Capítulo 4

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Miche dirigia pelas ruas de RJ, rumo á minha casa, eu e meu amigo escutávamos a música de Ed Sheerean intitulado Thinking Out Loud, o cantor britanico que conquistou nossos coracoes com suas músicas encantodoras. Enquanto soprava o pequeno instrumento, o nosso olhar se perdia em comteplamcao. Passava muita coisa em nossas cabeças mas nem tao pouco pudia imaginar o que passava pela cabecinha do Miche.

_ Chegamos Senhorita.

_ Obrigada.

Paro em frente a porta e procuro por chaves na mochila, destranco a porta e entro na casa e por tras segue Michael, antes mesmo de fazer alguma coisa sou surpreendida por uma senhora loira,pele lisa, com uma cintura e anca de nove para dez, me sufocando com um forte abraço, e eu me pergunto o que deu na dona Flora.

_ Mãe, esta me sufocando.

_ Menos filha. _ Disse abraçando Miche.

_ Michael querido, como está?

_ Estou bem tia, vim passar matéria com Vale, não fui a faculdade hoje.

_ Tudo bem, vou terminar de cozinhar.

_ Vamos para o quarto. _ Falo levantando para subir as escadas.

_ As ordens Senhorita. _ Disse de uma forma divertida.

_ Hoje cismaram em me chamar de Senhorita.

_ Quem mais chamou-te de Senhorita?

_ Ninguém. _ Respondo apenas, não queria falar do assunto, não agora.

Depois dum tempo discutindo em relação a matéria e dado a ele o meu material para se inteirar do assunto, minha mae veio nos chamar para jantar

_ Vamos jantar, antes que dona Flora volte. _ Falo fechando meu caderno de estatística.

_ Vamos

Descemos degrau por degrau das escadas que levavam-nos a sala do jantar de mãos dadas como bons amigos que somos

_ Sentam-se, podem servir. _ Disse minha mãe, colocando a sobremesa mosaica de gelatina.

Jantamos em silêncio, uma e outra vez minha mãe perguntava sobre o primeiro dia de aulas.

_ Obrigada pelo jantar, estava delicioso.

_ Nadinha.

_ Bom tenho que ir, Valentina amanhã passo te levar para faculdade ta bom.

Miche se levantou e deu beijo na bochecha da minha mãe

_ Esta bem, se cuida. _ Disse minha mãe

O levo até a porta, e ele se despede com um abraço, e paro na porta vendo ele dirigir e vai embora, entro na casa e vou ao encontro da minha inspiração.

_ Filha, Miche é um bom amigo.

_ Ele é maravilhoso, mãe.

_ Me conta, quando vou conhecer teu namorado. _ Disse ansiosa

_ Que namorado mãe.

_ Ué, não me diga que não tenho genro.

_ Mãe..._ Falo envergonhada

_ Quando eu tiver namorado, a senhora será a primeira a saber. _ Falo com a intenção de fugir do assunto, o que não adiantou muito.

_ Lembre se filha, nem todos os homens tem o mesmo comportamento. _ Fala pegando no meu rosto, obrigando me a olhar para ela.

_ Mãe, eu amo a senhora mas não quero falar disso, ainda não estou pronta para um novo relacionamento. _ Falo encostando minha cabeça no seu colo.

_ Esta bem filha. _ Ela me faz cafuné e ficamos em silêncio, amando a companhia uma da outra.

As vezes sinto falta do meu pai, mas dona Flora, preenche esse vazio do papai com seu amor e carícias.

Me levanto e me despeço da minha mãe.

_ Mãe, bom descanso, já vou subir. _ Digo saindo do seu colo

_ Bom, descanso filha.

Ela dá-me um beijo e subo para o meu quarto, já no quarto, pego na ficha que o professor tatuado me deu, resolvo os exercícios, pego no celular para ver as horas, e era 00h:05min, fecho a ficha e tomo um banho rápido, ponho meu pijama estampada personalizada e deito.

Fico pensando no professor novato e acabo dormindo.

***
Engatinhava pelos corredores da casa, quando de repente ouço um grito vindo do escritório, a pessoa gritava socorro, implorava por ajuda, gatinho até onde ouvi os gritos e vi meu pai, queimando e não pude fazer nada e grito.

Papai não me deixa, papai não me deixa, papai não me deixa.

Tentava tira-lo dai, mas o fogo era intenso, chorava e não parava de chorar.

Debrucava-me nos lençois tentando-me locomover e não resultava em nada, quando despertei com as mãos suadas, e minha mãe estava do meu lado. Me abraçou forte e deitou comigo.

_ Filha calma, foi um pesadelo, estou aqui.

_ Mãe foi horrível, era o papai pedindo ajuda e eu não pude fazer nada.

Ela enxuga as minhas lágrimas e faz cafuné.

Durmo com minha mãe ao lado e não demorou muito para dormir feito anjo.

Acordo com o despertador tocando, faço minha higiene matinal e desço para cozinha, encontro minha mãe preparando café.

_ Bom dia filha, como se sente?

_ Estou bem mãe, e a senhora?

_ Estou bem. Senta te para tomar seu café.

Me sento e tomo o café com minha mãe, eu sei o quanto é doloroso não ter papai aqui em casa, por isso não comentaria mas nada do meu pesadelo.

_ Filha, hoje volto tarde, ficara bem?

_ Sim mãe, não se preocupe.

Minha mae sempre demostrando seu amor por mim, degustava do meu café quando recebo uma notificao, "Estou aqui fora." Recado do Michael.

_ Mãe, tenho que ir, Miche já está lá fora.

_ Tá, dá um beijo a ele por mim.

Disse terminando de tomar seu café, subi as escadas apressadamente indo ao meu quarto, pego pasta dentifica e passejo meus dentes que brilharao feito porcelana, levo minha mochila e meto o necessário para o dia de hoje.

_ Tchau mãe. _ Grito, e abro a porta e vejo Miche no banco de motorista e entro no carro e partiu faculdade.

_ Como descansou? _ Pergunta Miche, enquanto dirigia pelas ruas de RJ a caminho da UERJ.

_ Tive o mesmo pesadelo de sempre e acordei com o coracao acelerado.

_ Ai amiga, que horrível, como se sente? _ Pergunta meio receoso.

_ Estou bem. Não tem porque se preocupar.

Encosto minha cabeça na janela, o silêncio pairava no carro e eu estava sem ânimo para diálogo.

Meu professor tatuadoWhere stories live. Discover now