Cap 3- Intruso.

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As pessoas que acreditam em papai Noel, não falam que ele consegue entregar presentes em uma única noite? Então. Eu sou a morte! Mesmo vindo ver Barbara todo santo dia, posso realizar meu trabalho tão rápido quanto o Sonic.

Depois que Barbara foi até seu pai, exaltada por algo tão infantil, ficou mais comum ver Mark nessa casa com frequência.
Era de duas a três vezes na semana, tudo porque ela junto com Mark, dava a impressão de estar "viva" a Loan.

Mas havia muitas vezes no qual ela estava sozinha, e me deixa triste ver ela assim. Mas por mim do que por ela, já que não podia, nem conseguia interagir com a pequena de alguma forma...

BRAW!!!
E quando me sentia assim, sempre Nike aprontava algo me tirando da melancolia. Tipo agora!

- Ei! - Vejo uma tábua de madeira caída no chão. - Qual é o seu problema?! - Agarro Nike pela pelanca de suas costas.
- Miauu~
- Besta..., Foi sem querer minha bunda. - Olho para os lados verificando se tinha alguém vindo. - Toma mais cuidado. - Com cuidado coloco a tábua no lugar.

Olho de longe para Barbara que felizmente não acordou com o barulho.
Era um dia de sábado de manhã, e logo após tomar café, lá estava ela no banco tomando um pouco de sol da manhã.
Fico até orgulhoso de pensar que nesses meses ela conseguiu avançar três páginas do livro.
-...
- Se chama emoção, pare de me olhar assim...

- Mas o quê...? - Colocamos nossa atenção na voz desconhecida. - Que saco! - E que linguajar para um garotinho estranho que parece ter a mesma idade que Mark.
Ele pisa forte e passa por mim e Nike bufando. Cabelos pretos e olhos marrons escuros...vou lembrar desse menino.

- Que droga! - Chuta uma pedra. - Aquele velhote disse que havia uma garota nessa casa. MAS NÃO AONDE ESTÁ! - Ele pega mexas de seu cabelo puxando-os com força. - Porcaria de labirinto! - Grita.
- ...Que menino chato... Da onde saiu essa coisa? - Pensei. - E ainda fica procurando minha menininha.

Desejei fortemente que ele virasse no próximo corredor, e logo amaldiçoei o destino por fazer exatamente o contrário do que eu queria.
- Miau!
- Olha a boca!

- Finalmente! - Grita pulando ao lado de Barbara.
Ela acorda se assustando, ao olhar e ver que era um garoto que não conhecia, suspirou e deixou seus olhos caírem.
- Você provavelmente é a garota que mora aqui. Tem que ser! - Ela o olha e solta um suspiro deprimente para o céu.

Eu podia exatamente ler oq se passava em sua cabeça. " Esse garoto fala demais."
Ele a olha com curiosidade, como se estivesse vendo algo totalmente fora do normal. Ele fala mais um par de vezes sem receber uma resposta muito menos uma olhada.

- É falta de educação não falar com a visita. - Disse jogando a cabeça para trás, já bravo. - Meu pai veio de longe comigo, apenas para resolver algo com o seu pai e vir te conhecer. - Fala como se fosse algo importante.
- Foi você quem não se apresentou, para mim então não vai passar de um intruso. - Eu fiquei... TÃO ORGULHOSO. Foi literalmente um tapa na cara indiretamente.
Mas depois creio que seria melhor se ela não tivesse falado nada. Ele olhou com tanta surpresa e emoção que pensei: "Agora deu ruim".

- Meu nome é Luiz! Prazer, e qual o seu nome? - Corrigindo sua voz, falou como alguém de respeito.
Barbara sem escapatória, também respondeu como alguém de respeito.
- Prazer...- Esfregou os olhos. - Me chamo Bárbara.
- Hehe. - Riu. - Sabia que tanto como a sua voz quanto seu rosto, são muito bonitos? - Bárbara olhou para Luiz e logo para o livro.
- Ela acabou de comparar ele com o livro?
- Miau!

Em um momento de distração, Luiz se aproveitou para se sentar totalmente grudado na minha pequena. Senti os pelos do Nike se arrepiarem, a raiva fluía rapidamente.
Faltava pouco para Nike pular em sua cara se não fosse pelo anfitrião da casa chegando com um cara mais alto ainda.

Os dois pararam em frente as crianças. E pude ver a raiva no rosto de Loan.
Mas ele abaixou a cabeça sem falar nada com talvez...medo?

Os olhos de Barbara brilharam para o homem, realmente aquele homem era muito bonito para alguém de idade, e assustador.
Vestia roupas pretas de marca, seus cabelos pretos estavam para trás e seus olhos também negros fitavam Barbara com uma aura estranha. Seus ombros eram anchos que passavam superioridade. E havia várias cicatrizes nas mãos e algumas perto de seu queixo e olho.
Realmente, aquele era um homem de verdade!

Ele se abaixa na altura de Barbara e fala:
- Qual o seu nome, mocinha?
- É -
- Bárbara! Não é lindo esse nome? - Fala Luiz por cima da pequena.
- Sim...- Olhou para Luiz. - Não atrapalhe quando eu estiver falando com outra pessoa. - Falou severo. Luiz apenas virou o rosto para o lado, bravo, por ser repreendido pelo homem.
- Por favor...- Fala novamente agora olhando para Bárbara. - Espero contar com você futuramente para cuidar do meu filho. - Deu um tapinha na cabeça da pequena. Ele olha rapidamente para o livro e volta a olhar para ela divertido. - Creio que esse livro é mais interessante do que falar com ele. - Riu.
- Realmente. - Falei.

Bárbara apenas sorri lindamente diante do carinho e atenção que recebia. Talvez ele não era um cara tão mal quanto sua aparência demonstrava.

A vilã merece um final felizWhere stories live. Discover now