Capítulo 3

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Acordo com o despertador tocando, e rapidamente o desligo. Eram cinco horas da manhã, abri não apenas os olhos, mas também a minha infinidade de portas e janelas simples com vidraça em madeira, tiro minha dormida, e entro na casa de banho, escovo os dentes, amarro cabelos e tomo banho, não lavarei o cabelo visto que não poderá secar e não gosto de usar secante, destarte tomo banho rápido, amarro toalha e vou á cozinha.

Preparo o café da manhã, tomo e deixo para minha mãe e escrevo um recado.

Recado
Mãezinha, bom dia, não quis acordar a senhora, preparei o café com muito amor.
Da tua filhinha
.

Deixei o recado em cima da mesa, e subi para o meu quarto, vestir-me, para ir a faculdade. Trajo calça jeans larga na parte de cima e um pouco justa na barra e meu quadril fica destacado, combino com cope de mangas, passo maquiagem simples, só para realçar minhas qualidades.

Pego minha mochila e saio de casa, pego o mesmo táxi de ontem, ele já conhece a rota, então ele dirigiu em direcção a faculdade e pego meu celular e mando mensagem para Miche. " Miche, já na faculdade?" Não obtive resposta, o que deu nesse garoto para não responder minha mensagem, faço o de sempre, encosto na janela e aprecio a bela vista que RJ nos proporciona.

Depois de uns minutos, estava no portão da faculdade.

_ Sã e salva senhorita. _ Disse o taxista parado na calçada da UERJ.

_ Obrigada.

Entro na faculdade, procuro por Michael e não encontro-o em lugar nenhum, começo a ficar preocupada e insisto o avisando do seu atraso. "Miche, onde esta? Está quase na hora." Meu relogio marcava um para as oitos e nada dele. Não fui respondida, assim que ele chegar, matá-lo-ei.

Já havia passado da hora da primeira aula e eu toda preocupada com o suposto desaparecimento de Miche.

_ Bom dia alunos. _ Cumprimenta o professor, que até então não dei-me o luxo de olhar, mas perai a voz soa familiar, levanto a cabeça e não é possível.

_ Bom dia professor. _ Os colegas responderam.

Os nossos olhos se cruzaram, encaramo-nos por 30 segundos e logo desviei o olhar.

Ele fez o mesmo, e pediu para que a turma se apresentasse.

_ Sou Arthur Bragança, vosso professor de estatística.

Então o bonitão, tatuado chama se Arthur, que nome bonito, com certeza é o novato.

Era meu fim, não basta o Miche que ainda não chegou na faculdade, tinha que aturar o meu novo professor, que por ironia da vida é o desastrado, tatuado e bonito de ontem.

_ Senhorita ai. _ Ele aponta para mim, e depois olha para o quadro que tinha um exercício.

Aparentemente o professor novato cismou com minha pessoa, era inacreditável que numa turma repleta de alunos apenas escolheu a mim, que mal sei resolver tais exercícios.

_ Valentina Martins, é meu nome. _ Digo irritada e louca da vida.

_ Que seja, para o quadro. _ Disse entregando-me o marcador

Que odeio desse homem, levanto da carteira, pego no marcador e olho para o exercício que estava para mais um bicho de sete cabeça e tento resolver.

_ Senhorita está a remanchar minha aula_ Disse o professor novato

_ Eu já disse que sou Valentina, e estou a pensar, não posso?

_ Vá se sentar, obscurecera esperando você pensar. _ Ele disse e agradeço por isso, vou-me sentar e ele resolve os exercícios em questão de segundos.

Não é que ele é inteligente, mas não lhe daria crédito por ser chato. A aula sucedeu-se bem e já havia terminado a aula dele, mas não podia deixar de lado o jeito chato dele.

_ Senhorita Martins...

_ Senhor professor.

_ Por ter dês conseguido o exercício, resolverás esses exercícios e trá-lo-ás na próxima aula.

_ Professor, você é quem manda.

Levo a ficha e saio da sala chateada, só deu a mim, que odeio desse homem, se algum dia achei ele bonito, retiro o que disse, tem pedra no lugar de coração.

Pego meu celular para ver se Miche mandou mensagem e vejo da minha mãe. "Filhinha, Obrigada pelo café, prometo jantar com você hoje, boas aulas e beijo" ta mais para um recado informativo não correspondo, "musa, houve imprevisto, mais logo me actualiza, abraço." Recebi o recado do Michael á um quarto para dez, "ok, se cuida." Respondo e entro noutra aula, que sucedeu super bem, além do professor novato, dou-me bem com todos os professores, menos com ele. Comecei mal na disciplina de estatística.

Saio da sala, passo da lanchonete, como alguma coisa e pego táxi em direcção a Gatos de botas.

Pago a corrida e entro na lanchonete, ao meio-dia e meia me encontrava no meu local de trabalho, ponho uniforme camisa branca estampada com o nome da lanchonete no lado esquerdo do peito, e começo a trabalhar, atendo e atendo, e já estava estafada.

Tudo estava calmo, pego no meu celular e dou uma conferida. "Venho buscar-te as 5h da tarde," correspondência de Michael que tratei de responder de imediato "Tudo bem". Deixo o celular e vou atender as mesas e paro do lado do balcão e Stela caminha até mim.

_ Valentina, o senhor que se encontra na mesa do centro, se recusa a ser atendido por uma pessoa que não seja você, da conta?_ Pergunta Stela.

Stela vira-se, tomando outro rumo e fico pensando, quem deve ser, penso que seja Miche e meu pensamento some quando vejo quem lá está, o chato novato do meu professor.

_ O que vai querer senhor?

_ Por favor, senta-se. _ Pediu educadamente, o que me surpreendeu bastante.

Ai tem coisa, não sei o que é mas é o que vou descobrir, me sento sem retrucar.

_ Pós bem, pelo seu bem precisa se esforçar mais na matéria, vejo que o que tem de insolência tem de anta.

_ Agradeço a preocupação, mas da minha vida cuido eu, e se sou anta não é problema seu. _ Cuspo as palavras e pego na caderneta e pergunto mais uma vez...

_ O que vai querer?

_O de sempre.

_ Lamento mas não vistorio o que o senhor costuma pedir. _ Falo já perdendo a paciência.

_ Filé a Oswald Aranha, por favor _ Ele responde calmo e sereno, me retiro, pego o pedido e deixo-o na mesa, atendo outras mesas.

Fim do expediente, troco o uniforme e coloco num lugar conservado, saio da lanchonete e encontro Miche encostado no seu carro a minha espera.

_ Docinho como está? _ Cumprimento-o e dou-o um grande abraço.

_ Estou inteirinho. _ Ele dá um giro e abre a porta do carro para eu entrar e o faço, e vai dirigindo a caminho da minha casa.

Meu professor tatuadoWhere stories live. Discover now