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É estranho ouvir uma playlist recheada de faixas três

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É estranho ouvir uma playlist recheada de faixas três. Mais estranho do que isso, é caminhar até a biblioteca pública após as aulas. Pelo menos tomei uma atitude sensata durante a caminhada: comprei um belo iorgute gelado. Estou saboreando pedacinhos de morango no céu da minha boca, enquanto ouço uma faixa três de um álbum da Faye Webster.

É esquisito ter as tardes livres para começo de conversa. Sem trabalho e com uma nova peça que está na fase das ideias e planejamento, eu me encontrava com tempo livre. Pelo menos esse tempo não seria usado de modo vão.

Quando entro na biblioteca, sinto o ar gelado e seco do ambiente e os pelinhos dos meus braços se arrepiam. A última vez que eu tinha pisado ali tinha sido bem inusitada, com direto a uma abertura secreta e fofocas de quase um século atrás. Naquele dia eu estava nervosa, mas me sentia corajosa pra ouvir qualquer coisa.

Hoje eu me sinto metade confiante, metade conformada. Não estou nervosa. É como se os botãozinhos da ansiedade e surpresa tivessem sido desativados dentro de mim.
Caminho até o balcão da recepção e meus passos produzem um som oco cada vez que meus mocassins entram em contato com o piso de madeira. O interior da biblioteca está do mesmo jeitinho de sempre: pinturas penduradas nas paredes, um lustre esplêndido localizado no meio do salão, andares e mais andares abarrotados de livros, mesas para estudo e computadores antigos. Aquele ambiente era muito lindo, mas eu gostava muito mais da biblioteca do Foutman que não chegava a glória de uma biblioteca construída para a esposa de um prefeito, mas era muito mais aconchegante.
Jogo a embalagem do iorgute no lixo mais próximo antes de me aproximar do balcão.

Meu celular resolve tocar e algunas pessoas sentadas nas mesas com seus laptops viram suas cabeças na minha direção. Um garoto de óculos sentado em uma das mesas redondas, aponta para o grande cartaz avisando que é proibido o som de aparelhos eletrônicos. Tenho vontade de levantar o dedo do meio para ele, mas acho mais prudente pegar o celular que está no bolso do meu casaco.

"Ashe", Diz Mark. Dou passos para trás, até chegar a entrada da biblioteca, que ostenta o fabuloso quadro da Amelia Neri usando seu vestido amarelo. "Onde você está?"

"Onde estou?"

"É, onde você se meteu? Eu te procurei na sala da sua última aula. E pela escola inteira. Pensei que nós íamos passar um tempo juntos."

Mordo o lado interno da minha bochecha direita. Ok, eu estou disposta a mergulhar de cabeça em pesquisas, teorias sobre a Faixa Três. Não me conformo em aceitar tudo o que Jace Lauper me disse como de fosse verdade absoluta. Eu era uma garota com senso de criticidade. Precisava correr e entender vários, lados, indagar o que ainda não tinha sido indagado, encontrar explicações plausíveis e convicentes o bastante para acalmar meu intelecto e principalmente meu coração. Eu precisava de tudo isso.

Será que Mark estava tão sedento por respostas tanto quanto eu?

"Estou na biblioteca pública", eu falo de uma maneira casual, atenta para sua reação.

A Teoria da Faixa TrêsTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang