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N/A: Já pedindo desculpa pela demora, mas a vida tem acontecido entre uma fanfic e outra e até pra fugir da realidade tem sido difícil. Mas fiquem tranquilas que essa história vai ter final sim e não tem ninguém sendo abandonado aqui não. Promessa de escoteiro! (não sou escoteira) (mas cumpro promessas).

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Depois do banho, Pitel desceu até a cozinha para começar o café da manhã e Fernanda cumpriu sua promessa de ligar de volta para o pai.

Roberto Villa informou Fernanda, em um tom firme e profissional, que ela podia ficar à vontade para contar a Michel e Gabriel a verdade sobre seu relacionamento com Pitel se quisesse, mas só se prometesse nunca mais oferecer dar detalhes de suas aventuras sexuais. E ela concordou, rindo.

Ela desceu os degraus lentamente, parando para se apoiar na porta da cozinha vestindo apenas calcinha e uma camiseta de filme dos anos 90. Ela sorriu ao ver Pitel no fogão, cantarolando baixinho 'Eu Te Devoro' para si mesma, vestida de shorts e a camisa branca de botão favorita de Fernanda sobre o sutiã.

"Fez a Via Láctea, fez os dinossauros", Pitel cantarolou baixinho, balançando os quadris ao ritmo em sua cabeça. "Sem pensar em nada fez a minha vida e te deu..." Fernanda não disse nada, contente em apenas ouvir. Fernanda tinha o hábito de cantar também, de forma mais contida e sozinha, mas Pitel cantava como se tivesse uma plateia assistindo.

Muitas vezes ela nem percebia que estava fazendo isso. Fernanda cruzou os braços sobre o peito e encostou a cabeça no batente da porta, sorrindo suavemente.

"Mas se quer saber se eu quero outra vida, não, não." Lá estava. O verso que se relacionava com a vida de Pitel nesse momento. Porque ela nunca cantava algo sem ter motivo. Fernanda conteve seu sorriso e decidiu fazer mostrar sua presença.

"É uma Giovanna Marinho que eu vejo perto do fogão?" Fernanda disse em tom de surpresa fingido, sorrindo quando Pitel olhou por cima do ombro para ela. "E ainda por cima preparando o café da manhã?"

"Talvez," Pitel respondeu divertidamente, dando de ombros e voltando para o fogão. Fernanda podia ver o rubor que ela tentava esconder ao se virar, e isso só a fez sorrir ainda mais. Ela deslizou pela cozinha, movendo-se silenciosamente em direção ao espaço de Pitel.

"Hmmm..." ela começou pensativa, consciente do arrepio que percorreu a espinha de Pitel quando sentiu o quão perto estava. "Você está cantando Djavan... então deve estar fazendo sua especialidade."

"Que esperteza da sua parte, menina Fernanda" respondeu Pitel a desafiando, fazendo um som anasalado de conforto assim que os braços de Fernanda a envolveram por trás e ela apoiou o queixo em seu ombro. "Ou pelo menos seria, se não fosse pelo fato de que omelete é literalmente a única coisa que sei fazer."

"Isso não é verdade," repreendeu Fernanda gentilmente, virando-se para que seu sorriso pressionasse o pescoço de Pitel. "Você também faz um ótimo miojo."

"Esse monte de elogio não vai te levar a lugar nenhum, sabia?" Pitel retrucou.

"Esse monte de elogio já me levou a todos os tipos de lugares só essa manhã."

Pitel girou nos braços de Fernanda, corando ainda mais enquanto a afastava.

"Meu Deus, Nanda! Que baixaria é essa?," ela riu indignada. Fernanda fez um bico e estendeu a mão na direção dela, mas Pitel a afastou com sua espátula.

"Pra trás, gostosa. Deixa pelo menos eu terminar de preparar o café."

Fernanda suspirou dramaticamente e deu alguns passos até o balcão da cozinha, sentando-se em uma banqueta e apoiando o queixo na mão.

Amanhã, outro diaWhere stories live. Discover now