epílogo

172 36 9
                                    

Era o meu último dia em Paris e eu nunca estive tão triste

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Era o meu último dia em Paris e eu nunca estive tão triste.

É difícil acreditar que todos os momentos que vivi ao lado de Gabi durante esses poucos dias são reais. Ainda tenho medo de acordar na minha cama lá no Brasil e perceber que tudo não passou de um sonho. Já até cheguei a confessar isso para a minha antiga e, agora, também atual namorada, e ela caiu na gargalhada, mas depois disse que também sentia o mesmo.

Ela também achava que aquilo era bom demais para ser verdade.

No entanto, era sim real e a única coisa que fazia eu crer realmente nisso eram todos os toques e sensações gostosas que a mulher ali ao meu lado vinha me fazendo sentir durante aquela maravilhosa semana. Estávamos vivendo como se estivéssemos num daqueles filmes românticos da sessão da tarde e não tinha sensação melhor do que aquela.

O empenho para ser um casal de comédia romântica estava sendo tão grande que decidimos aproveitar as minhas últimas horas em terras francesas fazendo um piquenique de frente para a Torre Eiffel e estava tudo sendo muito incrível. Tudo ao lado de Gabriela era maravilhoso, não tinha como negar.

O céu acima de nós estava tão azul e bonito que dava vontade de ficar o admirando por horas. O sol estava muito quente durante aquele dia de verão parisiense, porém, felizmente, conseguimos encontrar uma árvore projetando uma sombra. A brisa que vinha do rio Sena deixava tudo ainda mais confortável e tive a sensação que toda Paris estava conspirando para que aquele último dia fosse ainda mais perfeito do que os outros tinham sido.

— Eu nem acredito que daqui a pouco não vou ter você mais aqui comigo — Gabi disse e abri os meus olhos. Encontrei o seu rosto acima do meu e ela estava fazendo um bico enorme, o que a deixava ainda mais fofa que o normal.

Minha cabeça estava deitada no colo de Gabriela havia alguns minutos ganhando um delicioso cafuné. Devido aquilo que ela havia dito, fui obrigada a levantar o meu corpo só pra dar um beijo nela e desfazer aquela expressão emburrada.

— A gente vai se ver em menos de um mês, eu prometo — respondi depois de desgrudar nossos lábios e ela abriu um sorriso carinhoso.

— Mas eu queria te ver todos os dias.

— Eu também, meu amor — digo e dou um beijo na sua bochecha. — Mas eu preciso voltar para o Brasil, minha agenda está lotada esse mês. E claro, se eu não trabalhar, não vou ter dinheiro para ficar vindo a Paris te visitar.

— Você não precisa trabalhar no Brasil, consigo vários trabalhos para você aqui — Gabi sugeriu e eu suspirei, sorrindo logo em seguida.

— O plano é vir morar aqui com você mesmo, já combinamos isso — digo antes de beber um pouco do suco de laranja que havíamos comprado. Logo em seguida, continuei: — Mas antes, eu preciso resolver as coisas lá no Brasil. Não posso deixar meus clientes na mão.

A modelo suspirou irritada e revirou os olhos castanhos. Fui obrigada a imitar a sua cara e ela mostrou a língua para mim.

— Gabi — eu disse e me aproximei do seu corpo. Coloquei uma mecha do seu cabelo comprido atrás da sua orelha e disse: — Eu amo você.

Depois de Todos Esses Anos  | ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora