Níptas - Capitulo II

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— O que será que é tudo isso e de onde veio? – perguntou Vanessa.

— Não sei, mas podemos descobrir. – falou Paula.

Elas pegaram cada uma, livros que estavam no altar. Depois de algum tempo lendo, Christina chamou a atenção das demais.

— Ouçam só isso... "Nada vai poder derrotá-lo, nada vai poder parar a fúria se ele for despertado. A maldição foi lançada, apenas se ele nascer com o poder do Primoral. O garoto será a salvação da humanidade. Aquele que teve a maldição em sua linhagem. Apenas se for descendente de Arquínia poderá nascer com o poder do Primoral. Para isso, terá que nascer na aldeia, ou ser gerado por alguém com poder forte o bastante." ... do que será que está falando?

— É obvio. Agora tudo faz sentido. – falou Jane.

— O quê? – perguntou Paula – Explica que eu não entendi nada.

— Esses só podem ser os seis guerreiros que prenderam o anjo-demônio da lenda na outra dimensão. E essas são as armas que eles usaram para lutar na guerra que eles travaram com o exército dos renegados.

— Realmente. – falou Vanessa – Faz todo o sentido. Diz mais algo ai?

— Só um momento. – falou Christina.

— Aqui fala algo... – falou Paula – "Seis jovens destemidos, escolhidos pelas armas, serão nossa salvação, ou nossa ruina, junto com eles devera está o Primoral, onde três, descendentes de Arquínia, lutarão ao lado de seus amigos, e com o poder necessário, poderão ser capazes de destruir aquele que ameaça a humanidade. Sacrifícios serão feitos. Essa parte termina aqui – falou Paula – Mas tem algo aqui em outra parte que me chamou a atenção... Uma será perdida... uma será traída... A outra será morta... a perdida será reencontrada, mas em seguida será destruída... E a última por fim, dará sua vida para salvar a todos. – Paula ficou pensativa – Eu acho que a primeira não é incerta porque precisa da ação de alguém, mas a segunda é uma profecia que acontecerá se a primeira parte acontecer.

— Então era tudo verdade. – falou Vanessa – Eu sempre achei que essa coisa de maldição era tudo coisa dos velhos para nos assustar, mas agora estou começando a crê que é verdade. E eu acho que temos que fazer algo para ajudar.

— O que? – perguntou Christina. – Não podemos fazer nada.

— Pois é. Pois o que a Christina leu, diz que o escolhido tem que ser descendente de Arquínia. E sabemos que a linhagem da maldição não começou dentro da aldeia. Ele teria que ser filho de alguém aqui de dentro. – falou Jane – A não ser que alguém descubra onde está a linhagem, saia de Arquínia e tenha a criança com o descendente. Assim ele nascerá o Primoral.

— Por isso que no Escudo está escrito Primoral. – falou Paula – Essa arma está destinada a ele. E as demais a outros. Três dessas armas são de pessoas descendentes de Arquínia. E três não. É o que diz o papel, mas nem sempre as coisas se cumprem como devem.

— Eu acho que sei o que temos que fazer. – falou Vanessa.

— O que? – perguntou Paula.

— Ajudar com isso tudo. – respondeu ela – Sempre quis sair dessa aldeia e ver o que acontece fora daqui. Nosso treinamento está no fim.

— Eles jamais deixaram nós saímos. – falou Christina – Isso é loucura.

— Eu estou junto com a Vanessa. – falou Paula – Precisamos ajudar, quero ajudar.

— Vamos preparar tudo e semana que vem saímos daqui após o fim do treinamento. – falou Vanessa – Nem que seja somente nos duas.

— Acho que vou me arrepender disso, mas vocês não irão sem mim. – falou Jane.

— E eu não serei a estraga prazeres. – concluiu Christina.

Depois de lerem mais algumas coisas que não ajudaram mais em nada, elas estavam quase indo embora, quando Jane achou um objeto que parecia normal, nele estavam escritas algumas palavras.

— Renego hoc corpus. Dimitte me ut revertar. – ela pronunciou.

Paula arregalou os olhos.

— Não. – ela começou a derramar lágrimas – Esse é um conjuro de invocação.

— Como assim? – perguntou Jane.

— Você se alto invocou para outra dimensão. – Christina caiu de joelhos.

Os pés de Jane começaram a desaparecer. Como se uma borracha fosse a apagando de cima para baixo. Ela começou a derramar lagrimas.

— Como eu pude ser capaz de pronunciar palavras antes de lê-las em pensamentos. – falou ela com voz de corajosa – Eu só fico triste que não poderei participar da aventura com vocês. Mas prometam que irão fazer isso por mim.

As outras três sabiam que não podiam fazer nada, não tinham um contra conjuro para salvá-la, não que não existisse, mas sim porque elas não tinham nenhum em mãos agora. E pouco a pouco ela foi desaparecendo.

— Eu amo vocês. – falou ela.

— Eu te amo. – responderam as outras três, em seguida ela desapareceu.

— O que vamos fazer? Como vamos explicar isso? – perguntou Christina.

— Não precisamos explicar. – Paula sentou-se no chão. – Vamos fazer o feitiço do esquecimento. É o mais poderoso, mas será melhor assim, para todos nós.

— Apagar ela das nossas mentes? De todos? – perguntou Vanessa.

— Não temos escolha. – falou Christina. – Será melhor assim.

Elas deram as mãos. E começaram a entoar o feitiço. Rapidamente as tochas do santuário se apagaram e elas desmaiaram. Quando acordaram as tochas estavam acessas novamente.

— Meninas? Ficamos muito tempo aqui. Acabamos dormindo. Vamos sair daqui? – perguntou Paula.

— Vamos. – respondeu as outras duas. 

OS CONJURADORES - O FIM DA MALDIÇÃO - LIVRO 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora