Capítulo 36

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Lena

- Licença, licença! Caramba, sai da frente! – tentei chegar até onde eles estavam. Quando consegui, já tinham dois garotos entre eles, para acabar com aquela confusão. Corri até o Gu e tirei ele de lá, até chegar na rua, onde daria para ele me escutar.

- Gustavo! Você tem problema? Pelo amor! Na boa, o que deu em você?

- Desculpa, L.

- Não me chama de L.! – interrompi.

- Lena, eu fui ali para te defender, você não percebeu?

- Gu, para que? Era só ignorar ele!

- Desculpa, mas eu também não ia deixar ele falando aquilo e sair. Eu não sou covarde!

- Covardia é você ficar lá brigando. Por favor, né! – suspirei, tentando encontrar um resto de calma em mim. - Vem! Seu nariz ta sangrando.

Fui andando com ele até a minha casa. O único barulho que tinha eram de carros passando e um pequeno ruído da música, que a cada passo foi ficando mais baixo, até desaparecer. Quando finalmente chegamos, mandei ele ficar no sofá e fui pegar uma toalha molhada.

- Me promete que você nunca mais vai se meter em brigas, por favor!

- Eu prometo.

- Viu o que aconteceu? Você se machucou.

- Nem ta doen... Ai! Devagar!

- Pronto, parou de sangrar.

- Obrigado, amor. – ele agradeceu, me puxando para mais perto, até nossas testas encostarem. Olhei nos seus olhos, dava para perceber que ele estava arrependido. - Eu te amo. – ele se declarou.

- Eu também te amo, Gu. Só não faz nenhuma burrada, ok?

- Tá.

Sentei do lado dele, e ele deitou a cabeça no meu colo. Fiquei cantando músicas de ninar, como se ele fosse um bebê indefeso, até dormir. Quando ele fechou os olhos, a campainha tocou:

- Quem é? – perguntei antes de abrir.

- A gente, Lili! – abri a porta.

- Eu não acredito que ele se meteu numa briga com o Luís. – o Augusto reclamou.

- Como ele está? – a Bia perguntou.

- Ele já ta bem. O nariz estava sangrando, mas já parou.

- Eu nem vi a briga, Lili! Só depois que escutei que eles estavam brigando, aí procurei vocês e não achei, então o Gus falou que vocês deviam estar aqui.

- L., quem ta aí? – ele acordou com o nosso barulho. – Oi gente!

- Oi, senhor maluco! – a Bia falou, irritada.

- Desculpa. – ele olhou para o chão.

- Gente, mudando de assunto, vamos fazer alguma coisa?

- Ver um filme? – o Augusto sugeriu.

- Pode ser. – a Bia concordou.

- De novo? Não! Please!

- O que, então? – foi a vez do Gu questionar.

- Hum... Verdade ou desafio?  - sugeri. Aliás, era o único jeito de saber o que eu queria.

- Pode ser!

*~*~*~*

- Bia, verdade ou desafio? – perguntei.

Éramos apenas amigos..Onde histórias criam vida. Descubra agora