○29 - Vá em Frente

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Alex segura a pasta fechada em suas mãos

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Alex segura a pasta fechada em suas mãos.

As pessoas em roda se aproximam não intencionalmente.

A garota tira o cordão do pescoço. A chave reluz à luz das chamas.

Sem mais enrolações, ela enfia a chave no cadeado e gira devagar, como se o metal pudesse quebrar a qualquer deslize.

Centenas de pensamentos vêm à sua mente. Ela olha para cada um dos amigos. Levi e Naomi com o corpo quebrado, Maia com o rosto cortado ao meio, Diego com o ferimento a bala no ombro, e Rafael com o coração despedaçado. Murilo sem a vida.

E se o que quer que tenha dentro daquela pasta preta não valha a pena?

Seu olhar se cruza com o de Maia, que entende exatamente o que ela está pensando. Seus olhos carregados respondem - "vá em frente".

O clic do cadeado se abrindo é o único som do ambiente. Ele o deixa cair no chão e abre a pasta sem hesitar mais. Os outros amontoam-se ao redor dela.

Naomi se aproxima o suficiente para pegar o conteúdo na mão. Ela tira a vela do meio da roda para poder desdobrar os papéis.

De dobra em dobra, um desenho vai se formando. Quando o papel têm quase dois metros quadrados estendidos no chão, eles conseguem ver claramente - a planta do bunker.

— Cacete! - Diego se aproxima, empolgado. Pondo-se de pé em um salto, ele anda ao redor do papel. - Isso é perfeito!

Não é um simples mapa.

Com a caligrafia de Sara, diversas flechas apontando para entradas secretas ao redor do bunker. Discretas, portas fechadas por códigos, escotilhas escondidas na mata. E os códigos logo abaixo das anotações - um para cada porta, inclusive as internas. Todas as inúmeras salas intituladas e legendadas.

— Todos os pontos fracos da fortaleza deles - Cauã se pronuncia - bem em nossas mãos.

— Será que sabiam que Sara tinha isso? - Maia pergunta.

— Um dos possíveis motivos de ela estar morta. - Levi fala, mas logo se arrepende. - Desculpa, isso foi grosseiro. - Se dirige à Alex.

— Não, você está certo. Pode ter sido.

— Desculpa a intromissão, - Lídia timidamente se intromete - mas porque isso é importante? Pra que arriscar suas vidas por isso?

Por um instante, o grupo fica em silêncio. Eles não têm a mesma mentalidade, os dois grupos.

— Vamos invadir o bunker. - Rafael fala, olhando estático para o papel a sua frente.

O garoto Gael, em silêncio até então, solta uma risada de deboche.

— Isso é suicídio.

— Estamos cansados. - Levi diz. - Estamos mais perto de morrer aqui todos os dias, porque não morrer pelo menos tentando sobreviver?

Depois da RuínaOnde histórias criam vida. Descubra agora