Episódio 2

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a arte do banner foi feita exclusivamente pela jooniespecial para a estória;

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Descobertas no segundo Estado.

Ano de 1885 - Reino amaldiçoado, Busan, Coréia.

Já se faziam três nasceres de sol que Taehyung e os outros estavam amarrados nas árvores, recebendo apenas o suficiente para não desidratarem ou morrerem de fome. Seokjin o culpava por ter sido tão imprudente ao ter seguido uma criancinha, que apareceu do além, sempre dizendo que Taehyung deveria desconfiar mais e não ser tão solto. Taehyung revirava os olhos e dizia que a pena havia consumido seu nobre coração e jamais imaginou que uma criança poderia ser tão sapeca àquele ponto.

Aparentemente ele não lembrava-se de si mesmo quando era um simples garotinho sapeca, que enganava as amas e corria pelo palácio, em direção a cachoeira escondida, a qual havia descoberto com o garotinho que morava lá.

— Quanto tempo ficaremos aqui? — Taehyung perguntou, tentando se ajustar ao chão duro. Suas nádegas estavam formigando pelo tempo sentado, os braços doloridos e sentia a queimação em seu peito ficar gradativamente mais forte.

— Não sei, pergunte ao seu amiguinho mirim. — Seokjin respondeu seco, inflando o peito e olhando para outra direção que não fosse Taehyung. — Não foi a ele quem confiou a nossa jornada? Pois bem, questione-o, e não a mim.

— O senhor vai ficar quanto tempo de beiço amarrado para comigo? Eu já não lhe pedi perdão e disse que meu coração é nobre demais? — Taehyung tentou, cutucando o pé de Seokjin com o seu. — Hm? Não disse?

— E eu ouvi todas elas, senhor Kim, e em todas as vezes entraram em um ouvido e saíram pelo outro! — Seokjin virou o rosto para Taehyung, o cenho completamente franzido e os lábios grossos em um bico, retirando da memória de Taehyung toda e qualquer lembrança do Capitão Kim Seokjin, aquele que enfrenta híbridos de dragões e quebras d'água amaldiçoadas.

Taehyung crispou os lábios para conter uma risada que queria deixar seu interior, as narinas contraiam e descontraiam junto com as lufadinhas que ele liberava, os olhos lacrimejavam com a franja enrolada batendo diante deles. Seokjin balançou a cabeça e os dois desataram a rir, a situação não era das melhores, eles estavam fracos e sujos, a pouca sanidade estava indo por água abaixo.

— A culpa continua sendo sua, ainda assim. — Seokjin disse, parando de rir aos poucos e sentindo o acúmulo de lágrimas nos cantos dos olhos.

Taehyung sentia o peito arder, mas pensava que era por causa das condições em que estava e pelo recente riso, estava negligenciando aquela queimação e não estava com a sua bolsa por perto para poder mascar as ervas que Nostradamus o dava para preparar chás. Com um suspiro pesado, sentiu uma presença pequena ao seu redor, levantando a cabeça e encarando os olhos escuros que o fitava.

A Maldição dos 7 Estados | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora