FALLING | ʜ.ѕ

CHAPTER 13

— Desligue isso, Tory! Céus, que vergonha. — peço, tentando ainda tirar o celular da mão dela. Vejo ela mexer em algo e colocar no viva-voz. Ouço a risada de Anne na ligação. — Anne, me desculpe, Tory é louca.

— Pensei que nunca iriam pedir, é claro que ficamos, querida. Não fique com vergonha, sei como você e Harry precisam disso. Foram meses difíceis, precisam se distrair de alguma forma. Estamos quase chegando na casa de Anne, podemos passar aí mais tarde para pegar nossa pequena. Estou morrendo de saudades, nem acredito que ela vai passar à noite com as vovós. — arregalo os olhos ao ver que é a voz de minha mãe, me deixando mais vermelha que um pimentão.

— Hoje à noite então, Addie e Anne? — perguntou Ashley.

— Sim, assim que chegar na capital eu aviso e já passo aí. Peça para Violet tirar bastante leite e colocar em uma bolsa térmica. Faith só voltará para casa amanhã. — dessa vez, ouço a voz de Anne.

— Certo, só não fale nada para Harry, ele não sabe de nada, será uma surpresa. — disse Tory, com uma mão na cintura.

— Acha que nasci ontem, garota? Eu sei, não vou contar nada. — Anne disse, nos fazendo rir. — Tchau, vou desligar pois estamos na estrada. Acho que chegamos aí antes das sete da noite.

— Perfeito, Anne. Obrigada. Até mais.

— Até, queridas, se cuidem.

— Ainda tem aquela calcinha que Tory e Gemma te deram no seu aniversário do ano passado? — perguntou Ashley, nos fazendo gargalhar.

[...]

Foi difícil convencer Harry a deixar que Faith dormisse na casa da avó, bem difícil. Seu argumento era que Faith iria sentir saudades, o que deixou Anne e minha mãe com uma cara de: "É sério que disse isso?". Mas depois de muito insistir, ele deixou. Com o coração apertado, mas deixou. Minha mãe e Anne acabaram de sair pela a porta com Harry, o mesmo foi instalar o bebê conforto no carro de Anne e eu me recusei enfrentar o frio do inverno de Londres novamente. Por sorte, o carro estava estacionado na garagem protegida, sem risco nenhum de Faith pegar vento ou algo do tipo.

Aproveito esse momento para correr para o banheiro e fazer minhas higienes rapidamente, com direito a um banho. Hidrato minha pele com o melhor hidratante que tenho e me visto com a melhor lingerie que trouxe na mala. Coloco meu roupão de camurça e me deito na cama, fingindo que nada aconteceu e que apenas tomei um banho. Vejo Harry entrar no quarto, totalmente aéreo.

— Já tomou banho? — franziu o cenho ao fechar a porta do quarto.

— Sim, tomei um banho quentinho e liguei a lareira, tudo bem para você?

— Sim, vou fazer o mesmo e logo volto. — Harry veio até mim e me deu vários selinhos. — Está cheirosa.

— Sempre. — sorri de canto ao levantar rapidamente os ombros, vendo o rapaz se distanciar enquanto tirava a roupa. Assim que Harry fecha à porta, me levanto para arrumar o quarto.

Deixo tudo arrumado para a surpresa. Acendo algumas velas que achei guardadas e o abajur, me perfumo mais um pouco e verifico se minha lingerie estava boa o suficiente para a surpresa. Com tudo confirmado e certo, ouço o chuveiro desligar e me jogo novamente na cama. Dessa vez, sem o roupão ou coberta me cobrindo. Com meu bumbum para o ar, me deito de busto na cama, deixando meus cotovelos como apoio. Cruzo minhas canelas que estavam no ar e espero ansiosamente pelo o momento que Harry abriria a porta.