cap. 5

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                                              28/02/2015

         Caminhar sem destino sempre me assustou de várias formas.        Tenho medo de não chegar a lugar nenhum, e se chegar tenho medo de não  achar o que queria. Ou até  mesmo de ficar sozinha. Mas é exatamente assim como me sinto, como se estivesse andando sozinha, por um caminho totalmente desconhecido. Me sinto  solitária, vazia e sem lugar pra ir.

      Faz duas semanas que estou em  Belo Horrores e não  vejo a hora  de sair daqui.
  Perdi  as contas  de quantas vezes já  chorei,  só  essa semana, com saudades de casa e de quantas  vezes já  liguei pra  mamãe, perguntando se   estava   bem. A mesma sempre  me dava a mesma resposta: estou ótima, querida. Mas eu sabia que  não  estava. Minha mãe  está  sofrendo do outro lado do Brasil e eu não  passo fazer nada.
     Liguei  pra lily também... ela me contou que tá  de rolo com um carinha, mas queria  que, eu estivesse  lá,  caso desse errado. Falei que estava  com saudade, e a garota  começou  a chorar, me fazendo chorar junto.

   Querido eu, aqui é legal e tals... tenho uma amiga e um "amigo", mas nada se compara a minha casa.  A Mari  me entende nesse requisito, mas ela disse que não  quer  que eu vá  embora. A minha colega de quarto diz que já se apegou a mim. Eu também  me apeguei a ela, mas deixar a minha mãe  sozinha tá  me matando.

     Faz alguns dias que não  pego pra escrever e  não  contei nada  do que aconteceu quando cheguei aqui.
  Que eu tenho uma amiga  chamada  Mari,  você  já  sabe. Mas que o Dean Stone, também  está  nesse internato, não. Pse... por obra  de alguém  lá  de cima, reencontrei  o babaca do Stone.
   No primeiro dia  de aula, ele caiu em cima de mim e fiquei  irada, mas quando vi o seus olhos  fiquei sem reação. Depois  disso fugi dele o máximo  que eu pude, mesmo estando na mesma sala que o cretino. Só  que hoje, quando eu estava  na piscina ele apareceu e vê-lo  sem camisa e todo molhado foi de mais pra  mim. Entretanto,  não  precisou de muito pro encanto acabar. Foi só  o garoto abrir a boca e me tratar como se mandasse em mim, que a minha raiva voltou a mil.
    O rapaz de 18 anos continua o mesmo menino  de 14, mimado, egocêntrico e prepotente.
   Se eu voltar a sentir algo por ele de novo, preciso que me enternem.
      

      Fechei o diário  e fui dormi.

                           ♤♤♤

   Já  é duas da tarde e tô parecendo uma zumbi por não ter dormido direito, ontem

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   Já  é duas da tarde e tô parecendo uma zumbi por não ter dormido direito, ontem. A Mari práticamente   me obrigou a sair da cama e aqui estou eu, indo comprar o almoço pra nós duas.
     Desci as escadas do dormitório  e fui em direção ao restaurante do campos.
   
  _Eiii..._ escutei alguém chamar, mas achei que fosse coisa da minha cabeça e continuei andando.

_Anna Lis, Espera! - Dessa vez me virei e vi Max( melhor amigo do Stone) do outro lado do campos acenando  pra mim.

_Achei que nunca me ouviria. _fala o garoto sem folego pela carreirinha que acabou de dar.

_Desculpa, tava distraída. Ontem não  dormi muito bem. _ Bocegei.

_Não  aparenta.

_Não  aparenta? Olha o tamanho dessas olheiras. _ lhe mostro o rosto  e aponto para a região arroxeada, sob meus olhos.

_Que nada. Você tá ótima como sempre. _coro, automáticamente.

_Não  precisa mentir pra me agradar, gosto da verdade por mais ruim que seja.

_Que  bom, mas não estou. _ sorrio sem graça.

_ Está indo pra onde? _ Max me pergunta  apontando na direção  que eu estava andando.

_Comprar  o almoço.

_ Posso ir com  você? _ garoto faz a cara do gato de botas, ou pelo menos tenta. Sorrio e afirmo com a cabeça.

_Eu não sei se você gosta desse tipo de coisa, mas queria te chamar pra uma  social.

_Você acertou! Não curto muito de sair em grupo, prefiro um bom  livro.

_Você  pode ler o tal bom livro outra hora. Sair um pouco da sua zona de conforto não vai te matar. _ ele faz biquinho, fingindo estar chateado e não consigo segurar o riso. _Vamos, Lis... Vai ser legal! _ O garoto volta a falar.

_Tudo bem, eu vou..._abro um sorriso e Max me abraça em agradecimento. _ posso levar uma amiga?

Max pensa um pouco e com uma relutância estranha, finalmente aceita.

_ Tudo bem, pode levar sua colega de quarto.

_ Mas eu nem falei quem iria levar.

_ Não precisou. Te vejo na piscina as 20:00hrs, não se atrase. _ Disse indo embora.
 
  Achei que ele tinha dito que iria comigo, no restaurante.

  O sacana só queria mesmo era me convencer a ir nessa bendita festa; balanço a cabeça em desaprovação, mas não me chateio.

Compro o meu almoço e levo pro quarto.

_ Mari, cheguei. _ chamo.

_ Estou aqui. _ a garota se materializa na minha frente.

   Entrego o almoço  dela e a mesma da um sorriso agradecida.

_ Vi o Max enquanto  estava indo ao restaurante. _ solto  enquanto minha amiga devora a comida.
  
_E? _Pergunta  com  desinteresse. Tudo o que a Mari  quer fazer agora é comer.

_Ele me chamou pra uma social na piscina  hoje.

_E daí? _ Mari  continuar a comer.

_Vem comigo? _ perguntei  já  sabendo a resposta.

_Não.

_ Por favor..._tentei fazer a carinha que o Max fez, pra me convencer  a ir a tal festinha.

_Não e não! Você sabe que eu detesto o Phillips. Ele é um troglodita  mimado e tá querendo  você. _ Mari tinha uma cara de desgosto. Parecia  que a qualquer momento ela botaria o comer pra fora só por falar o nome do garoto.

_ Leva o Pedro. _ apelei.

_ Ele também odeia o diabo. _ A garota ja tinha parado de comer e fez dois chifrinhos na cabeça, quando falou a palavra "diabo". E eu gargalhei. Eu gosto do Max mais a Mariana é hilária. Parei de rir e tentei de novo.

_Vamo Mari, por mim... _ela pensa por um tempo e responde.

_Tá bom... Se o Pedro aceitar, o que  acho muito pouco provável... _ ela enfatiza. _eu vou a essa maldita social.

_Tudo bem! _abraço minha amiga e começo, finalmente, a almoçar.






Votemmmm.

Sempre foi Você. 1 Vol. [Concluído]Where stories live. Discover now