Sempre foi Você. 1 Vol. [Concluído]

Cap. 4

Toda essa história de felizes
para sempre, não existe.

Grey's Anatomy.

   Faziam, exatamente, duas semanas que eu havia chegado na maldita escola e estáva afundada no tédio.  Duas semanas desde o reencontro inesperado com o Dean Stone no corredor. Foi estranho reve-lo depois de todo esse tempo sem ter nem sequer uma mísera notícia sobre seu paradeiro. Meu coração acelerava sempre que meus pensamentos iam até ele, e definitivamente, eu não gostava nenhum pouco disso.

  Apesar do meu lado do quarto já estar arrumado ao meu gosto,  não conseguia me sentir em casa. Sentia muita falta da minha vida em S.P., principalmente da minha mãe. Odiava a ideia dela estar morando sozinha na nossa casa, enquanto meu pai gastava rios de dinheiro com a sua nova família.

   O colégio era muito chato, e os alunos ainda piores. Os únicos com quem eu falava era a minha colega de quarto e o Max, que por sinal é amigo do Stone.

   O loiro veio falar comigo na semana passada para me dar as boas vindas, e rápidamente, simpatizei com o mesmo. Depois disso conversamos mais vezes pelos corredores e no horário livre.

Mariana o detesta. Não me disse o porquê, e também não me senti apta a perguntar.

_ Ei, tô indo pra sala de estar. Você vem? _ a voz da Mari soou aos meus ouvidos como algo distante, me tirando aos poucos dos meus desvaneios.

_ A... não, pode ir sem mim!

_Tudo bem! se mudar de ideia... _A garota falou antes de sair do quarto.

   Peguei o livro abandonado em cima do meu colo e retomei minha leitura. O príncipe Maxon era ótimo em servir de distração.

~♡~

  Eram dez da noite e Mari já estava no seu quinto sono na cama ao lado. A garota não demorou muito pra voltar da sala de estar. O Pedro, namorado dela, alegando que tinha que estudar voltou para o dormitório masculino mais cedo. Então, ela achou melhor vim pro quarto, também.

  Faziam dias que eu não dormia direito. A insônia já estava me deixando mal humorada e com olheiras. E aquela noite não foi diferente...  e ficar deitada olhando para as paredes iria me deixar louca.

Visto um moletom, calso as sandalias e saio do quarto fazendo o mínimo de barulho possível.

Sem fazer a mínima ideia de onde ir, comecei a andar pelos corredores. Passo perto da sala de estar e escuto pessoas conversando. Mas não paro de andar. Meus pés continuam a me guiar, até a porta, a pedido do meu cérebro.

Preciso de ar fresco.

Ficar infurnada nesta escola está me deixando claustrofóbica.

Chego até a piscina e encaro o céu estrelado.

Está uma linda noite, pra dar um mergulho.

Olho para os lados procurando alguma alma viva que possa me flagrar, mas não vejo ninguém.

Tiro o meu moletom extra grande e depois o short e em seguida a blusa, ficando apenas de langerie. O vento frio bate de encontro com minha pele exposta e me arrepio automaticamente. Entro logo na água e nado até o outro lado. A água estava fria, mas um frio confortável.

_ Isso me parece muito clichê, para uma garota como você. _ Uma voz conhecida soa atrás de mim e me viro pra olhar quem é.

Dean Stone estáva parado bem na minha frente, sem camisa e os cabelos pretos estavam ensopados. As gotas d'água que escorriam pelo seu corpo perfeito o deixavam ainda mais atraente e tudo o que eu consegui fazer foi fita-lo.

Se mexe, Anna Lis...

Meu subconsciente tentava me avisar, mas eu não conseguia me mecher e nem falar nada. Minha boca abria e fechava, parecendo um peixe e eu só ficava cada vez mais corada.

_Eu sei, eu sei... causo esse efeito nas pessoas. _voltou a falar, sendo extremamente convencido e irritante.

_O que está fazendo aqui? _tentei soar indiferente, falhando com sucesso.

Como não escutei sua chegada?

_Eu só vim dar uma volta e encontrei uma sem noção nadando a noite e vim salva-la de si mesma... vamos, você vai pegar um resfriado aqui fora!

_Não! Eu não vou a lugar nenhum com você. _falei, grosseira.

_Não seja idiota, você vai adoecer se ficar aqui. _Dean responde sem paciência.

_Que seja! E não me chame de idiota, idiota. _ retruquei ofendida. Stone suspira frustado e seu olhar era de exaustão.

_Qual é o seu problema, Lis? _ Sua voz é fria. _Faz duas miseráveis semanas que tento me aproximar de você e só recebo patada. Me fala o que diabos eu te fiz, porquê sinceramente eu não faço ideia. _ o garoto bota as mãos na cintura e me encara esperando minha resposta.

_Meu Deus... você não lembrou de mim. Você não lembra quem eu sou... - gargalhei com sarcasmo, mas a mágoa me consumia. E o garoto me lança um olhar confuso. _ Quer saber o que me fez, então aí vai: Você nasceu, Stone. - dei as costas ao babaca, e sai da piscina o mais rápido possível.

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