panquecas de bom dia

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Eu estava pronta para voltar às aulas da faculdade, já tinha arrumado minhas apostilas e o uniforme da cafeteria na bolsa. Finalizei meus cachos e coloquei um estilo country anos 80's. Desviando minha atenção do espelho, ao sentir o cheiro de massa na panela.

O cheiro da panqueca no ambiente, indo até a cozinha, vendo Oscar cozinhar e montando um prato com legumes e frutas vermelhas. Notando ele colocar mel na panqueca e falando no tom alegre:

   —"Eu precisava muito disso na minha vida! Nossa, nem lembrava mas como era comer uma panqueca!"

Oscar rir, pegando pedaço e levando até a minha boca. Fecho os olhos, sentindo um gosto de amor naquele panqueca e gemendo baixinho:

—"Hummm...droga, Oscar!!! Você não deixa a desejar em nada, meu Deus! Você tem um dom com comida e com as mãos!

Oscar solta umas gargalhadas, até notar uma sujeira em meu rosto, passando seus dedos na minha boca e tirando o mel que estava no canto dos meus lábios, observo ele morder os lábios, abrindo um sorriso e falando no tom descontraído:

  —"Lembra quando te mostrei minhas cartas de recomendações pra faculdade de gastronomia... Seu pai fez questão de ir na escola naquele dia para me prestigiar!"

Fico em silêncio por alguns segundos, ao ouvir ele citar meu pai e o respondendo de maneira rude:

—"Oscar, isso não vai diminuir o pai ausente que ele foi! Ele achou que me deixar aqui nessa casa sozinha, mandar dinheiro todo mês ou fazer uma ligação iria amenizar os danos que ele causou a minha mãe! Ele foi um grande babaca! Que bom que ele foi bom com você!"

Oscar me encara e resmungando:

    —"Eu não falei isso amor, você me entendeu! Sobre isso de pai ausente, você sabe que estamos no mesmo barco!

Encaro Oscar com expressão de brava e bufando sem querer responder. Vendo ele se sentar em uma das cadeira da mesa de jantar, me puxando com umas das mãos, me fazendo sentar em seu colo e falando perto do meu ouvido:

  — "Gosto de quando fica brava comigo! Você me deixa louco quando fica desse jeito!"

Mordo os lábios e tentando conter a risada:

   —"Você é um idiota, sabia cabron?"

Oscar começa a fazer cócegas em minha barriga, ao escutar chamá-lo de idiota. Começo a me mexer e dando gargalhadas, ele inicia vários beijos suave em meu pescoço e rindo junto comigo. Minha casa parecia que finalmente um lar de verdade com Oscar nela, eu me sentia finalmente em paz estando com alguém.

DELÍRIOS CHICANOWhere stories live. Discover now