Você e Eu (Bônus) - André e Bruna pt. III

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Bônus – André e Bruna pt. III

Eu dormi maravilhosamente bem. Nem parece que eu havia ingerido alguma gota de álcool, não sentia dor de cabeça, nenhum desconforto, nada. Nadica de absolutamente nada. Mas em compensação acordei com um calor terrível, era possível sentir o suor em meu rosto que com certeza deveria estar um pimentão de tão vermelho. Mexi-me e meu travesseiro gemeu.

Como assim meu travesseiro gemeu?

Virei receosa o meu rosto e dei de cara com a beldade pelo qual eu estava perdidamente apaixonada.

Meu galã.

Meu anti-herói.

André Alves.

– Ai caramba! – Acho que falei alto demais.

No mesmo instante, olhei para as nossas pernas entrelaçadas, o seu braço por baixo dos meus ombros, minha mão sob o seu peito.

Jesus Cristo, o que aconteceu aqui?!

Acabei ficando mais assustada do que deveria, lhe dei um tapa no rosto e o empurrei para fora do sofá, colocando imediatamente as mãos sobre a boca para evitar o grito, mas já era tarde demais. André levantou em um salto e me olhou assustado. Sua camisa estava amassada, sua calça também, seu cabelo estava incrivelmente, belamente, apaixonadamente despenteado, seu rosto tinha não só marcas evidentes de que ele estava dormindo, mas também, havia ganhado uma coloração avermelhada com o belo tapa que desferi em seu bonito rosto.

– Que merda é essa? – Gesticulou furioso. – Porque me bateu? – Questionou mal humorado.

– O que você está fazendo aqui? – Me fiz de desentendida.

As lembranças que vinham como um raio em minha mente deixaram-me desconcertada, pois eu havia sido uma completa vadia na noite anterior. Iria fingir que não me lembrava de nada, e conseguiria sair de uma situação mais constrangedora que essa, e evitar conversas mais constrangedoras ainda.

– Eu trouxe você completamente bêbada pra casa. Mas pelo visto você não se lembra. – Sua resposta afiada me deixou magoada.

– E porque acordamos juntos?

Será que havíamos consumado o ato sexual e eu nem lembrava?

– Acho que estávamos cansados demais, e acabamos pegando no sono. – Deu de ombros. – Simples.

– Então só dormirmos? – Indaguei.

– Sim. Por que tanto drama? – Um sorriso começava a se formar em seu rosto e aquilo me deixou extasiada. – Não se preocupa, eu não poderia romper o seu lacre.

Engoli em seco. – Como sabe que sou virgem?

O sorriso em seu rosto se desvaneceu rapidamente.

– Meu Deus! Eu não acredito que você é virgem!!!! – Disse pasmo.

– Não estou entendendo. Acaba de falar como se não soubesse, mas na frase anterior havia falado de lacre e... – Comecei a balbuciar palavras sem sentindo e frases desconexas.

Meu chão havia ruído.

– Eu estava brincando com você! Eu não imaginei que você fosse... Virgem! – Gargalhou.

Ok, já chega dessa palhaçada.

– Você está agindo como um idiota sabia? Essas risadas são completamente desnecessárias e ofensivas. – Disse com a voz embargada. – Há muitas mulheres virgens pelo mundo, não é como se eu fosse anormal. – Não contive uma lágrima traidora que deslizou pelo meu rosto.

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