Meu erro foi ter me
apaixonado por você.Autor desconhecido.
_ Nunca mais dou as caras em uma festa. _ Declarei, envergonhada. Mariana andava ao meu lado e me ouvia atentamente. _ Esse final de semana foi um desastre..._Não seja dramática, não combina com você!
_ Não estou sendo... _ botei as mãos no rosto ao lembrar-me do beijo. Soltei um grunhido baixo; não devia te-lo beijado, foi burrice.
_ Idai se você beijou o galinha do Max? _ Mari entra na minha frente e continua andando de costas.
_Eu não gosto dele. _ sussurei para que as outras pessoas ao nosso redor não escutassem.
_ Algo sensato da sua parte. _ debocha e semicerrei os olhos. _ Relaxa, Lis... você mesmo disse que pra ele tinha sido só mais um beijo... - A loira deu uma pausa dramática e semicerrou os olhos, fingindo pensar em algo. _ Aaa não!! Você não disse isso não. Disse que ele tinha falado que você " estáva na lista secreta de melhores beijos"... _ A menina debocha e começa a gargalhar igual uma iena no meio do corredor, fazendo com que todos nos olhem espantados.
_ Não enche, Mariana. _ dei um empurrãozinho na garota e um sorriso convensido escorregou dos meus lábios.
Se morri de vergonha na hora? Morri! Mas foi inevitável não achar bom um elogio de um cara como o Max.
O cara era muito gato, gato mesmo.
_ Acha que o Dean está diferente de quatro anos atrás? _ Mari trás o assunto do moreno subitamente.
_ O assunto aqui era o beijo do Max... porque falar do Stone?
_ Já sabemos que fez burrada beijando o maior galinha de todos os tempos/ melhor amigo do seu ex crush. Agora, vamos discutir sobre as intenções do Dean com a senhorita.
_ Que intenções, Mariana? Ele me odeia e isso não vai mudar nunca.
_ Não seja boba... se ele te odiasse não teria se deslocado até o nosso dormitório para pedir desculpas.
_ Tudo teatro. O Dean não é do tipo que se arrepende do que faz e muito menos de pedir desculpas. _ Parei na porta do refeitório, me virando em seguida para ficar de frente pra ela. _ Não quero nunca mais ter que respirar o mesmo ar que aquele garoto... _ De repente Mari começou a me olhar estranho e balançar a cabeça parecendo estar tendo um ataque. _ E muito menos falar nele, então esquece esse idiota.
_ Assim você destrói o meu coração, Lis. _ A voz sarcástica do Dean soou aos meus ouvidos, me fazendo paralizar.
INCRÍVEL como a voz do cretino parecia extremamente sexi, mesmo tirando com a minha cara.
_Eu poderia até me sentir culpada, se você não tivesse destruido o meu primeiro. _ Devolvi fria, me virando em sua direção e o encararando com os olhos soltando faíscas.
O sorriso debochado se desfaz de seus lábios e moreno mudou o peso da perna pra a outra, incomodado.
_Eu queria conversa sobre isso... _ O rapaz me encarou de volta. _ Mari pode nos dar licença? _ Dean se dirigiu a minha amiga.
_Claro... _ Mari respondeu, mas não deixei que ela saísse do meu lado, segurando em seu braço.
_ Que não! _ Completei, enquanto a garota ao meu lado ficou calada sem saber o que fazer.
_ Anna Lis, preciso falar com você. _ insistiu.
_ Não, obrigada. Mas vou ter que recusar...
_ Sabe que não vou sossegar até que conversemos.
_Mari me espera no refeitório. _ A mesma não hesitou em nos deixar sozinhos. _ Você tem cinco minutos. _ disse seca e o mesmo esboçou um sorrisinho vitorioso.
_ Aqui tem muita gente! Sei um lugar que a gente pode conversa sem ouvintes. _ Dean falou.
Por mais que eu não quisesse ficar sozinha com ele, também, não queria conversa sobre a minha vida pessoal pra todo mundo escutar. Então, fui com ele.
Dean me levou pra o segundo andar do colégio, onde eu nunca estive antes. O lugar estava em reforma e ninguém subia lá.
Ninguém, é um exagero da minha parte, pois este é o lugar onde os casais vem pra ficarem a sós. E eu sabia que se fosse pega ali com aquele idiota estaria frita.
Olhei para os corredores cobertos por plasticos velhos e baldes de tintas, e parecia tudo deserto.QUE DROGA!
_ Me trouxe aqui pra me matar, Stone? _ perguntei tentando parecer sarcástica, mas, para ser sincera estava ficando um pouco com medo, já. Os corredores conseguiam ser muito assustadores.
_ Quem me derá... e que mania chata de me chamar pelo sobrenome.
_Não tenho intimidada pra te chamar de outra forma. _ retruquei seca, como sempre.
_Não seja idiota... nos conhecemos desde criança, claro que você tem.
_Não, não tenho. _ rebati irritada. _ Vai demorar muito para chegar nesse tal lugar?
_Estamos quase lá.
Suspirei impaciente.
Alguns segundo depois, Dean abriu a porta de uma sala e entrei logo atrás dele. O lugar era escuro, mas dava pra perceber que se tratava de um auditório.
Sem que eu desse conta, Dean saiu do meu lado, e as luzes do palco se ascenderam.
_Dá pra você parar de enrolar e falar logo o que quer? _ Mandei, enquanto observava o rapaz sair das cocheiras e caminhar até mim.
_Tudo bem... só queria te pedir um favor primeiro. _ o garoto falou meio apreensivo.
_ Diga. _ Mandei. A demora estava me deixando inquieta e aflita.
_Você não vai me matar, quando eu te falar o que fiz. _ Dean me olha com a maior cara de culpado, só me fazendo ficar mais preocupada.
_O que você fez, Stone? _ pergunto, tentando manter a calma.
_ Vamos lá, então... _ O meu ex vizinho respira fundo e solta tudo de uma vez:
_ No dia em que estive no seu quarto, na hora que você entrou no banheiro e me deixou sozinho, fiquei olhando as coisas no seu quarto e acabei meio que mexendo sem querer no seu criado mudo e achei os seus diários. Eu não ia mexer... mas a curiosidade falou mais alto, então... _ O garoto falava rápido e ofegante. Ele botou a mochila pra frente do corpo e a abriu, pra pegar algo e eu gelei, completamente, quando vi um caderninho preto com os adesivos do bambi pregados na capa. Parei de respirar por alguns segundos, enquanto via o meu diário de quatro anos atrás nas mãos do Dean Stone.
Só pode ser um sonho.
Claro que é só um sonho!!
Esse idiota não seria tão invasor de privacidade... ou seria? Aii meuu Deuss!!!
SIMM, ELE SERIA!
@@@@
Dean Stone na multimídia.
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Sempre foi Você. 1 Vol. [Concluído]
Teen Fiction|EM PROCESSO DE REVISÃO.| "Foi egoísmo da minha parte achar que quebrar seu coração seria a melhor forma de salvar o meu." Anna Lis, uma jovem de dezessete anos, se vê a beira de um surto no momento em que é mandada pela mãe para um colégio interno...