Capítulo 19

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Guardou a carta no fundo de sua mala e voltou para a sala, colocando um sorriso no rosto. 

—Você não tinha mencionado nenhuma Diana antes, querida. — disse sua mãe, casualmente, bebendo um chá. Seu pai assistia uma corrida de cavalos na televisão. 

—Ah, — sentou-se, e tentou não gaguejar. — É uma de minhas colegas de quarto. — respondeu ela. — Estava me pedindo ajuda para fazer uns trabalhos de poções, mas eu disse que a ajudaria quando voltasse. 

—Poções, então. — disse seu pai, desviando o olhar da televisão com um sorriso. — Como nos filmes? Poções que transformam pessoas em sapo, e coisa parecida? — perguntou, e Hermione deu uma risada. 

—É, mais ou menos isso. Cozinhamos coisas no caldeirão, assim como as bruxas dos filmes. E eu sou a melhor da turma. — disse, tentando não pensar em Malfoy, logo atrás dela no ranking. 

—Seu professor deve estar muito orgulhoso! — seu pai disse com um sorriso, e sua mãe sorriu também. 

—Sim, ele está. — ela disse, apenas para não desaponta-los. Não precisavam saber de tudo. 

E num piscar de olhos, já estava de volta à estação de King's Cross, se despedindo de seus pais.

—Só mais alguns meses e logo estarei em casa. — disse ela, no meio de um abraço apertado. 

—Já estou com saudade. — disse sua mãe. 

—Sua mala, querida. — seu pai a entregou. 

—Obrigada. Até breve. — disse ela, indo até a plataforma. — Mandarei uma coruja assim que possível. — disse ela, e sumiu por trás daqueles tijolos. 

Muito bem, pensou ela. Aqui vamos nós. 

Ela caminhou nos meio daquele caos que era a plataforma, uma mistura de pessoas, carrinhos, gatos, malões e fumaça. 

Entrou no trem, mas não foi procurar pela cabine de Parvati, por que tinha ficado farta daquelas conversas, e não queria se colocar novamente em uma situação comprometedora. Como é que ela poderia saber que Malfoy estivera escutando a conversa? 

Por Merlin! 

Ela sacudiu a cabeça e entrou em uma cabine vazia, largando a mala no compartimento do bagageiro. Pegou um livro para ler. Depois de alguns minutos escutou a porta da cabine ser aberta. 

Era Malfoy. 

Ele sentou-se à frente de Hermione, colocando a mala no chão, ao lado de seus pés. 

—Tudo bem se eu ficar nessa cabine? — perguntou, na maior cara de pau. Hermione ficou em silêncio, o olhando muito séria por cima do livro que lia. 

—Francamente, é isso que você chama de se afastar? — perguntou ela depois de alguns segundos, quando não suportava mais o silêncio. 

—Se quiser que eu vá embora, é só mandar, e eu vou. — disse ele, num tom muito tranquilo. E isso deixou Hermione muito desconfortável. Ela não respondeu. — Talvez queira que eu chame o Simas? Então eu vou embora e ele lhe faz companhia. — disse ele, no mesmo tom, mas um sorriso discreto apareceu no canto de seus lábios. 

Hermione piscou algumas vezes. 

—Você está de sacanagem? — perguntou ela. 

—Até onde eu sei você gosta mais dele do que de mim. — ele respondeu, agora virando o rosto para a janela. 

—Claro, seu idiota. Eu gosto mais dele do que de você. Por que ele não fica me atazanando igual você faz. — ela respondeu, num tom ofendido. Ele riu. —Do que está rindo? — perguntou ríspida. 

Love spellWhere stories live. Discover now