FALLING | ʜ.ѕ

CHAPTER 11

— Ao menos é confortável. — murmurou, me fazendo rir. Deixo o prédio com o carro, acelerando até o farol mais próximo. — Não respondeu minha pergunta, Styles.

— Sim, Townes. Morarmos no plural. — respondi, praguejando por não conseguir ver a reação da morena, pois ela não estava no banco do passageiro. — Quero que tenhamos nosso lar, nem o seu, nem o meu, o nosso. Agora estamos nos resolvendo, quero dar o melhor que posso para a nossa filha, para você. Nenhum dinheiro é muito quando se trata de vocês. Nunca será. Então sim, morarmos no plural.

— Você é um lindo, Harry. Somos tão sortudas por te ter aqui, papai. — ouço ela dizer de forma macia, fazendo um carinho na minha bochecha por trás do banco. Aproveito o sinal vermelho para beijar sua mão, ignorando o poder que aquele apelido proibido teve em meu corpo.

— E acredite, Townes, não vou sossegar até colocar um anel do diamante mais brilhante da terra no seu dedo.

[...]

— Pelo amor de Deus, se acalme! Ou então será você quem precisará de injeções. — peço pela a milésima vez, já nervoso enquanto não sabia o que fazer. Violet chorava, Faith mais ainda. E eu? Bem, eu não tinha noção nenhuma do que fazer naquele momento.

Faith chorava como nunca vi antes, e Violet faltava berrar como nossa garotinha, me deixando apreensivo com o aperto que ela deferia contra meu braço, escondendo o rosto para não ver a cena de Faith sendo espetada. Estávamos na sala das enfermeiras da doutora Brinnegan, a mesma injetava vacinas necessárias em Faith, e a pequena esguelhava. Violet não estava muito diferente, porque não aguentava ver nossa filha chorar e chorava junto. Confesso que estava doendo em mim também, mas eu sabia que era para o bem de Faith. Suas orelhas já estavam furadas, isso era bom, significava que o choro estava quase acabando.

— Pronto, acabou! — disse Julie, com a voz calma. A mesma pega nossa pequena no colo e a coloca no meu em segundos. Toda a vez é a mesma coisa, o mesmo choque percorre meu corpo ao sentir Faith em meu colo.

Um chiado sai de minha boca, na intenção de fazer Faith se acalmar. Sacudo meus braços com leveza, vendo que estava funcionando. E após segundos, nada passa de resmungos dos vestígios de choro que sobrou em Faith. Seus olhos estão lacrimejados, mas ela não está chorando mais.

— Você leva jeito para isso. — disse Julie, se aproximando com um copo de água para Violet, que também já estava mais calma.

— Faith sempre foi apaixonada pelo o pai, e agora, fui deixada de lado. — Violet murmurou com a voz fanha, se recuperando ao se olhar no espelho e limpar sua maquiagem borrada.

Como pode ser tão linda?

— Ao menos isso puxou à mãe. — brinco, fazendo as mulheres presentes na sala rirem.

— Não fale assim, Faith tem os olhos da mãe. — disse Julie.

— Eu disse. — Violet murmura para mim, vitoriosa. Parte de mim ficava tranquilo em Faith ter os olhos de Violet, porque assim, lembraria do amor da minha vida sempre que olhasse para a minha filha.

E era estranho isso, porque eu mal me dava conta do paraíso que tinha em mãos. Violet estava completamente rendida por mim, disposta em tentar novamente. Faith estava entre nós, algo que não imaginei que aconteceria tão cedo. E cara, só agora percebo o tamanho da sorte que tenho. E não posso dizer que somos uma família feliz, não que não fôssemos feliz, mas ainda não somos uma família. Não até Violet dizer sim para mim no altar. E eu sei que não preciso pedí-la em casamento para que tenha a minha tão famigerada família, mas eu faço questão de que isso aconteça, porque eu já perdi Violet duas vezes em minha vida, e nenhuma delas eu fiquei bem com isso. Eu tenho que impedir uma terceira vez, então, preciso que Violet seja totalmente minha o mais rápido possível.