Capítulo 8

202 15 0
                                    

Acordo com o celular estourando os meus ouvidos de tanto chamar, levanto e atendo sonolenta.

_ Alô, quem fala? _ Pergunto ainda sonolenta

_ A senhora chama se Valentina!? _ Desconhecido

_ Eu mesma, o que deseja.

_É que encontrei seu amigo. _ Diz que se chama Michael, e está ferido. _ Disse no entanto preocupado e quase que caio de trás com a notícia, alceio subitamente da cama, pego na bolsa e saio para garagem.

_ Onde vocês estão? _ Pergunto pegando a chave do carro.

Ele diz o endereço e conheço o lugar, são duas quadras daqui.
Entro no carro e saio dirigindo, eu sei que mãe não vai gostar mas foi por justa causa.

Saio dirigindo como se estivesse na competição com os velozes e furiosos, nem o facto de não ter carteira de motorista não me importava, apenas queria chegar onde se encontra o meu amigo. Anseio não ser detida pelo caminho.

Não demorou muito para eu chegar no local, desço e saio correndo procurando por eles e só notei que estou descalça quando pisei no soalho, vejo um cenário dilacerante, meu amigo encontrara se desfalecido.

_ Miche, por favor fala comigo. _ Falo o pegando no colo e meus olhos não conterá as lagrimas.

_ Ele desmaiou senhora, já liguei para ambulância. _ Disse o homem desconhecido

_ Tudo bem, enquanto ambulância não chega, vou ligar para minha mãe, é médica. _ Falo tirando o celular da bolsa

Ligo e o celular dela chama, mas não atende, que odeio, logo agora que preciso da sua ajuda, para minha sorte atendeu na segunda tentativa. "  Filha, a que devo sua chamada a essas horas." "Mãe! é o Miche."  Digo lacrimejando, "Calma filha, respira fundo e me diga o que foi." "Ele está ferido, e desmaiou, ligamos para ambulância e ainda não chegou, o que faço mãe."  Falo já um pouco calma. " Presta atenção filha, vire o para cima, com as costas no chão e cabeça de lado, para facilitar a respiração, se há hematoma na cabeça ou tem alguma chance dela ter fracturado um osso, evite tocá-lo, entendeu filha." " Esta bem mãe."  Desligo o celular e faço os movimentos recomendados. Conversa que acontecia por volta das 12Pm, depois que fiz as orientações da minha mae a ambulância chegou e é colocado na maca e de seguida colocam o respirador nele para ajudar na respiração.

_ Quem vai na ambulância? _ Pergunta o socorrista

_ Eu vos encontro na frente. _ Digo tirando a chave do carro.

_ Eu vou na ambulância com ele. _ Disse o moço que me ligou.

_ Esta bem até lá.

Ambulância saiu dirigida pelo automobilista em direcção a Cruz Vermelha, e ouvia-se a sirene da ambulância tocando. Mando mensagem para minha mãe. "_ Mãe, estamos indo ai, pode nos receber?" Que logo foi correspondida "_ Claro filha."

Deixo o celular no porta-luvas e saio dirigindo, meio que trapaceei ao desrespeitar os semáforos.

Chego na Cruz Vermelha logo depois da ambulância, pego a mão dele enquanto os enfermeiros corriam pelos corredores da Cruz Vermelha.

_ Desculpe senhora, terá que esperar aqui fora. _ Disse o médico.

Vejo minha mãe e corro até ela.

_ Mãe, eu não estava lá, para ajudar ele. _ Digo no colo dela chorando.

_ Calma minha filha, ele só teve o azar de estar no lugar errado e na hora errada.

_ Mãe! Esqueci de ligar para tia Lola.

_ Liga filha, enquanto isso vou procurar informações.

Não permitiram minha mãe entrar, segundo o médico, por Miche ser praticamente da família, minha mãe entraria em comoção, o que não concordo, ninguém melhor que ela para cuidar dele, mas quem sou eu para contestar. Pego no celular e mando mensagem para tia Lola. "_ Tia Lola, desculpa a hora, mas estou no Hospital Cruz Vermelha, Miche sofreu um atentado." "_ Meu Deus Val, vou ai." Escreveu tia Lola como resposta.

Era meia-noite quando troquei mensagem com tia Lola, e graças a Deus que era antes dela dormir, fico na sala de espera, agonizada sem notícias e nenhum médico sai para dar notícias.

_ Doutor como está Michael?! _ Pergunto assim que vejo o doutor encarregado do seu caso.

_ Ainda esta inconsciente, ainda fará-se exames.

_ Ouviu mãe, está inconsciente. _ Digo tendo outro ataque de choro

_ Tenha fé filha, o doutor Mário é um dos melhores deste hospital, esta em boas mãos.

_ Que Deus ouça-te mãe, com licença vou a capela rezar.

Entro na capela, caminho até afrente e ajoelho, digo em nome do pai, do filho e do espírito santo, amém, fazendo com as mãos e fico rezando.

_ Jesus, mestre dos médicos de todos os tempos. Vós ressuscitastes dos mortos e restaurastes a saúde dos doentes. Fazei-o também com os tormentos físicos e mentais, pois nenhum obstáculo é muito grande diante de vossa presença. Por vosso amor poderoso e omnipresente, eu peço por vosso abundante amor que cura o meu amigo.

Oro por um tempo e volto para sala de espera e encontro tia Lola.

_ Tia, não pude ajudar ele. _ Falo abraçando tia Lola.

_ Valentina, não foi sua culpa. _ Disse tia Lola.

_ Não me perdoaria nunca se acontecer algo pior.

_ Não diga isso, filha.

Entrou doutor Mário na sala de espera e minha língua formigava para perguntar e meus ouvidos prontos para receber uma boa notícia.

_ Doutor, como está meu filho? _ Pergunta tia Lola, correndo até o mesmo médico.

_ Nas análises que fizemos, esta demonstrando uma melhoria graças aos primeiros socorros que recebeu da sua amiga. _ Disse o doutor calmo.

_ Ai! Graças a Deus. _ Disse minha mãe.

Deus muito obrigada pela notícia.

_ Já podemos vê-lo? _ Pergunto ansiosa em querer vê-lo.

_ Ainda não acordou, mas podem sim. _ Acrescenta o médico

Agradeço e vou a sala do Miche, entro e ele dormia feito anjo que ele é. Ainda vou investigar quem machucou ele, e vai se ver comigo.

Sento no banco e fico olhando para ele, falo que vai ficar bom e que logo logo vai-me levar para passear, e digo para ele lutar, porque a vida sem ele não teria graça.

O espaço é preenchido pelo outro ser que é tia Lola

_ Filha! vai para casa descansar, amanhã tem aulas.

_ Eu só vou sair daqui quando ele acordar. _ Digo olhando para Miche.

_ Tudo bem, teimosa que é, sei que não vai mudar de ideia.

_ Com certeza que não. _ Digo

_ Eu já vou descansar, volto amanhã. _ Fala se despedindo

_ Vá tranquila. _ Digo

Ela sai e fico com meu melhor amigo que até ferido é bonito, tiro o preço da felecidade e leio bem perto dele.

Meu professor tatuadoWhere stories live. Discover now