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5.7

Os demais ficaram pouco tempo ali, pois Any precisava descansar, mais tarde os pais dela vieram e saí pra conversar com Estela.

— Papai, é verdade? A mamãe acordou? – pula no meu colo e a abraço

— Sim, filha, é verdade

— Eu quelo ir nela

— E eu vou te levar, mas antes o papai tem que te falar umas coisas...

— Sua mamãe tá meio fraca, porque ela ainda tá se recuperando, então nada de pedir pra ela brincar com você por um tempo, na verdade, nada de pedir pra ela fazer nada que ela tenha que se esforçar, entendido?

— Sim – responde e percebo que ela ficou um pouquinho pra baixo

— É só até ela ficar melhor, tá bom, amor? Logo logo ela vai estar bem e vai brincar o quanto você quiser e enquanto isso, você pede pra mim que eu vou dar meu máximo pra ser tão bom quanto a sua mamãe – beijo a bochecha da pequena

— Tá bom papi – aceita e abre um sorriso

— Vamos?

— Vamu – responde animada e a pego no colo

— Olha só quem veio visitar a mamãe – entro no quarto e Any abre um enorme sorriso

— Estrelinha! – diz alegre assim que vê a nossa filha

— Não abraça a mamãe muito forte, filha – falo preocupado

— Prometo – responde e a entrego direto nos braços da mãe

— Senti sua falta, pequena – fala com os olhos marejados e beija o topo da cabeça de Estela

— Eu também mamãe

— Eu sei, eu ouvi tudinho

— Ouviu? – perguntamos em uníssono

— Uhum, vocês me encorajaram a voltar, todos os dias eu tentava

— Então você sabe? – me refiro às inúmeras coisas que lhe contei

— Sei, mas ainda precisamos ter aquela conversa

— Ok

— E que história é essa de que tem uma mocinha que não quer ir para a escola?

— Desculpa mamãe... – Estela se desculpa envergonhada

— Tudo bem Any, a gente coloca ela no meio do ano, assim como todas as outras crianças, ela pode fazer algum curso ou esporte alguns dias da semana para mantê-la ocupada

— Ok então, mas não passa disso em – a morena diz séria

— Sim senhola – a pequena responde prestando continência e nos faz rir

— Onde é que você aprendeu isso, filha? – Any pergunta curiosa

— Filme de guela com o vovô – responde simples como se fosse a coisa mais normal do mundo e ficamos em choque

— Relaxa mamãe, o vovô tapou meu olho nas cenas fortes, ele disse que eu posso ser uma soldada de verdade um dia

— Procura uma profissão menos perigosa, filha, ou você vai matar os seus dois velhos aqui de preocupação – falo e ela fica pensativa

— Hm... já sei, médica de bichinho!

— Você quis dizer veterinária? Bem melhor né, amor?

— Muito melhor! – Any diz sorrindo para a nossa pequena

Ficamos conversando até os pais de Any voltarem, os dois foram fazem compras de supermercado para dar mais tempo à Estela antes de irem para casa.

— Amorzinho, você vai dormir mais um dia no vovô e na vovó e amanhã nós três vamos para casa ok? – aviso

— Uhum

— Tchau mamãe – a abraça mais uma vez

— Tchau papai – diz e já vai saindo

— Por que eu não ganho abraço também?

— Pronto, papi, feliz? – dá meia-volta e me abraça

— Muito. Dorme bem, amor – beijo sua bochecha e ela sai

Encaro Any e ela parece estar fazendo um grande esforço para se manter acordada.

— Amanhã a gente conversa, linda, você precisa descansar

— Tá com fome? – pergunto e ela assente

— Quer que eu chame a enfermeira?

— Comida de hospital não – diz me fazendo rir

— Tá bom então, vou buscar algo para comermos e já volto

Deixo o quarto e vou até um restaurante que tem pertinho do hospital. Peço o prato mais leve e saudável para Any e um outro pra mim e volto. A encontro dormindo e a acordo para que se alimente pelo menos um pouco. Comemos e ela volta a dormir, jogo as embalagens de comida fora e pela primeira vez em dias, me dou o luxo de dormir no sofá tranquilo.

No dia seguinte, Any passou o dia em observação tomando soro na veia e teve alta no fim da tarde, a médica a encheu de recomendações e fomos para casa.

Último do dia em, não vou colocar meta nesse, sintam-se livres, amanhã tem mais 💕✨

Menos de dez capítulos pra terminar a fic, talvez eu faça outra, depois de terminar essa, tenho algumas ideias, vcs leriam?