O caridoso barman voltou para o evento me deixando segurando Henri pela cintura, para conduzi-lo até o hotel. Ele não está totalmente fora de si, então meu papel será só direcioná-lo.
— Vamos lá, Henri. Você tem quase o dobro do meu tamanho então me ajuda a te ajudar. — peço e vejo o olhar dele descer até mim.
— Você está linda, petit monstre. Você está linda sempre. — ele me responde enquanto começamos a caminhar rumo ao hotel.
— Sabe, estou até que gostando de você assim, bêbado. Porque você está revelando tudo para mim.
— Eu não estou bêbado! — Henri exclama botando o dedo indicador na frente de sua boca.
— Ah, claro que não está! Aquele vinho te nocauteou, querido. — provoco.
— Nenhum vinho nocauteia Henri Rousseau! — ele diz com as mãos levantadas.
Olho para os dois lados verificando se não há nenhum carro vindo e então atravessamos. Da calçada para o hotel é um percurso bem pequeno que fizemos rápido, visto que Henri andava devagar.
— Ok, vai direto para o chuveiro. Você só cheira a vinho. Se eu acendesse um isqueiro você pegaria fogo. — falo destrancando a porta do quarto.
— Eu só tomo banho se você vier comigo. — Henri diz enquanto morde os lábios para mim.
Faço uma careta para ele.
— Não estou brincando, Henri. — jogo minha bolsa na cômoda. — Vamos! Para o banheiro agora, não é para se deitar na cama! — Exclamo ao ver ele se deitar na cama e se espreguiçar igual um gato.
Puxo ele pelos braços e o empurro até o banheiro abrindo o chuveiro em seguida. Nada que água fria não pudesse resolver.
— Sedenta para me ver sem roupa né, petit monstre? — ele pergunta com uma voz provocadora. Me viro para ele e o vejo tirando a blusa.
— Ei! — reclamo na vez da calça. — Você não... espera eu sair antes.
Ouvi sua gargalhada e depois ganhei uma piscadela dele.
— Não precisa se virar, petit monstre. Eu vou tomar de cueca.
Tento não olhar muito para ele e isso o deixa ainda mais abusado.
— Tenta ficar um tempinho de baixo da água. Vai te ajudar. — oriento enquanto vejo ele entrar de baixo do chuveiro. De início, estranho um pouco ele entrar assim tão fácil, mas dou de ombros em direção a porta.
Antes que eu pudesse começar a andar, sinto a mão molhada de Henri segurar meu braço. Não acredito que ele vai fazer isso.
— Henri, não! — grito, mas já é tarde, ele me puxa com toda a força para dentro do box. — Seu imbecil! A minha roupa! Meu cabelo! — grito enquanto a água escorre lentamente pelo meu rosto.
— É só água. — ele fala rindo, me deixando mais irritada.
Que cara sem noção. Fiquei horas em frente ao espelho alisando ele e Henri destruiu tudo em segundos.
— Você está rindo! Eu vou te matar agora seu filhote de jacaré! — grito lançando minhas mãos no pescoço de Henri, o enforcando. Quer dizer, acho que estou enforcando-o. — Agora você você aprender uma lição, seu gato desgraçado!
Apertei o máximo que pude, mas acho que isso não estava fazendo nem cosquinha nele. Isso me deixou ainda com mais ódio.
— Isso é tudo? — ele zomba. Então percebo que não vou conseguir enforca-lo. Me solto de seu pescoço e comeco a socar seu peito várias e várias vezes. — Fica quietinha.
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Aonde mora o amor?
RomanceDireto das ruas charmosas da França, está La Conture, a empresa jornalística de moda feminina e masculina mais estilosa. E por trás desse sucesso existem estagiários como a determinada Stella Stan, a americana que sonha em ser uma jornalista reconhe...