Ray estava tomando seu café, sentado sobre a banqueta e os cotovelos apoiados na mesa da cozinha. Seus olhos atentos no jornal, o qual estava escrito "A famosa agência Destiny fecha contrato com uma banda de jovens garotos, Julie and the Phantoms". Estávamos famosos!

— É, Ray, sua filha está construindo uma carreira e tanto. Prepare-se para enfrentar todos os tipos de garotos babando nela - alerto, apontando o dedo para a folha. - Isso faz me lembrar das gatinhas na fila para o nosso show, no Orpheum...

Flynn invade meus pensamentos e eu nego, chacoalhando a cabeça. Não podia estar afim dela, seria um caso perdido ou melhor, de morto e vivo.

— E-Enfim, vamos ficar na sua filha, não é? Até porque ela sofrerá nos próximos dias, provavelmente... Não somos capazes de enfrenta-lo.

Ray bebe o último gole do café e se levanta, pondo a caneca na pia e deixando o jornal sobre a mesa. Ele caminha até a garagem e, ao chegar na porta, hesita, suspirando.

Ray: Hoje seria o seu aniversário, meu amor... Tenho certeza de que ficaria feliz por nossa filha, sendo capa de jornais e revistas, uma estrela da renomada agência Destiny... - diz, esboçando um sorriso triste.

— Ô, Ray, não chore... - percebo uma lágrima escorrer sobre sua bochecha e passo o dedo para limpar seu rosto, o mais velho arquea as sombrancelhas, provavelmente sentiu meu toque.

Emocionado, acabo chorando junto com meu amigo e o mesmo enfim entra no studio. Ele fecha os olhos enquanto caminha pelo local, tocando no piano devagar, seus dedos deslizando sobre o instrumento.

Ray: Ela se reergueu, querida, graças aqueles garotos da banda. Desde que os conheceu tenho a visto mais alegre, se reconectou com a música e voltou a sorrir! Ô meu amor, ela puxou o seu talento...

Ray senta em frente ao piano e dedilha algumas notas, chorando baixinho. Sento-me ao seu lado, tentando conter minha vontade de tocar consigo. Meu amigo lê Wake up e em seguida abraça as folhas contra seu peito, suspirando.

Ray: Obrigado, por tudo, obrigado. Nossa filha terá uma longa caminhada e eu estarei ao seu lado pro que precisar, querida, tenha certeza disso. Eu te amo!

Ah, o amor, esse sentimento tão forte que pode conectar e até salvar pessoas de diferentes formas.

Luke

— Lá vamos nós - digo, adentrando na casa de Bobby. É, eu falei sério sobre a vingança.

Agora que tenho controle de meus poderes, posso aparecer ou ficar invisível para quem eu quiser, ou seja, estou livre para assustar meu querido amigo. Vou até a sala e vejo Carrie conversando com... Nick? Eles voltaram?

Nick: Desculpa, Carrie...

Isso, voltem! Julie não gosta de você mesmo, ela tem olhos para outro...

Carrie: "Desculpa", apenas isso? Eu AMO você, Nick, amo! Isso não basta para você?

Nick: A gente não escolhe quem ama... Eu amo a Julie.

— Pera, o quê?! - encaro-os, confuso, porém ao mesmo tempo surpreso.

Carrie: MAS ELA NÃO O AMA! Será que você não percebe isso?! Ela gosta do guitarrista, todos sabem disso.

Estou começando a gostar dessa garota. Sorrio para ela, mesmo que não me veja.

Bobby/Trevor: Que gritaria é essa?

Carrie: N-Nada papai, estou apenas conversando com Nick - diz, fingindo um sorriso. - Tudo bem, você está ofegante..?

Bobby/Trevor: Aqueles garotos... - sussurra. - Eu apenas passei uns minutos na esteira, querida, estou bem. Preciso resolver umas coisas, ok? Te amo!

Carrie: Tá, tá - observa o homem subir as escadas e em seguida revira os olhos. - Nick, vá embora, desisto de falar com você.

Nick: Carrie, me desculpe, de verdade... Você merece mais. Você sempre lutou pelo seu sucesso, tudo que conquistou foi fruto de muito suor e noites ensaiando. Eu te admiro muito e sei que não a mereço.

A garota deixa uma lágrima escorrer pelo seu rosto e logo a retira com a mão, respirando fundo. Ela cruza os braços e faz uma pose de durona, o olhando nos fundos dos olhos.

Carrie: Saia, Nick - manda. - Saia!

O loiro então vai até a porta e, antes de sair, a olha uma última vez, esboçando um sorriso triste; suspira e vai embora.

Carrie: Imbecil... - sussurra, escondendo o choro com as mãos. - Aquele imbecil...

A moça sobe as escadas correndo e eu volto a minha missão principal: me vingar de Bobby.
Me dirijo até seu quarto e apago as luzes, o homem, que estava sentado na cama e com o celular na orelha, se assusta e vai o interruptor para acende-la.

— Acho que não adiantar...

Bobby acende as luzes e eu as apago em seguida, repetindo o ato mais três vezes, até o homem bufar.

Bobby/Trevor: Sério isso, justo agora?

O mais velho abre as cortinas e revela o pôr do Sol, porém eu logo as fecho. Bobby se assusta e da passos para trás, procurando seu celular. Pego o aparelho e faço com que "voe" no ar, rindo da expressão de Bobby.

Bobby/Trevor: São e-les... SÃO ELES!

— Hahaha, otário!

Começo a quebrar objetos de seu quarto, enquanto o homem soltava gritinhos finos, iguais aos de uma menininha. Assustar esse cara é diversão na certa!
Observo o quarto na procura de algo para usar e vejo uma luminária perto da televisão, fico a acendendo e apagando até que Bobby diz.

Bobby/Trevor: PARE DE GRACINHAS! APAREÇA, LUKE, EU SEI QUE ESTA AQUI!

Até que ele não é tão burro assim. Deixo a luminária acesa e me encosto na parede, cruzando os pés e braços, tentando esboçar meu sorriso mais perverso e então apareço na sua frente.

— Olá, Bobby.

Continua...

Gente, o que Luke vai fazer? O maluco apareceu pro Bobby, kkkk.
Me desculpem pelo sumido, ando com uns probleminhas e tô sem inspiração, sabe? Mas não vou desistir da história! Amo escrevê-la!
Obrigada pela companhia e até :)

E Se Acabasse Assim? | JUKE • JULIE AND THE PHANTOMSWhere stories live. Discover now