Capítulo 46

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Por favor, leiam os Agradecimentos e os Avisos que virão logo após esse capítulo.

Fabiana

- Sério que você aprendeu a tocar com sete anos? Eu queria saber, mas acho muito difícil. 

- Aham. Violão é difícil no começo, mas depois você pega o jeito. Se você quiser, eu posso te ensinar. 

- Claro, Lui! Quer dizer, se não for te incomodar e tal.

- Claro que não! A gente pode começar as aulas semana que vem. 

Nós estávamos conversando no Café da minha querida avó. Desde aquele dia, esse lugar se tornou o nosso ponto de encontro. 

- E aonde você aprendeu a cantar tão bem?

- Ah, eu nem canto tão bem assim. Eu só escuto as músicas e gosto de prestar atenção em quando é mais grave ou mais agudo. Sou apenas uma cantora de chuveiro.

- Você pode ser muito mais que isso. Aliás, além de talentosa, você é muito linda.

- Obrigada. - corei. 

- Fabi?

- Oi?

- Sabe aquela garota que eu gosto e tal?

- Aham. 

- Se você fosse ela, como iria querer que eu falasse?

- Música. Já que você toca e canta super bem, poderia compor uma música e cantar para ela. 

- Eu não sou bom em compor. 

- Se ela realmente gostar de você, uma música ruim vai parecer perfeita. 

- Mas é que ela me disse que gosta de um garoto. 

- Esse garoto pode ser você, afinal, você é um garoto, né?

- Não, eu sou uma garota. Oi amiga! - ele pegou o arco da minha cabeça, colocou na dele e imitou uma garota falando. 

- Você fica melhor como Luís, nada de Luísa! - ele riu, me fazendo rir também. 

- O seu sorriso é tão... - ele sussurrou, mas eu não consegui escutar direito. 

- Tão o que? - sorri mais ainda. 

- Na-nada. Eu não falei nada! Você está ouvindo coisas, porque eu não falei absolutamente nada. 

- Okay, já entendi. Não precisa repetir. - comecei a rir. 

- Então... Vamos pedir a conta? Já está fechando, olha a cara dela para nós dois. 

- Ops! 

Pedimos a conta, e depois de uma longa discussão, eu convenci o Lui a cada um pagar o seu. Saímos do estabelecimento e ele me deu a mão. Sorri. 

- Mas você não vai para o outro lado?

- Eu vou te levar em casa. 

- Dessa vez é de verdade? - perguntei, me referindo a quando ele me levou em casa, por causa do "plano". 

- Verdade verdadeira. - ele me deu o mindinho, como forma de promessa. 

- Então, vamos?

- Vamos. 

Fomos caminhando para a minha casa. Eu realmente queria que ela fosse o máximo longe possível, mas não era. Em dez minutos chegamos. 

- Então... até amanhã? - perguntei, sem soltar a sua mão.

Éramos apenas amigos..Onde histórias criam vida. Descubra agora