- Que bom que pensou bem querida. - sorriu carinhosamente e eu só viro a cara. Mas se ela tá assim falando tanto, será que responderia alguma pergunta minha?

A olho se organizando pra sair.

- Eu só queria sair...- susurro sabendo que ela ouviu. - Só queria respostas, não sei o que fiz pra merecer estar aqui. - logo meus olhos se enchem de lágrimas. - Porfavor me diz. - junto as mãos implorando. Ela sorriu agora um pouco triste como se não pudesse ajudar.

Quando a vi abrindo a boca pra dizer algo, logo a porta é aberta bruscamente.

- Pode sair Luy. - aquele cara loiro de uns 40 de novo. Otário.

Ela pareceu não querer meio exitante, mas saiu.

E quando passou pela porta aquele nojento se aproximou agarrando meu braço e me arrastando.

- Muita sorte garota. - passamos pela porta e logo com meus olhos curiosos olho tudo. Era corredores, com paredes encimentadas, mas havia outras portas de madeira como a do quarto que eu estava. Acho que com os quartos iguais também.

Avistei alguns homens passando de um lado pro outro, todos com fardas e armas. O medo vem de novo. Pra onde ele estava me levando?

Não parecia que ia me matar, não agora. Estamos passando por um jardim e indo direto pra um carro preto aonde só tem um homem desconhecido lá dentro.

Ele me enfia lá dentro e fecha a porta com força. Falando em outra língua com o homem. Eu não sei, parece a mesma língua que aquele louco falou ontem. Não entendi nada.

Quando o carro entra em movimento tento pensar. Pra onde eu iria?

- Moço....- tento me aproximar e ver seu rosto que estava concentrado só em dirigir pra algum destino que eu estou temendo qual seja.

Percebo o caminho que estávamos fazendo. E logo o bairro aonde entramos.

Ei, minha casa!

Ele para logo em frente e desce do carro logo arrodeando e me tirando de lá arrastada também.

Porra, já chega disso! Ficam só me arrastando, será que não percebem que eu não vou tentar fugir? Ainda...

Pensava que ele iria pedir pra eu abrir a porta, mesmo eu estando sem a chave. Mas a porta já estava aberta.

E dentro eu via menos móveis, e muitas coisas em caixas. O homem me solta e eu ando mais rápido indo pro meu quarto. No meu guarda roupa não tinha uma roupa minha!

- O que estão fazendo? É minha casa, eu lutei pra tê-la. - grito exasperada. O homem atrás de mim pouco se incomodou e só passou a falar no celular, novamente não entendi nada.

- Aqui, ainda tem mais coisas. - vozes se fazem presente na sala e eu vou correndo. Logo encontro dois homens pegando minha estante.

- Ei, ei, deixem isso aí! Agora! Eu estou mandando! - mando mas os dois ignoram minha presença e saem carregando a estante.

O que será de mim agora gente?!

- Vocês não podem fazer isso! - vou até o quarto e fico na frente do estranho. Ele me olha com um ar de superioridade.

- Eu só cumpro ordens, e uma delas é não falar com você. - diz e volta a me ignorar.

- Escute aqui seu filho da puta metido a superior de merda, vocês se meteram na minha vida! Me sequestraram, me deixaram presa sem respostas pra nada, eu recebi um tapa na cara daquele babaca, eu não sei se minha amiga está bem. Sou uma cidadã livre, eu não sei o que porra vocês querem comigo, o que caralho estou fazendo aqui! Mas sei que não estão pra brincadeira, ótimo! Eu também não! Então dá pra falar alguma coisa que me seja útil?! - joguei na cara dele tudo o que deixei guardado essas horas.

Obsessão Where stories live. Discover now