- Ethan! Oi, amor. Senti sua falta - disse apertando seus braços ao redor de seu corpinho magrelo.

- Podemos ir ao parque? Por favor, por favor...

- Lamento, querido, mas não podemos agora, - o garotinho fez um biquinho triste - mas irei com você assim que puder.

- Por que não podemos sair? Papai também não me deixou ir para escola. Eu quero sair!

- Eu sei que você quer. Prometo que sairemos logo e vamos brincar muito no parque. Pode ser paciente por mim?

Ela sabia que ele não seria, mas o garoto concordou mesmo assim.

Depois que ela acalmou seu sobrinho subiu para seu quarto para desfazer as muitas sacolas que ela tinha. Ela tirou as roupas que comprou no dia anterior com Aaron, parecia tão distante agora que estava de volta. JJ e Pen ficaram loucas em saber que ela achou a saia que elas procuraram por semanas e não acharam. Ela tirou tudo que comprou e guardou em seu armário. Por fim ela tirou o último item das sacolas, não foi a saia que ela procurou por semanas, não foi os vestidos confortáveis para usar em uma tarde de domingo e com certeza não foi o jeans que valorizava suas pernas. Era a camiseta preta desbotada de Aaron. Emily a pegou nas mãos sentiu a macies do tecido e depois levou ao nariz, não tinha mais aquele cheiro forte dele como da primeira vez que ela usou, prevalecia mais o cheiro dela, mas se ela fechar os olhos e respirar bem fundo, poderá sentir o cheiro dele. Ela não sabe ao certo o que a fez colocar a camisa de Aaron em suas coisas e não tem certeza de que quer descobri o que a impulsionou a fazer.

Ela guardou a camisa em uma das gavetas e foi para o banho.

Suas amigas apareceram duas horas depois.

- Deus, Emily, você nos assustou - disse JJ.

- Sim, - concordou Penelope- onde você esteve?

- Eu estou bem. Eu fiquei em um hotel pouco movimentado, de qualquer maneira não importa agora. JJ vou precisar da sua ajuda quanto ao que falar na minha declaração.

A amiga concordou com a cabeça.

- Sério, meninas, eu sei que sou uma fofa e não aprovo violência, mas eu queria tanto, tanto a cabeça de Aaron Hotchner em uma bandeja - Penelope rosnou.

Emily que estava sentada na cama abraçadas aos joelhos apenas se encolheu, permanecendo em silêncio.

- Emily, tem certeza que está tudo bem? - a outro loira, que estava mais calma que Penelope, perguntou.

- Sim, estou. Só estou um pouco cansada - respondeu.

- Quer que Pen mande um vírus para todos o eletrônicos dele? Ou que invada as redes sociais dele? Ou melhor, que ela poste uma foto constrangedora dele?

Emily não sabia porque, mas ela só conseguia escuta as palavras dele dizendo: se eu tivesse pelo que lutar não teria feito isso para começar. O que ele queria dizer com isso? Ele não achou valia a pena utar pelo seu irmão, mãe ou amigos?

- Não mexa com ele.

As duas loiras não entenderam o pedido dela, normalmente ela se agarraria a qualquer coisa que pudesse prejudicá-lo.

...

Aaron assistia a coletiva de Emily na TV. Ele sentiu um estranho orgulho por ela está se saindo tão bem. Como no programa ao vivo ela fala com firmeza, segurança e paixão. O que ela fala não é um mero discurso escrito para melhorar sua imagem, é a verdade. Ele ver sinceridade quando ela diz que não quer ofender nenhuma religião e que estes, principalmente estes deviam ter compaixão com os que se deixaram levar por coisa mundanas.

A linha tênue entre o amor e o ódioWhere stories live. Discover now