[1]Blood on Fire

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O fogo misturava-se com o ar.

Passara pouco tempo desde o início deste inferno ardente e repitivo. Já não conseguia ver nada um palmo à frente do nariz e, portanto, guiava-me pelos seus gritos estridentes. A única coisa que me impedia de me atirar da janela mais próxima, neste preciso momento, era ela -a minha mãe- e ele -o meu irmão. Era imprescindível salvares-lhe a vida já perdida.

Segui os estrondos acompanhados por gritos ao fundo do corredor. Virei à esquerda. Entrei no habitual quarto em chamas de papel de parede descolado e ressequido pelos longos anos de desleixe. Os cheiros difundiam-se no ar, perfumes partidos, flores, inverno, papel a queimar, madeira a queimar, tudo a queimar, sangue e morte, tudo no mesmo fumo negro e pestilento que enundava as minhas narinas, de uma maneira tão desagradavel que me dava vontade de parar de respirar. Pois, bem, isso não era uma opção.

Fui dar com eles enroscados como uma bola a gritarem socorro. Pois o problema era que o socorro a sério não vinha. Não me posso considerar um, isso seria uma ofensa aos bombeiros. As suas faces iluminaram-se com a minha inesperada presença.

Levantei-os e passei a ser uma moleta para as duas vítimas, que se apoiavam em mim como se eu fosse a última coisa a que eles se iriam apoiar.

Descemos as escadas de madeira a ranger. Descemos é como quem diz, nós no máximo rebolamos escadas abaixo.

Passámos a sala de estar, o hall de entrada e saímos porta fora (se é que aquilo que restava pode ser considerado porta).

Deitie-os na relva fria e húmida, que era uma benção depois dquele calor todo.

Para nos relembrar de como o martírio ainda não tinha acabado, um pedaço do teto caío. Eu não reparei mas a minha mãe reparou, como sempre. Atrirou-se para cima de mim para me proteger. E pronto! Já não havia volta a dar. Fiquei subterrada pelo seu corpo inerte, sucumbida às lágrimas. Foi tudo tão rápido, sem um intrevalo para pensar, e num minuto já tinha começado o início do fim, o fim duma família potencialmente feliz!

O meu irmão largáva-me a mão e aquela falta, que eu sentia e que ía aumentando, atinge o seu pico. E é então, que ainda a termer, acordo...

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Olá, esta é o 1° capítulo do meu 1° fanfic.
Curioso e confuso, talvez, mas perceberam já no próximo capítulo.
Espero que tenham gostado. Se sim fico muito contente! :-) Comentem, sugiram coisas, estou aberta a todo o tipo de ideias :-) tentem não ser muito duros já que este é o meu primeiro capítulo.

Obrigada por lerem bjks ^-^

Who are you, Evan Peters? [ON HOLD]Where stories live. Discover now