Epílogo

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Estou as observando e elas são lindas. Sei que sou suspeita para falar isso, mas quando as olho lembro exatamante de alguém que amo e isso as torna as meninas mais lindas do mundo.

Eu estava errada quando falei que a versão feminina de Henri seria a coisa mais feia desse mundo, a final Dália e Frida são idênticas ao pai e são estonteantes. As gêmeas puxaram os cabelos desajeitados e castanhos de Henri, assim como seus olhos azuis. Posso dizer que ao menos a boca elas puxaram a mim. Elas são pra praticamente o reflexo do meu marido.

Nesse exato momento estou em meu carro, observando Henri buscar nossas filhas na escola da calçada ao lado. Quando elas o veem nem escondem o enorme sorriso. O maior pega Frida no colo a chacoalhando várias vezes, enquanto Dália bate com sua pequena mochila da Princisa e o sapo nas pernas de seu pai, em um ato de reclamação por ela permanecer no chão. Por isso Henri, como um bom pai a ergue e a coloca sobre seu braço vazio, trazendo as duas em seu colo.

— Mama, meu papa me prometeu um picolé de morango. — Dália, menor dois centímetros de sua irmã mais velha, me diz assim que Henri abre a porta traseira do carro.

— Se você se comportar, mini florzinha.— Henri complementa a prendendo na cadeirinha de criança, enquanto Frida se estica até o meu banco de motorista, acarissiando a minha barriga levemente.

— Esse não foi o trato! — Dália pigarreia, tossindo de um jeito seco.

— Por Deus! Essa menina precisa de um remédio! — Henri exclama terminando de prende-lá.

Em seguida ele pega Frida no colo e a coloca em sua cadeirinha verde clara. Ela não se opõe como a irmã. Frida é tão quentinha, puxou a mim, ao contrário de Dália que tem a personalidade do pai.

— Remédio não! — Dália ordena cruzando seus bracinhos curtos e gordinhos.

— Sem picolé pra você então, mini florzinha. — Henri passa seu dedo indicador sobre o nariz da pequena.

Dália, em resposta ao pai mostra a sua pequena língua, num ato de rebeldia.

— Quem essa menina puxou? Onde se viu dar a língua para o pai? — sua voz saí brincalhona.

— A Henri Rousseau. — rio. E é verdade. Dália é o próprio Henri feminino. Até mesmo a mãe do meu marido concordou com a minha teoria.

— Absolutamante não. — Henri protesta terminando de prender o sinto de Frida. Quando ele termina de colocar devidamente nossas filhas no banco de trás do carro, ele dá uma corrida rápida até o banco da frente.

— Como está se sentindo, meu amor? — Agora ele quem acarissia a minha barriga enorme, a final já estava com 8 meses de gestação, e isso é muita coisa.

Mas estar grávida sempre foi um sonho para mim, então mesmo que eu esteja super inchada, tendo vários desejos estranhos eu amo isso tudo. Amo porque um pedaço de mim e de Henri está florescendo dentro de mim.

— Tô me sentindo meio cansada, mas fora isso tudo bem. — respondo sorrindo a ele, e então Henri se aproxima rapidamente de mim e deixa um selinho em meus lábios, fazendo meu coração acelerar de imediato.

— Quero ver os quadros do papa. — Frida fala por fim. — Quero ver as cores deles.

— Você vai ver, minha pequena borboleta. Papa pintou um especialmente para você e sua irmã. Vocês vão amar, usei a cor favorita de vocês.

— Sério? — as gêmeas dizem em uníssono.

— Serissimo. A mãe de você me ajudou nos detalhes. — Henri pisca para mim.

Aonde mora o amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora