VALENTINA'S POV
Pouco tempo depois de ter chegado em Itaipava, Luiza me mandou mensagem e tivemos uma conversa pra lá de desagradável. Honestamente eu nem queria conversar, só precisava sentir aquilo e colocar pra fora. Eu sabia que minhas atitudes estavam sendo incomuns, mas não consegui evitar e deixei rolar, não pensei nenhum pouco nas consequências.
Decidi que hoje iria descontar todo o meu ciúmes e chateação na cachaça. Joana e eu chegamos por volta das dezesseis da tarde, o sol estava favorável e o grupo de pagode sabia bem como animar. Algumas pessoas dançavam e cantavam curtindo o som, principalmente Eduarda. Joana logo se juntou a ela. Eu peguei uma cerveja e me sentei na beira da piscina com o pessoal que já conhecia, ficamos ali jogando conversa fora e bebendo.
Em algum momento da tarde Carol sugeriu jogar vôlei na água e todos presentes se animaram, pouco tempo depois a rede foi armada, os times divididos e a brincadeira rolou solto. A medida que as partidas iam acontecendo eu agradecia por ter caído no time da Carol, ela era extremamente competitiva e os rivais estavam fazendo de tudo para irrita-la, hoje essa função não seria minha.
O sol ja havia se posto quando resolvi sair da água. Sentei em uma das espreguiçadeiras que tinha por ali e relaxei, minutos depois senti alguém se sentar ao meu lado, abri os olhos só para confirmar que era Joana, ela estava com dois drinks e me entregou um.
- O Igor está namorando com aquela garota? Pergunta olhando para Igor e Eduarda que estavam se pegando dentro da piscina.
- Por que, você está interessada nela? - Dou um gole na bebida.
- Nos dois na verdade - Foi a vez dela beber o líquido do copo.
- Se tudo der certo vocês podem formar um trisal e fazer aquele menage.
- Até que não seria má ideia? Vou jogar pro universo - Diz me fazendo rir.
Ficamos ali conversando por algum tempo até que noto Luiza passar ao lado com a amiga dela, ela não disfarçou e lançou um olhar repressivo em minha direção. Foi direto para onde a galera estava, comprimentou todo mundo e apresentou a moça que verbalizava educadamente com todos, a vi entregando algo para Carol e rolei os olhos com a cena.
- Vocês terminaram? - Minha amiga questiona.
- Não, só estou... com ódio eu diria.
- Logo você, Valentina Albuquerque?
- Não sou de ferro.
- Se você quiser eu te ajudo melhor nesse negócio de fazer ciúmes - Diz me olhando com uma cara maliciosa e depois cai na risada vendo minha reação.
- Não vamos deixar o álcool subir muito a nossa cabeça - Empurro ela de leve e rimos juntas.
Luiza e eu não trocamos uma palavra sequer com o passar da noite, mas vez ou outra eu sentia seu olhar sobre mim e a encarava por alguns segundos. Ela parecia estar com o mesmo propósito que o meu; beber muito. Notei ela misturar as bebidas e já sabia que ela ficando alegre demais pois já começará a dançar. Parte de mim queria muito agarrar ela e beijar, a mulher estava um espetáculo com um conjunto de cropped e saia que honestamente desenhou seus seios e bunda.
A amiga de Luiza até tentou uma aproximação comigo mas eu cortei imediatamente, ela se entrosou rápido com todos, já dançava, jogava bilhar e ria com o pessoal.
Apesar de já sentir o efeito do álcool bater forte, em algum momento decidimos fazer rodadas com tequilas, e eu me encarreguei de pegar os copos, sal e limão.
- Essa é a empregada mais sexy que eu já vi - Joana grita assim que me levanto. Ouço alguém assobiar.
- Ela é mesmo a mais gata de todas - Foi a vez de Carol complementar.
- Não é por nada mas eu sou mesmo, obrigada - Pisco para as meninas ao mesmo tempo que mordo meu lábio em forma de brincadeira.
Saio da sala e vou em direção a cozinha, começo a organizar tudo que era necessário. A banda que havíamos contratado tinha ido embora então ligaram o som. A música que antes tocava em um volume agradável aumentou drasticamente e pude escutar um uninosso cantar junto com a letra.
- Que tipo de brincadeira estúpida é essa? - Me assusto quando Luiza aparece na cozinha fechando a porta.
- Não sei do que você está falando - Suspiro e volto minha atenção para a bandeija que eu estava montando.
- Aquilo lá na sala foi ensaiado? Parabéns, o teatrinho está surtindo efeito - Diz rígida.
- Estamos apenas nos divertindo, abaixa essa guarda um pouco.
- Se fosse a Carine falando que sou uma empregada sexy, você ficaria de boa?
- Quem me garante que ela já não falou - Me viro encostando no balcão e encarando a garota.
- Você fica tão - Ela começa a dar passos em minha direção - Mais tão gata com ciúmes. Podíamos parar de agir feito duas estranhas e aproveitar esse momento.
- Duvido que estranhas saibam o seu gosto - Provoco.
Luiza estava próxima demais, seu peito subia e descia e ela molhou os lábios com a língua, olhei para ela com uma cara maliciosa, me aproximei de seu rosto passando meu nariz levemente, desci até o seu pescoço, senti ela respirar fundo. Minha boca foi até a sua orelha na qual eu mordi levemente o lóbulo fazendo-a arfar. Fiz um encaminho de beijos em seu rosto até o canto de sua boca e ela fechou os olhos. Finalizei mordendo levemente seu queixo.
- Aproveite a noite, Luiza.
Desfiz nossa proximidade, peguei a bandeija e sai da cozinha deixando Luiza parada me olhando com incredulidade. Ela veio com a intenção de provocar mas dessa vez as coisas serão no meu tempo. Primeiro Precisava entender qual era a dessa Carine, e a noite é só uma criança.
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Little Numbers - Valu version
FanfictionThis fic is NOT my fic, NOT my translation version. I just reupload. Quais mudanças um número de telefone errado pode trazer?