Cap 5 - Tempo passando.

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Eu tive um sonho, onde Barbara estava adulta. Cabelos grandes que dançavam junto com o vento, um lindo e vasto campo verde que combinava com seu vestido branco. O céu do entardecer tão limpo, mas apesar do fundo ser tão maravilhoso, por quê ela choras ao.... Olhar para mim?

Eu não sei como, mas apaguei, por alguns segundos...eu consegui dormir...com certeza eu estava ficando relaxado. Mas aquele sonho... tão mágico, mas tão doloroso... não sabia que era possível até sentir as gotas descerem pelo crânio.

Talvez eu estava ficando emocionado pelo fato de que Barbara estava crescendo. Não era estranho que depois da festa do pijama, os três viraram bons amigos.

  Barbara entrou no ensino médio aos 15 anos de idade. Chegou a fazer Direito na faculdade com 18 anos.
Era mais difícil de vê-la. Estudava em seu quarto quieta e não saía a menos que fosse necessário.

Ela encorpou muito bem por sinal. Cabelos longos e lisos, alta e um ar de seriedade em seus olhos. As vezes ela me lembra a cara do Loan, quanto mais cresce, mais parecida se parece a ele.

E o velho conto de "Alice no país das maravilhas" nunca foi terminado, apesar de que faltava poucas páginas para o final.

Mark também tinha se tornado um belo homem, com um corpo todo detalhado de grande músculos. Suas mãos eram grandes e grossas pelo seu exercício prático desde de criança com uma enxada.

Ele conseguiu entrar na mesma faculdade que Barbara, graças a uma bolsa de estudos que conseguiu. Estava a fazer Engenharia Agronômica. Bem a cara dele em minha opinião.

Por outro lado, adoraria dizer que um certo alguém tinha se tornado um vagabundo, gordo, que gastava com bebidas, um pervertido que mexia com todas as mulheres. Mas...me pergunto como diabos um idiota como o Luiz, ficou tão atrativo. Um cara grande com ombros anchos, pele bronzeada, braços firmes, grandes e fortes. Que desgraça...

Por outro lado...Luiz estava esquisito. Ele era irritante como sempre, mas quando Barbara se afastava, sua aura mudava, ficava inquieto e agressivo com as pessoas.
Ele não acompanhou nem Barbara, nem Mark para a faculdade. Luiz simplesmente sumia de tempos em tempos, voltava a maioria das vezes machucado, cheio de cicatrizes pelos braços.
Ninguém perguntava nada a ele por medo, da mesma forma que ele nunca comentou algo.

Mas...várias vezes nas madrugadas, em que fiquei vigiando Barbara. Luiz pulava pela sua janela e a abraçava, extremamente machucado buscando consolo. Barbara arregalava os olhos assustada, mas nunca o afastou como uma gatinha medrosa.

- Luiz vai receber educação das matérias principais em casa. Não é preciso uma faculdade. - Isso dizia Carlos sem um pingo de hesitação.

Gostaria muito de ler a sua vida, mas isso está fora do meu alcance, a menos que essa pessoa esteja a falecer... E infelizmente esse não é o caso. É claro que também já fui tentar investigá-lo pessoalmente, mas sempre que o via, estava estudando, mais condenado do que Barbara. E eu não ficava por muito tempo, sempre estava com serviço ou voltava para a pequena.

Bem, mas tirando isso. Houve muitos momentos em que eu pude rir vê-los juntos e aprendendo juntos. Me senti como um pai. Em minha cabeça, na minha alma, não me arrependo em nenhum momento de deixar alguns serviços para trás para ficar junto a eles. Humanos tão interessantes no qual eu e o Nike amamos...

Flashback:

-... Você está...franzindo suas sombrancelhas e fazendo cara feia de novo... - Disse Barbara se virando para fazer comida.
- Não estou! - Exclamou Luiz.
- Talvez ele só está com fome, você demora  quando faz comida. - Disse Mark roubando um pedaço de frango frito.
- ...Seu... - Disse olhando feio para Mark e logo volta a atenção para Luiz. - ... Ele tá botando muito força nessa expressão, acho que é cocô. Banheiro é a direita, solte pum aqui e jogo essa panela em você. - Disse Barbara apontando para a panela com óleo.
- Eu apoio totalmente, pode fazer. - Digo.
- Miahu! - Concorda Nike.
- Não é cocô, parem de rir e você de me ameaçar. Como pode falar que vai jogar uma panela cheia de óleo fervente no seu futuro marido?!
-... É realmente fome? - Perguntou Barbara abismada.
-... Provavelmente. Eu falei, a  fome está deixando ele mais iludido do que já é. - Mark fala com um sério desinteresse.
- Mas-! GRRA.
- Ha...ha, ponha-se no seu lugar, seu insolente. - Repeti a mesma frase daquele personagem que Barbara tanto gostava. A frase cabia perfeitamente naquela situação.

Fim do Flashback

Apesar de tudo, para eles acaba virando piada no final. Isso é a corda que os mantinha tão conectados.
Eu deveria ter aproveitado os dias em que sentei no banco com ela, ou quando fazíamos companhia um para outro caminhando sozinhos para casa depois da faculdade.
O tempo relativamente voa ...

A vilã merece um final felizWhere stories live. Discover now