solta seu sorriso zombeteiro.

- Qual o seu plano para acabar com os traidores de sangue da escola? - Crabbe se intromete. Eu fico visivelmente desconfortável.  

- Dá um tempo Crabbe. - Draco fala, com seu mal-humor habitual.

Eu: Obrigada.

Draco: Disponha, S/n.

Eu: A Pansy está atrás de você.

Malfoy se vira automaticamente e dá de cara com sua amiga, que iria lhe fazer uma surpresa.

- Virou adivinho Draquinho? - Parkinson pergunta.

- Não, só estava indo pegar uma coisa que a S/n pediu. - O loiro sai, me deixando sozinha em sua roda de amigos.

Eu: Não me deixe sozinha aqui... seus amigos são loucos.

Ele dá um sorriso, que dá para ver do outro lado do salão. Logo, Blaise quebra o silêncio.

- Então... estão prontos para mais um dia naquela escola cheia de nascidos - trouxa?

- Nem me fale. - Goyle complementa.

- Por que o herdeiro de Salazar não fez seu trabalho? - Pansy pergunta.

- Porque Harry Potter interviu. - Digo, e eles olham para mim, como se eu soubesse mais do que eles, eles não estão errados. - O que? - Falo, dando de ombros.

- Qual o seu lance com Harry Potter? - Nott pergunta, chegando na roda.

- Não tenho nenhum lance com o Potter. - Falo, mantendo minha voz de desprezo. Só assim para fazer eles calarem a boca.

Draco volta, com comida bruxa e uma bebida.

- Obrigada Dray. - Digo e pego a bebida.

Snape: O que pensa que está fazendo aqui?

Ele me pergunta, assim que nossos olhares se cruzam na festa.

Eu: Estou aqui porque Draco me convidou.

Snape: Você está em território inimigo.

Eu: E você também.

O olho do outro lado da sala com irritação, ele entende o recado e para de falar comigo.

Draco: O que foi isso?

Eu: Simples... O Snape também pode se comunicar comigo através da mente.

Draco: É O QUE???

Ele me olha chocado, eu faço um sinal para ele se acalmar.

Eu: Desculpe, esqueci de te contar. Para o futuro eu precisarei de alguém em Hogwarts, alguém que eu possa confiar. Então escolhi seu padrinho.

Draco: Oh... ok.

Dou um sorriso e ele bota sua máscara Malfoy, indecifrável para os outros, mas não para mim.

Eu: O que te aflige?

Draco: Você só faz as coisas pensando no futuro, certo?

Eu: Certo.

Draco: Então porque o futuro continua mudando? Sim, eu consigo ver o futuro através de meus sonhos, por causa da marca.

Eu: Bom... as pessoas mudam de decisões rapidamente. Eu só estou fazendo a minha parte para não acontecer uma tragédia.

Ele me olha, depois assente com a cabeça.

Draco: Entendo.

A Menina Lestrange - DrarryWhere stories live. Discover now