Livia Hantonini só queria voltar pra casa, reencontra seu pai e seu moto clube, o que ela não esperava era encontrá-lo.
Luke Brandt era o jovem e novo Vice Presidente dos Bastards, ele nunca tinha se interessado por algo além do mc, até conhecer a d...
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Já havia passado algumas horas desde que encontramos o integrante decapitado, e eu estava voltando da décima ronda procurando qualquer tipo de pistas no parque, enquanto meu pai e sua diretoria além de Doc especionava e cuidava do corpo, todo integrante tem um enterro digno, menos os traidores, mas isso era outro fato. Acompanhei Geórgia e Doug até a saída e suas motos, não tinha necessidade deles ficarem, e já seria um puta esforço eles saberem que correm o risco de ser o próximo, pois se a cidade não sabia, não havia motivos para o parque fechar, e quando você faz uma afronta e não resolve, as coisas começam a piorar.
Eu estava sentada encostada no carrossel enquanto integrantes iam e viam do parque e de longe eu via Doc e meu pai conversando.
- Ei, consegue comer depois de muito sangue e uma cabeça decapitada?
Luke estava parado ao meu lado segurando um saco com lanches e duas cervejas, acenei positivamente com a cabeça e ele se sentou do meu lado me entregando uma cerveja enquanto abria o saco com os lanches.
- Que merda! - resmunguei dando uma mordida e se meu estômago fosse uma pessoa ele estaria soltando rojões tamanha fome ele estava.
- Por que não me contou que sabia dos avisos? - Luke comia despreocupado.
- Porque teoricamente não te conheço Luke.
- Sou seu VP, teoricamente você me devia satisfação no beco aquele dia.
- Olha, não imaginei que você era o Vice Presidente do Bastard's e geralmente não falo com pessoas que deixam meu adversário fugir.
- Que caralho, você é totalmente o oposto do que imaginei da filha do Prez e podia ser você a decaptada.
- Devo encarar como uma ofensa ou elogio? - Sorri bebendo a cerveja. - E nunca saberemos se era aquele cara e se era essa a intenção.
- Os dois. Mas acredite você me deve algumas coisas garota.
- Vai por mim VP, eu não te devo nada e se fosse você não brincaria com fogo pra não se queimar.
Luke me olhou com brilhos nos olhos e não era bem essa reação que eu esperava, ele não me conhecia e não sabia a cilada que era querer fazer isso, mas algo nele me desafiava e me fazia querer ele cada vez mais perto. Luke tinha o típico desafio e maldade nos olhos, seu cabelo bagunçado e suas diversas tatuagens e piercing o declaram um perfeito bad boy, e é claro que meu dedo podre me levariam direto a ele. E o problema era que ele sabia ou esperava por isso.
- De que tamanho de fogo estamos falando Lívia? - ele levantou- Um incêndio?
- Talvez.
- Então prova e fala menos, vamos ver se sabe pilotar tão bem quanto ameaça. E o complexo no momento é mais seguro, não tem mais nada que nós dois possamos fazer aqui.
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O vento da noite era frio, a cidade era quase que deserta de carros e por mais que eu estivesse a 120km por hora dentro da cidade, Luke estava a poucos centímetros de me ultrapassar a qualquer momento, era como se as duas motos pudessem voar e a sensação de liberdade era indescritível, infelizmente o caminho até o complexo não era tão comprido o que nos vez diminuir gradativamente conforme nos aproximamos do portão e da garagem, desligamos as motos e tiramos o capacete.
- Nada mal pra uma Harley. - Luke dizia com sorriso travesso no rosto.
- Não fale com a Baby assim. - resmunguei.
- Serio que deu nome de Baby pra essa maquina?
- Qual o nome da sua senhor critico?
- Dragon.
Comecei a rir.
- Que original!
Luke me puxou pelo braço fazendo nossos rostos ficarem proximos demais, o empurrei fazendo encostar na Dragon, o silêncio tomou conta do lugar.
- Qual é Liv, sei que você não é tão durona assim. - ele disse tirando uma mecha do meu olho e colocando atrás da orelha.
Suspirei, meu ego queria tanto quanto ele, mas eu sabia de muito mais coisas do que gostaria.
- Eu sei do que aconteceu com sua namorada Luke. - olhei pra baixo - E não to afim de ser que nem as bundas doces.
Quando o encarei seus olhos eram escuros e seu rosto indecifrável, dei alguns passos em direção a porta da garagem.
- Sinto muito pela Ana.
- Você sabe bem né? - sua voz era sem vida - Como é a dor. A diferença é que não fui eu que matei ela, então acredito que nossas dores são diferentes.
Sorri, aparentemente não era apenas eu que sabia de alguns segredos.
- Nossas dores são iguais Luke. - respondi - As feridas que são diferentes, eu o amava e nunca foi minha intenção matar ele.
- Não compare nossas feridas Antonini.
Me virei o encarando, seu olhar sustentava o meu.
- Sabe nossa diferença Luke? - minha voz era mais agressiva e amarga do eu esperava - Eu aceito meus erros e enterro meus mortos, não convivo com eles diariamente como você faz com a Ana, ela aceitou as escolhas dela, você deveria fazer o mesmo!
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Oi gente!
O capítulo demorou um pouco essa semana, estão curiosos com os fantasmas do passado de Liv e Luke?