12. Ele vai adorar me ver

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ATENÇÃO: esse capítulo contém gatilho: relato de abuso.
Se esse assunto é sensível para você, por favor,  não leia. Espere pelo próximo capítulo.

 Espere pelo próximo capítulo

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Segunda-feira, 06:25PM

Sinto minha garganta seca e dolorida quando engulo a própria saliva, ainda com os olhos focados na esquina escura.

Merda, merda, merda.

Apago o cigarro e forço meus calcanhares a girar em direção contrária, entrando na casa.

— Temos que ir, Peter — chamo atenção do meu irmão, que ainda estar agachado próximo a Anthony, que continua desacordado. — Alguém que estava aqui chamou a droga da polícia.

Peter se levanta bruscamente, com os olhos arregalados.

— Estar falando sério?

— Estou ouvindo as sirenes. — Ele para por alguns instantes, tentando captar o som e assim que escuta, um misto de desespero toma conta de suas irises.

— Droga, vamos sair daqui — olha mais uma vez para Anthony, antes de sair apressado para a porta e eu o sigo.

Descemos os degraus da frente da casa, já conseguindo sentir os reflexos azuis e vermelhos piscarem em nossa direção, deixando claro que não tínhamos mais escapatória.

Olho para Peter, como se esperasse uma solução do mesmo para aquilo, mas ele apenas foca sua atenção nos dois carros que se aproximam e balança a cabeça discretamente, como se dissesse: "não tem como fugir, estamos fodidos".

As viaturas são estacionadas à nossa frente e um policial barrigudo e cabelos grisalhos sai de um dos veículos, arrumando a arma no coldre pendurado em seu uniforme marrom.

— Recebemos uma denúncia de alguém anônimo falando sobre uma suposta invasão e briga aqui nessa residência. — Ele se aproxima e logo vejo mais dois policiais vindo atrás dele. O homem me lança um olhar rápido e encara Peter ao meu lado, pendendo a cabeça levemente. — Conheço você, rapaz. Peter, não é?

— É eu... acredito que já me prendeu algumas vezes. — Balança os ombros, indiferente.

— Tem algum envolvimento nisso? — aponta para a varanda da casa, ainda com sua atenção em meu irmão.

— Se estar se referindo ao arrombamento, é estou sim. Fui eu que fiz. — Os dois policiais passam por nós, se direcionando a residência e os sigo com o olhar, já prevendo o que aconteceria dali para frente.

Fecho meus punhos com força e os escondo no bolso da minha jaqueta, sentindo o ardor em meus dedos quando eles raspam no tecido e volto minha atenção para o policial à nossa frente, notando que em seu distintivo tinha o nome xerife gravado.

— E por quê?

— Coisa de família. Sabe como é.

— Xerife? — um dos policiais, chama nossa atenção — tem um corpo de um homem aqui — indica o interior da casa com a cabeça — ele ainda estar respirando, mas precisa de uma ambulância. Com urgência.

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