||𝐈 𝐌 𝐀 𝐆 𝐈 𝐍 𝐄 𝐂 𝐑 𝐄 𝐄 𝐏 𝐘 𝐏 𝐀 𝐒 𝐓 𝐀||

°YURI° Jane The Killer x Marry Vaughn

|| Vocês não imaginam o quanto eu queria fazer esse shipp '3, pedido de MelEverlasting_real. Boa leitura!💕

  O doce e delicado cheiro do chá de (algum chá de), já no finalzinho na xícara de porcelana branca, e o livro de thriller psicológico tinham sido as únicas companhias de Marry durante o mês em que sua esposa estava fora, era o segundo livro naquele mês que leu para se distrair no tempo em que esteve sozinha, a sensação de vazio era agoniante.
  A algumas semanas Jane The Killer havia dito que voltaria para casa em menos de quatorze dias, naquele dia, completava um mês que ela não voltava para casa. A morte não era uma opção para a de cabelos negros, Marry sabia disso, gostava de pensar que a sua Dama da Morte tinha a dona morte na palma da mão.

  Os dedos da mulher viraram a página do livro quando o capítulo acabou, o baixo som da página se arrastando se misturava com o assobio do vento bruto de fundo e das janelas fechadas se debatendo, a chuva do lado de fora tinha começado em menos de uma hora e já estava forte, mais cedo Marry tinha visto no noticiário o homem que apresentava o jornal da manhã aconselhar os moradores a não saírem de casa para evitarem acidentes - mais um motivo para Jane não voltar para casa hoje.
  Estava na cozinha terminando seu chá quando um estrondo forte do  quarto de hóspedes quebrou o silêncio da enorme casa, trazendo junto o frio do lado de fora. Com uma tranquilidade invejável Marry tirou os olhos do livro e levou a atenção para o relógio pendurado acima da enorme TV da sala, que ficava depois do estreito corredor que dava para quase todos os cômodos da casa.

Marry apenas precisou cerrar levemente os olhos e forçar o corpo para trás para conseguir ver (o mesmo movimento que fez todas as outras vezes naquele dia)

16:39. Ainda. A loura suspirou brevemente, se levantou da cadeira e caminhou pelos corredores escuros da casa até o quarto cujo o estrondo indicava que a janela havia sido aberta pelo vento violento.

Ao chegar e ver a janela arreganhada e um pouco do lençol da cama molhado Marry não teve pressa, a fechou com a mesma calma que teve o dia inteiro e voltou para a cozinha afim de terminar seu chá e ver alguma série que a fizesse esquecer da solidão até de noite, mas quando passou pela sala e viu a porta aberta seus planos imediatamente mudaram:

- Jane!
Marry chamou pela esposa, em um tom animado que atraiu a atenção da de cabelos pretos para ela.

Jane nem teve tempo de retribuir as palavras, Marry imediatamente pulou em cima dela para um abraço caloroso, nem dando importância se esta estava toda encharcada pela chuvarada.

- Olá Marry.
Jane disse, fechando a porta atrás de si e retribuindo o abraço da amada.

- Ahh.. Eu senti tanta saudades! Pq você demorou tanto?
A loira tinha muitas perguntas a fazer. Como tinha ido? Comeu? Eles a trataram bem? Tinha algum ferimento? Choveu tanto quanto choveu ali? Eram tantas dúvidas e preocupações.

- Acabou me ocorrendo mais uma vítima de última hora...
Respondeu Jane caminhando até a cozinha ao lado da esposa.

· · ·

21:59. A chuva ainda continuava violenta, teve alguns pequenos intervalos na qual ficou calma porém sempre voltava com força, os trovões e relâmpagos tornavam ainda melhor para ver séries, a tarde inteira Marry não largou de Jane, nem mesmo no banho, agora ambas viam Euphoria deitadas de conchinha.

Ao final do último episódio Jane desligou a TV, apesar do escuro os raios lá fora iluminavam o quarto de vez em quando. Marry olhou por cima do ombro a companheira