14. Só o Tempo Trará as Respostas

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- E esse bebê? - Jennie sorriu ternamente ao olhar para Theo - Posso...carregá-lo?

- Hã...claro! Esse é o Theo, meu filho mais novo. - Tanto ela quanto Manson levantaram-se. A morena tomou o pequenino nos braços, recebendo uma gargalhada infantil em retribuição às graças que fazia - Ele gostou de você.

- Têm quantos filhos? – Kim perguntou, curiosa.

- Ah, só ele e Roseanne.

- Eu não poderia imaginar que você levasse jeito com crianças. - Clare retornou para a sala, surpreendendo-se com o bebê no colo de Jennie.

- Está falando sério? O destino ainda me não deu indícios de que serei mãe algum dia, mas eu gosto de crianças. Crianças e animais. Não parece, mas amo.

- Definitivamente não parece mesmo! - Enfatizou a mulher de cabelos curtos enquanto colocava o copo com água sobre a mesinha de centro.

Ainda sentindo o clima excêntrico que pairava no ar, Park apressou-se em tecer um comentário sobre um assunto completamente diferente do que estava em pauta no momento.

- Então... eu... estou bem. Tirei a tipóia do braço, os ferimentos tiveram ótima cicatrização. Estou muito bem. E...você?

O caçula da família não permitiu que a morena respondesse de imediato. Reclamando de fome, começou a resmungar palavras ininteligíveis em tom choroso, pedindo o colo da mãe.

- Está na hora da mamadeira dele. - Disse Clare, o pegando dos braços de Kim.

- Parabéns. Seu filho é lindo!

- Obrigada! Com licença.

- Quer ajuda, amor?

- Não precisa. Obrigada! - Ela falava mais alto que o normal, já seguindo em direção à cozinha novamente.

Jennie tomou um gole da água. Estava visivelmente constrangida. Aliás, todos ali se mantinham talhados da liberdade total de ações na presença um do outro, mas deveriam ao menos fingir o contrário.

- Respondendo à sua pergunta... terei que fazer uma plástica se quiser tirar a cicatriz da cirurgia. Ainda sinto algumas fisgadas, porém nada preocupante. Também sinto dores nas articulações e na cabeça, o que dizem ser comum no tipo de trauma que tive. Enfim, estou me recuperando bem, graças a você.

- Que bobagem. Eu não fiz mais do que a minha obrigação. - Rosie detinha a respiração descompassada devido ao nervosismo, mas tratou logo de controlar-se, uma vez que demonstrar emoções naquele momento, com o seu pai e mais quatro "desconhecidos" a prestar atenção na conversa, não era de fato uma boa idéia.

"Ainda bem que não está dopada, senão ia ser um tumulto a D. Clare ouvindo aquelas baboseiras.", pensou a agente, ao encarar a mulher à sua frente.

- Que modéstia, minha filha! Ela foi bem corajosa, Srta. Kim. Roseanne é mesmo uma das melhores. Posso dizer com conhecimento de causa. Sou militar também. - Mason mostrava-se inflado de orgulho da primogênita.

- Oh, é mesmo? E eu o parabenizo por tê-la criado tão bem. Cometi um erro ao julgá-la precocemente. Inclusive, essa conversa que estamos tendo, a princípio seria com o meu pai. Eu tinha pedido a ele o sigilo das minhas intenções, mas pensei bem e percebi que seria um erro maior ainda não vir pessoalmente para... - A morena pausou a fala por alguns instantes quando Clare sentou-se ao lado do esposo, ajeitando Theo, que mamava avidamente em seu colo. Um pigarro antecedeu a sua continuação - … para agradecer por tudo o que fez por nós. Certamente não estaríamos vivos. Todos teriam sido massacrados naquele ataque. Você arriscou a sua vida, você se pôs na frente de várias armas como escudo para me proteger... - Notoriamente havia emoção em cada palavra de Jennie. O orgulho não a permitiria marejar os olhos, já era demais assumir tudo aquilo em voz alta, indo além de seus pensamentos - Por isso e por todo o resto é que eu gostaria que retornasse à equipe de segurança da Casa Branca. Entendo se estiver magoada, e com razão. A questão é que... nem meus pais, nem eu, confiamos em nenhuma outra pessoa para executar o trabalho tão bem como você fez.

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