28. Revolucion Francesa

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Como eu me senti depois de ter lido um pouco do meu diário? Bom, eu chorei por um tempinho, umas duas horas seguidas mais isso é razoavelmente pouco comparado ao que eu chorava na época.

Eu chorei porque é angustiante ler aquilo e saber como foi o final de tudo. É horrível saber que eu amava tanto Chay que o perdoei várias vezes por tudo o que ele fez. Que por amar demais ele não consegui enxergar os sinais.

Bem, em meio ao choro de ontem eu dormi, igual uma princesa, o que me deixou até que feliz porque fiquei com medo de ter pesadelos com Chay. Acho que a positividade de passar vários dias com Henri anularam por uma noite os pesadelos com ele.

Agora são sete da manhã e eu estou na minha cozinha. A única coisa que prestava no armário são biscoitos de sal, então frito com manteiga alguns. Sei lá, parece estranho mas é bom, os biscoitos ficam mais gostosos. Não costumo comprar muita comida para a casa, já que só eu moro aqui.

Talvez vocês esteja se perguntando se eu sou boa na cozinha e não, eu sou um fracasso. Quase botei fogo na casa dos meus pais quando fui fazer pastéis. Para que esses desastres não me ocorram, geralmente eu peço fast foods no jantar já que no almoço estou no trabalho.

Faço uma trança na lateral do meu cabelo, visto uma calça de tecido grosso da cor marrom e uma camiseta da Leia de Star wars. Me sinto confortável e bem bonita, pelo menos eu acho que estou. Antes de sair de casa, pego algumas ideias de manchetes e temas que eu criei ainda quando estava em Marsella para o conteúdo da revista que envolve o Matteo Ferrara e parto rumo a La couture.

— Ren! — exclamo eu ver o empresário sentado na minha mesa de trabalho.

— Stella! — ele beija a minha mão, como um cavalheiro. — Está linda, como sempre.

— Obrigada. Veio para a reunião com o Matteo? — pergunto. Lorenzo se levanta com muita elegância para me responder:

— Sim. Agora estamos em mais uma parceria juntos, não é mesmo? Como eu e Ferrara já temos um acordo a anos sobre ele usar minhas modelos Mat fez questão de que eu o ajudasse na sua nova parceria com a La couture.

— Você já faz parte da família La couture, Lorenzo. E com certeza a Laurent já o chamaria para esse novo projeto.

— Vocês estão aí fora! — Laurent grita da porta de seu escritório para nós dois.— Entrem, tem café quentinho aqui.

E foi o que fizemos, fomos para a sala particular da Laurent.

— Estão a muito tempo ali? — minha chefe pergunta nos entregando corpinhos cheios de café. Nem eu nem Lorenzo ousamos recusar.

— Na verdade eu cheguei a uns cinco minutos. — falo.

— Eu estava há um tempinho esperando. Nada que me encomode é claro. — Ren explica enquanto desabotoa seu palito para sentar na poltrona.

— Porque não veio para a minha sala, Lorenzo? Aqui é mais confortável do que a mesa da Stella. — Laurent dá um gole no café.

— Eu queria ver a Stella chegar, por isso esperei na sua mesa.

Ok, isso me deixou meio confusa. Por que o Lorenzo queria me ver chegar?

— Lorenzo, Lorenzo. — Laurent diz ao empresário com uma voz repressiva. Eles dois trocaram olhares sérios que foram cortados assim que Henri chegou.

— Bonjour! — ele exclama, vermelho talvez por ter corrido até aqui. Enfim, o marombeiro.

— Está vendo isso né, Laurent? Ele chegou atrasado, isso conta negativo para ele. — sorrio para Henri.

Aonde mora o amor?Where stories live. Discover now