FRIENDS TO LOVERS | CONCLUÍDA
Jeon Jeongguk tinha dezoito anos e estava experimentando o amor pela primeira vez, mas o problema era que tais sentimentos foram aflorados por Kim Taehyung, e agora Jeongguk deveria achar uma maneira de manter aquele "p...
NOTA: NÃO ESTOU RELACIONANDO NENHUMA DAS MÚSICAS SOLO DOS TAEKOOK A SHIPPER, APENAS ESTOU USANDO PARA SEPARAR AS FASES DO RELACIONAMENTO DELES.
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Jeongguk estava na quadra, jogando basquete com os colegas de turma. A camiseta colada no peitoral por conta do suor, as palmas das mãos em tons avermelhados por conta do atrito que faziam com a bola de basquete, esta que, agora, quicava nas mãos de um dos jogadores enquanto Jeongguk corria para o outro lado da quadra, pronto para recebê-la e fazer mais uma cesta. Ele tinha uma boa pontaria e seus colegas sabiam que passar a bola para Jeongguk significava fazer pontos.
Estava ofegante, mas toda aquela atividade tinha valido a pena, afinal seu time estava ganhando. Jeongguk se posicionou, chegou ao outro lado da quadra em segundos, justamente quando o outro jogador de seu time lançou a bola pelo ar, e Jeongguk teria pego, ele só precisava dar um salto, correr três passos e arremessar a bola de basquete na cesta. No exato momento em que Kim Taehyung entrou em seu campo de visão, Jeongguk travou. Ele ficou estatelado no lugar, como se todos os movimentos voluntários do seu corpo tivessem perdido sua função e ele não soubesse mais como andar ou mexer os braços.
Taehyung sorriu, o vento bagunçava seu cabelo enquanto ele corria na direção da quadra. Tudo parecia em câmera lenta. O sorriso de Taehyung se transformou em uma careta preocupada quando a bola de basquete atingiu o rosto de Jeongguk em cheio, fazendo o pobre garoto tombar para trás enquanto todos ao seu redor paravam, tentando entender o que tinha acontecido com Jeon Jeongguk. Os adolescentes pararam em volta do garoto que gemia de dor enquanto protegia o nariz com sua destra. Ele sentiu seu nariz arder e quando Taehyung chegou ao seu resgate, Jeongguk se encolheu, rezando para que o melhor amigo não o tocasse, ou então ele entraria em combustão ali mesmo. Mas Taehyung, cumprindo seu papel de melhor amigo, ajudou Jeongguk a levantar.
— Onde dói? — Taehyung perguntou assim que sentou Jeongguk na arquibancada mais próxima. Ele deu um sinal para que o time continuasse o jogo e logo um outro jogador substituiu Jeongguk.
Jeongguk não conseguia ver o jogo porque Taehyung estava parado em sua frente, tão próximo que ele conseguia sentir sua barriga roncar por conta da fome, além do cheiro doce de seu perfume. Taehyung tocou as bochechas de Jeongguk, aproximando-se ainda mais, os narizes quase tocando-se enquanto o melhor amigo parecia analisá-lo por completo.
— Não está doendo — Jeongguk murmurou, afetado pela proximidade do outro. De fato não estava doendo, pelo menos não o seu rosto.
Se permitiu encarar Taehyung, cada canto do seu belo rosto. Seu peito ardia em resposta, o coração batendo rápido enquanto sua boca secava, pedindo por mais. Jeongguk sentia-se um miserável no deserto, rastejando nas dunas arenosas e secas, as mãos calejadas agarrando punhados da areia e no horizonte, estava Taehyung. Ele parecia fresco, arejado e mataria toda a sede de Jeongguk em segundos com seus lábios molhados, mas esse Taehyung era só uma miragem e por mais que Jeongguk se arrastasse pelo deserto, nunca alcançaria tamanha graça.
Jeongguk estava em um ponto de sua vida que a dor de não ter um amor correspondido superou a dor física. Logo, aquele ardor ao redor de seu nariz não era nada comparado com o gritar de seu coração clamando por Taehyung, por cada parte dele, até mesmo os dedos dos pés.
Não sabia dizer ao certo quando foi que se apaixonou pelo melhor amigo, nem mesmo percebeu o quanto aquele sentimento estava crescendo. Um dia simplesmente acordou chorando porque em seus sonhos, ele e Taehyung tinham se beijado. Foi um lindo sonho, Jeongguk jamais iria esquecer da sensação de ter os lábios do melhor amigo nos seus, o toque inocente carregado de sentimentalismo. Depois daquele dia, Jeongguk nunca mais foi o mesmo.
No início foi um baque. Como poderia estar apaixonado pelo seu melhor amigo? Aquele com quem Jeongguk brincava no parquinho e no final do dia, dividia um sorvete de morango planejando um futuro onde não viveriam um sem o outro. Aquele com quem Jeongguk dividiu seus maiores segredos. Aquele que protegia Jeongguk dos valentões no ensino fundamental e que era um exemplo para si e com quem dividia seus lanches na hora do intervalo debaixo de uma árvore afastados dos demais, rindo e falando baboseiras. Aquele que pedia sua ajuda para acobertar-lhe quando saia no meio da noite para se encontrar com uma garota.
Essa última parte, particularmente, fazia Jeongguk querer sumir com aquele sentimento devastador.
