— Não estou pensando no próximo, mas sei que haverá outro. Se depender de você, teremos uma creche e é só uma questão de tempo.

— Você não está errada. Olhe só para nós, Vilu! Somos gatos para caralho, nossos filhos serão no mínimo mais bonitos que a gente. Faith está ficando a sua cara e eu sei que vou ter trabalho com ela futuramente. — dou risada de sua fala. Harry dizia tudo com convicção e eu concordava, Faith era uma mistura nossa e será a menina mais linda que já vi.

— Você vai ser o pai protetor então? — coloco minha mão em seu peito, encarando seu rosto.

— Sim, e ela só irá namorar com no mínimo, vinte e cinco anos. — reviro os olhos.

— Já parou para pensar que quando ela tiver a sua idade, vai jogar na sua cara que aos vinte e cinco anos você já era pai? — Harry pareceu pensar um pouco, mostrando como aquela pergunta havia o pego desprevenido.

— Até lá eu elaboro uma boa resposta. — gargalho contra o seu peito. — Temos vinte e cinco anos para pensar em uma.

— "Temos" não. Você tem. Por mim, Faith aprenderá a ser independente desde cedo. Isso inclui escolher a hora certa de se relacionar com outras pessoas. Ela não foi feita para nós, amor. Faith foi feita para viver e aproveitar seus momentos. A forma como ela escolherá viver sua vida não é problema nosso, só temos que aconselhá-la seguir o melhor caminho.

— Faith tem apenas três meses e já estamos sofrendo com seus futuros relacionamentos, tem alguma dúvida de que seremos pais ciumentos? — suspirou frustrado. — E porra, te ouvir dizendo isso me fez querer ir agora mesmo para qualquer lugar com uma boa porta.

— Sem chances, amor. Vamos ficar até a festa acabar. — deposito um beijo em seus lábios.

E bom, cumprimos o que eu disse, Harry ficou bêbado durante à festa, não queria ir embora e agradeci mentalmente por ele ter bebido água e comido o suficiente durante esse tempo. No fim da festa, tudo que lhe restou era apenas um cansaço pós bebedeira. Chegamos em casa mortos da festa e Harry estava literalmente dormindo em pé. Tomamos um bom banho e vou até o quarto de Faith, vendo que a minha princesa já dormia. Não deixo de sorrir ao dar-lhe um beijo de boa noite e arrumar a manta que a cobria. Aciono a babá eletrônica e levo um aparelho comigo. Aproveito para passar no quarto de Anne, a mesma dormia tranquilamente com uma música clássica de fundo, típico de Anne. Também passo no quarto de mamãe, que estava mexendo no celular.

— Ainda acordada? — sussurro ao receber sua atenção, indo até ela e lhe dando beijos.

— Sim, estou conversando com Derek. — vejo seu sorriso crescer um pouco.

— Uh, e quem é? — pergunto animada, me sentando na cama em perninha de índio. — Me conte tudo, ele é bonito?

— Bonito é apelido. — ela suspirou, se sentando na cama e mexendo em algumas coisas no celular. Em seguida, ela me mostra a foto do rapaz, fazendo meu queixo cair e meus olhos se arregalarem.

Derek era um cara também mais velho, como mamãe, mas estava muito, muito em forma. Sua pele era escura, ele usava óculos, tinha cabelos raspados e um cavanhaque grisalho. Na foto, ele estava com mamãe, vestido em um terno azul escuro. Céus, ele era realmente muito bonito, e seus músculos se sobressaíam pelo o terno, mostrando que ele frequentava academia regularmente. Seus sorriso na foto era tão bonito quanto o de mamãe, e os dois já eram o meu casal favorito.

FALLING | ʜ.ѕWhere stories live. Discover now