— Eu não estou preparado para vê-la crescer. Na verdade, não estou preparado para vê-los crescer. Vai ser difícil para mim. — suspirei tristemente. — Só de pensar que um dia eles não dependerão da gente, me dá um aperto no coração.

— E esse "um dia" chegará mais rápido do que imaginamos. — ela riu fraco, ainda com os olhos vidrados na nossa pequena. Seu semblante logo mudou e ela se levantou com um pouco de dificuldade. Violet colocou os cotovelos na cama e colocou suas mãos em seu rosto, respirando fundo.

— Você está bem? — pergunto aflito. Ela assente enquanto respirava fundo. — Quer que eu faça massagem? — ela negou. Quando ela estava com alguma dor, odiava que tocássemos nela. Pois é, Violet era estranha quando queria.

Fiquei a observando se acalmar por cerca de dois minutos. Violet finalmente se levantou e suspirou, fazendo um coque no cabelo e indo para o banheiro. Fiquei aflito na cama e a observei molhar o rosto e fazer suas higienes noturnas, como se nada tivesse acontecido.

— O que foi? — ela riu fraco ao se aproximar. Violet colocou as mãos em meus joelhos e me deu beijinhos.

— Você acabou de ter uma contração e está rindo? — arqueei as sobrancelhas incrédulo.

— A dor já passou, lindo.

— Você é inacreditável, esposa.

— Eu sei que sou. — ela deu de ombros e me deu um último selinho antes de ir para o seu lado na cama. — E sua esposa inacreditável quer dormir agarradinha com o marido dela hoje para curar a saudade.

— Podemos curar a saudade de outro jeito, mas Faith não merece acordar assustada com os pais transando no mesmo quarto que ela está. — ela riu fraco e sussurrou:

— E é por isso que você irá a colocar no quarto dela. — ela sorriu presunçosa e eu ri fraco. Nego com a cabeça e me levanto, sendo cuidadoso em tirar Faith do colchão e levá-la para o seu quarto que ficava colado no nosso.

A pequena se remexeu, mas assim que sentiu a maciez do colchão e seu risinho de pelúcia favorito, ela voltou a dormir serenamente. Aciono a babá eletrônica e lhe dou um beijo antes de sair.

— Eu te amo, filha. Boa noite. — sussurro e vou até a porta, sorrindo igual besta por ter sentido falta de fazer isso.

Violet digitava no seu celular e me observou ir ao banheiro com suas esmeraldas verdes. Eu não sei o que havia acontecido com aquela mulher, mas era visível o tamanho da sua libido.

— Calma, sua safada. Eu só vou no banheiro. — resmunguei e ouço ela rir. Faço minhas higienes rapidamente para não deixar ela esperando e assim que eu volto para a cama apenas de cueca, ela desliga o celular. Me deito na cama e só deu tempo de entrar debaixo do cobertor, Violet atacou meus lábios no mesmo instante.

Ri fraco ao corresponder o beijo de forma quente. Passo a mão pelo o seu corpo e lamento por não conseguir trazê-la muito para perto. Sua barriga enorme era o único obstáculo para isso.

— Eu ainda tenho medo de machucar os bebês. — comentei entre o beijo e ela me encara.

— Você não vai, amor. Tudo depende da posição que fizermos. A mais segura é a de lado e você sabe disso.

— Olhe só, e é uma das minhas preferidas! Que ironia, não é? — ela riu baixinho e eu soltei alguns risos em seu pescoço. — Fiquei com saudades. Duas semanas sem você foi o suficiente para eu ficar louco.

— Você precisa se acostumar, amor. Esse pode ser um dos últimos sexos que iremos fazer. Depois, só após quarenta dias. — ela sussurrou enquanto eu beijava seu pescoço.

FALLING | ʜ.ѕWhere stories live. Discover now