after all - pt. 1

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EU TAVA MTO ANSIOSA, MDS

A fanfic passou de 150K de views e eu acho que devia dar um finalzinho feliz pra vocês, né? Serão poucos capítulos, provavelmente nem cinco, mas não vou dar certeza porque eu sou a pior pessoa pra isso, mudo de ideia toda hora KKKKK enfim, provavelmente um por dia, mas não prometo nada, tenho outras fics pra atualizar.

Boa leitura, amo vocês.

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Você estava atrasada. Muito atrasada. Terminou de arrumar o cabelo e desceu as escadas correndo, sem tempo pra tomar um café decente ou sequer se despedir dos seus pais. Você provavelmente entraria apenas na segunda aula, mas teria que ouvir reclamações e mais reclamações do professor, ele já não era seu maior fã e você chegar atrasada - mais uma vez - na aula dele, com certeza não faria ele gostar mais de você.

Saiu rapidamente com o carro, indo o mais rápido que podia pra faculdade, o seu último ano não estava sendo o melhor, como você achou que seria. A hora que você entrou na sala, o professor parou de dar a aula no mesmo momento, você teve que ouvir alguns bons minutos sobre responsabilidade com a aula, Hana dava risada de você, te fazendo rolar os olhos, mas prender o riso também.

— Dormiu demais de novo? - a loira sussurrou.

— Dormi. Precisa parar de me levar pra beber dia de seman...

— Agora vão ficar conversando? Era melhor não ter vindo pra aula, [Nome]. - o professor disse, em alto e bom som.

— Foi mal, prof! - Hana disse, fazendo você rir baixo.

— Professor, Hana. Professor.

A aula continuou, só depois de você se aquietar na cadeira que conseguiu perceber o quão dolorida estava. Dor de cabeça e o estômago reclamando pelo excesso de álcool e falta de comida. Seu último da faculdade não estava sendo o melhor.

As aulas se passaram lentamente, ainda mais com sua barriga roncando e sua cabeça latejando, sorte sua que Hana tinha remédio na bolsa. No horário de almoço, a única coisa que você fez, foi tomar um café preto, tentou morder o sanduíche de Yamaguchi, mas não desceu. 

— Te contaram? - Tsukishima perguntou, você o encarou, negando com a cabeça.

— Contar o quê?

— Aimi teve uma overdose. - você arregalou os olhos. Seu estômago revirou no mesmo momento.

— Mentira! - Hana disse alto, chamando atenção de algumas pessoas. - Sério?

— Sim. - o loiro disse. - Parece que ela fritou o cérebro. A desgraça não consegue nem falar mais. 

— Passe livre pra vocês dois. - Akemi disse.

Você deu de ombros, prestando mais atenção no seu café. Você não se sentia confortável quando falavam dele. Fazia quase três anos que não se viam e agora que ele já estava formado na faculdade e trabalhando, não tinha chances de se reencontrarem. Você sentia falta dele, sentia muita falta. Suna não foi apenas um namoro qualquer que se supera e diz ''é, não demos certo''. Vocês davam certo e é isso que te matava, vocês tinham absolutamente tudo pra dar certo. Óbvio que você lidava com isso, do seu jeito, mas lidava.

— Não acho que importa mais. - você deu de ombros.

— Eu ainda acho que vocês vão ter um reencontro épico. 

— Akemi... - Hana a repreendeu.

— Não, tudo bem. - você disse. - Não sei se tem chance, Akemi. - você sorriu minimamente.

Akemi estava em seu terceiro ano, vocês se conheceram em um dia qualquer e Hana como sempre foi ótima em fazer amizades, Akemi logo já virou amiga de vocês. Você gostava dela, ela é uma boa pessoa e divertida, por mais que seja um pouco tímida. Um dia qualquer de bebedeira pós aula, você estava em um péssimo dia, bebeu demais e contou sobre você e Suna pra ela e pros dois garotos. Se arrependeu um pouco depois, mas não tinha como desfazer.

Tsukishima e Yamaguchi era praticamente a mesma coisa, como seus amigos se formaram antes que vocês, os gêmeos e mais todos os outros que eram de costume sentar na mesma mesa, vocês acabaram conhecendo os dois e Akemi, eles eram ótimas pessoas, mesmo o loiro sendo um pouco ácido com as palavras e a dupla sendo as pessoas mais fofoqueiras que você já havia conhecido.

 As aulas da tarde foram normais, você conseguiu prestar um pouco mais de atenção. Akemi pediu carona, então você a levou em casa e depois foi pra sua. Seus pais não estavam, você respirou aliviada, tomando um banho e fazendo alguma coisa pra comer. 

Desde que ele havia dado as costas pra você, um vazio enorme se instalou no seu peito e se recusa a sair. Você não tinha ideia do que ele estava fazendo, se estava bem, se estava feliz. E se ainda sentia algo por você. As únicas coisas que você via, era quando ele e Atsumu se encontravam e o loiro postava algum storie, mas era apenas em alguma festa, nada que desse pra você confirmar qualquer questão que tinha dentro de você. Ele não postava nada nas redes sociais, vocês ainda se seguiam, mas não atualizava desde a última foto que postava com você.

Na verdade, a única movimentação dele nas redes sociais foi apagar as fotos que tinha com você. Seu peito apertou quando viu. Ele também nunca tinha respondido suas mensagens, ou sequer lido. Na verdade, o número dele de antes havia sido deletado.

Depois de já ter comido, você não queria ficar em casa, honestamente, você nunca queria ficar em casa, fazia de tudo pra pensar em qualquer outra coisa. Vestiu um moletom, que só depois de por no corpo, viu que era um dos muitos que ele havia deixado pra trás. Você ainda se sentia mais confortável usando as roupas dele. Saiu de casa, chutando algumas pedrinhas pelo caminho e ouvindo música no seu fone. O sol já se escondia no horizonte, dando uma coloração alaranja pro céu.

Achava engraçado como sempre que não queria ficar em casa, se encontrava encarando a entrada daquela pequena praça, sempre se sentando no mesmo banco e passando horas ali, apenas ouvindo o silêncio e a paz do lugar. Por mais que tivesse memórias ali, era seu lugar favorito.

Você sentou no banco, balançando as pernas e respirando fundo, sentindo o ar gelado de fim da tarde. O barulho do vento contra as folhas das árvores era o único som que tinha ali, vez ou outra um carro passava na rua, tirando sua atenção das árvores ali, mas você apenas se desligou do mundo, concentrando pra não pensar em nada.

— Acho que algumas coisas não mudam. - você arregalou os olhos, reconhecendo a voz. - Esse moletom não é seu, [Nome]. 

𝐂𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐄𝐓𝐓𝐄𝐒 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐄𝐗, suna rintarouOnde as histórias ganham vida. Descobre agora