Capítulo 32

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MAGGIE BRYER (+18)

-Eu estou bem, Eth. Sério.

-Preciso garantir que você está bem cuidada.

-Eu posso assegurar que estou. - Sorrio e me recosto no confortável sofá - Seu apartamento é ótimo.

Desde que recebi alta do hospital Ethan não me permitiu repousar na minha própria casa. Ele me trouxe para seu novo apartamento e tem agido como meu enfermeiro pessoal. Não posso negar que estou adorando essa atenção e que sua casa é a personificação dos meus sonhos. Ampla, bem iluminada, com muitas janelas e espaço para criar uma pequena família. Okay, eu não deveria estar pensando em crianças, vamos focar no apartamento.

-Poderia ser nosso, se aceitasse meu pedido de casamento.

-Pela... Em qual vez estamos?

-Nona. - Resmunga.

-Pela nona vez eu digo não, gatinho.

-Porra Maggie. - Ethan faz sua cara de cachorrinho abandonado e preciso segurar o riso - Você negou a proposta de casamento em Vegas, em Miami, em NY, na Itália, em Londres, nos Alpes Suíços, na Escócia e até no Brasil. O que mais eu preciso fazer para te convencer?

-Você não se abriu totalmente comigo. - Argumento e me aconchego contra ele - Você já se abriu muito e estou orgulhosa de você, mas há algo que você não está me contando.

-Usei vestido no casamento da irmã do Jake, era um vestido rosa horrível, mas fui muito útil para receber um boquete. Não que eu estivesse te traindo, é que por um acaso, a moça tropeçou direto no meu pau.

-Ah, claro! Que incidente terrível, ela ficou bem?

-Eu ajudei a cuidar dela. - Balança a cabeça, sua expressão é de um garotinho inocente, que cinismo - Mas isso não vai voltar a acontecer, juro pelas minhas bolas.

-Não jure por algo tão precioso assim, Eth. Se um dia quiser filhos suas bolas serão de muita importância.

-Por você eu juro.

-Certo, agora me conte o verdadeiro segredo.

-A salvadora da minha vida foi tia A. Devo minha vida à ela. Não só pela bateria ou por nos incentivar com a música e nossos sonhos, mas por todas as vezes que tudo o que eu tinha para comer era na casa dela, nas noites frias e chuvosas em que eu não podia entrar em casa porque minha mãe estava louca de droga e bebida, ela me dava abrigo. Depois que os pais do Vince morreram, o pai do Jake ficou tão mal pela perda do irmão que se afogou na bebida, ele virou um homem amargurado e preso na própria infelicidade. Ao mesmo tempo tia A doava a vida para conseguir sustentar seus três filhos, seu sobrinho que havia ido morar com eles e de bônus havia Drew e eu. Ela nunca virou as costas para nós, ao contrário, sempre esteve lá para nos ajudar. O nome da banda é uma homenagem à ela. Tia A é o quinto membro da A5 e se somos tudo o que somos é graças à ela.

Triste e fascinada por sua história, me movo o mais rápido que consigo para o seu colo. Ainda não estou livre do gesso do antebraço e pulso, mas os hematomas sumiram e nem mesmo há casquinha na ferida do lábio inferior. Resultado dos ótimos cuidados do senhor Ethan.

-Acho que agora eu aceitaria um pedido de casamento, se me fizessem um, é claro.

-Mesmo?

-Mesmo.

-Então senhorita Marjorie Bryer, com seu frio sangue inglês e sua quente alma californiana, aceitaria ser a minha esposa e me dar o prazer de tê-la como minha garota, uma lady do Rock?

-Eu aceito!

-Mesmo?

-Mesmo!

-Não está brincando com meu coração, Senhorita Olhos Coloridos?

-Depois de negar nove pedidos acha mesmo que estaria brincando?

-Certo. - Ethan me mantém em seu colo e se remexe para pegar algo no bolso do seu jeans, não sei descrever qual foi a minha reação ao ver uma caixinha de joia e deparar-me com um belíssimo anel solitário - Isso pertence a você.

-Ethan, desde quando você tem um anel?

-Desde que você negou meu primeiro pedido. Eu disse que não estava disposto a desistir, quem precisa de nove negativas? Todos sabemos que a décima vez é a de sorte.

-Acho que o ditado não é exatamente assim.

-Foda-se, é a nossa versão de ditado.

Ethan desliza o anel por meu dedo e antes que ele tenha algum tempo para pensar eu já estou atacando seus lábios com grande pressa. Suas mãos sobem por minhas costas e passo minha mão boa por seus cabelos. Eu amo esses cabelos cor de ouro. Estamos sentados no sofá de frente para uma enorme janela de vidro, mas é dia e ninguém conseguiria ver atrás da película então nenhum de nós se preocupou. Deixo seu colo e me deito sobre o estofado com Ethan em cima de mim, sua boca nunca deixando a minha e suas mãos explorando meu corpo.

Entrelaço minhas pernas em sua cintura e Eth esfrega seu jeans em mim, simulando os movimentos de um foda lenta. Seria uma boa tentativa de aliviar a tensão que estou sentindo, contudo a necessidade de tê-lo junto a mim parecia aumentar. Ethan deixa meus lábios e distribui beijos pelo meu pescoço e colo, suas mãos brincando com a barra do meu vestido, entrando debaixo do tecido para acariciar minhas coxas e minha bunda.

-Seus ferimentos estão doendo?

-Só restou o gesso e os pontos, mas estamos bem, não há dor alguma.

Com certa dificuldade pelo gesso conseguimos nos livrar das roupas, Eth resgatou um preservativo em seu jean e assim que se deitou sobre mim, aproveitando nosso contado de pele com pele, voltei a  beijá-lo com vontade e Ethan se posicionou em minha entrada.

-Você é muito gata, Maggie. Linda para caralho.

Seus movimentos são preguiçosos, tomando seu próprio tempo enquanto Eth beija, suga e mordisca meu pescoço. Meus dedos afundam em suas costas e Ethan toma isso como um incentivo para aumentar suas investidas.

-Eth.

-Eu te amo, gata - Afasto os cabelos de seu rosto e mais uma vez sou seduzida por seu olhar concentrado no que estamos fazendo. Ethan consegue ser um deus grego sexy sem o menor esforço. Ele se levanta sobre mim, abrindo ainda mais minhas pernas e se pondo de joelhos para ir mais fundo, seu braço se esticar e ele começa a me tocar enquanto investe.

Ethan afunda seus dedos em minhas coxas quando o clímax me atinge e o aperto dentro de mim. Vejo seus músculos tensionarem, sua cabeça pender para trás, seus olhos se fecharem e seu corpo bem trabalhado e tatuado me hipnotizar quando ele consegue sua libertação. Ethan cai na outra extremidade do sofá e me puxa para seu peito, brincando com o brilhante em meu dedo enquanto sua respiração luta para se normalizar.

-Eu te amo, Maggie. Para caralho.

-Eu também te amo, Eth. Para caralho.

-Sabe que não há mais volta, certo?  Agora você é minha garota.

-E você é o meu cara. - Beijo a ponta de seu nariz - Eu te amo.

O Baterista - A5 livro 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora