748 84 50
                                    

Playlist

🎵 Don't Stop til you get enough- Michael Jackson
🎵Hey ya!- Outlast
🎵Crazy in love- Beyoncé ft. Jay Z

Olivia

Se eu soubesse que era assim eu nem vinha.

Tá bom. Confesso que fui uma grande tola de cair no papo ensaiado da Ella para minha mãe de que o pai dela havia liberado o carro para a filha levar as amigas em uma lanchonete a uns quinze quilômetros de distancia de casa. Mas a minha mãe estava tão feliz em me ver arrumada e aparentemente disposta a sair para algum lugar que não seja a escola que nem pestanejou quando as meninas pediram a permissão dela para eu sair.

É claro meninas! Eu estou cofiando a minha filha a vocês! Sem bebidas ou drogas. E me conforta saber que o pai da Ella esta de olho e liberou o carro, depois eu dou o dinheiro para a gasolina...”

Eu jamais mentiria para minha mãe. Não arriscaria perder sua confiança, mas Ella transpareceu tanta sinceridade que nem desconfiei. Só fui tomar conhecimento quando a policia nos parou em frente a lanchonete e pediu os documentos do carro para a """dona""" que havia esquecido em casa.

Primeiramente que ela nem tem uma habilitação.

Ai que eu a “que fica sabendo tudo de ultima hora”. Soube também que na verdade não iriamos nos encontrar com o pessoal na área de estabelecimento da lanchonete e sim no terraço que estava privado só para os convidados de uma tal de Zoë, a dona da festa e amiga das meninas e por acaso filha do dono de todas lanchonetes do Food&Friends do estado e também prefeito da Cidade.

Enfim a rica.

Foi ela quem nos salvou da policia.

- Pode deixar Marcos, elas são minhas convidadas!- Afirmou Zoë, para o policial de braços cruzados e o cenho franzido.- Não vieram de longe. E meu pai não ia gostar de saber que meus convidados estão se sentindo desconfortáveis!- A morena com o cabelo trançado e o melhor estilo do mundo nos lançou uma piscadela.

Ok, ela era uma filhinha de papai. Mas isso não interferia no seu bom humor e personalidade, ela sim tinha personalidade! Todos pareciam gostar muito dela. Pelo menos eu quis acreditar que não eram amigos apenas por “interesse”.

Falando em amigos. Eu não esperava encontrar varias pessoas de braços abertos e um sorriso no rosto dispostos a me receberem, afinal eu era a única ali que parecia estar a frequentar e conhecer aquele lugar pela primeira vez, mas é claro que não indicava que eu devia receber atenção afinal a festa não era minha e ninguém pelo jeito pareceu notar a minha presença ali.

Totalmente deslocada.

O terraço era de longe uma sacada esquecida do prédio de uma lanchonete. Muito pelo contrario estava todo iluminado e decorado de acordo com uma festa descontraída de adolescentes típicos de Nova York: colegiais, universitários... Enfim... de onde estávamos a vista era bastante favorecida era possível enxergar a cidade toda.

Uma mesa enorme e farta se encontrava em um canto ao lado da escada. Havia também uma mesa de pebolim onde uma galera jogava; um sofá que parecia ser o ponto local de fotos no momento ocupado por algumas garotas exprimidas e barulhentas... E por último um pequeno palco com dois microfones no centro e alguns aparelhos e fios na beira. Provavelmente haveria musica ao vivo mais tarde, ainda eram seis e cinco da tarde.

Mas nada disso parecia me empolgar nem a ideia de comer um pavê de morango com leite ninho me dava fome ou cantar um trecho de Love Story da Taylor Swift no palco parecia divertido. Afinal com quem eu cantaria? Isso não era algo só meu e nada muda agora.

Sour (2021-2021)Where stories live. Discover now