O Protetor - Série case-se co...

By eusarahbosco

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Ele: Daniel McCain, um empresário de sucesso que comanda uma corporação gigantesca fundada e construída com c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Epílogo

Capítulo 32

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By eusarahbosco

Bárbara permaneceu no mesmo lugar, em frente ao espelho, por mais de meia hora. Não conseguia decidir se deveria mesmo ir para a empresa depois da discussão que tiveram.

Não a surpreendia que Daniel não tivesse compreendido o que tentou explicar. Como ele mesmo afirmou, por várias vezes havia se esquivado de qualquer contato íntimo com ela, até que tivesse certeza de que Bárbara realmente queria aquilo. Com certeza ver qualquer sombra de dúvidas quanto a isso em sua esposa, o magoou profundamente.

Por ironia, ela agora percebia que o poderoso McCain não era tão impenetrável quanto parecia.

As palavras que ele disse antes de sair foram duras, cruéis, mas Bárbara sabia que não eram verdadeiras. Bom, pelo menos não em parte. Ele pode ter sido manipulador e ter invadido sua vida, mas não a forçou a ir para a cama com ele. Foi uma escolha que ela fez.

A questão não era essa e sim como ela conviveria consigo mesma depois de ter ido totalmente contra seus próprios valores.

Ainda atordoada, desceu até a garagem e viu que ele já tinha saído.

Parou então, respirou fundo e olhou para o nada.

A garagem era ampla, bem iluminada e cheia de carros de luxo. Nunca tinha dedicado tempo a notar os detalhes, mas por algum motivo, começou a observar a arquitetura do lugar. Impecável, como todo o resto da mansão. Nela haviam carros para todos os gostos, mas as cores sóbrias imperavam.

Preto, prata, cinza, grafite... Havia apenas um carro, estacionado ao fundo da garagem que se destacava dos demais, pois era vermelho.

Bárbara se perguntou como não havia notado antes aquele carro ali, já que tinha uma cor tão gritante. Com certeza isso se devia ao fato de que o carro estava muito longe de onde ela costumava estacionar. Nunca tinha visto Daniel usá-lo, talvez pela cor indiscreta.

Ou talvez porque se esquecia dele, já que estava parado tão ao fundo do espaço.

Já que precisava relaxar e distrair a mente, caminhou devagar observando atentamente o design incrível dos veículos. Até mesmo ela, que não se importava muito com carros, precisava admitir que Daniel tinha bom gosto. Continuou sua exploração até o carro vermelho e de volta, percorrendo toda a garagem.

Tudo lindo, tudo perfeito.

Mas quem teria tido a inteligente ideia de estacionar um dos carros diante de uma porta? Qualquer um perceberia que assim barraria totalmente a passagem.

Mais tarde avisaria Ian sobre isso, com certeza ele não havia notado.

Num impulso de coragem momentânea, decidiu que não adiantava postergar mais. Ou encarava a vida de uma vez, ou viveria fugindo da consequência de suas escolhas.

Encheu o pulmão de ar, e foi para a McCain Corp, certa de que não encontraria Daniel no melhor dos humores.

Ao chegar, foi direto para sua sala, afundar-se no trabalho, tentando fazer de conta que tudo era absolutamente como antes, o que é claro, não deu certo.

A cada três pensamentos, dois a levavam de volta aos dias que passara com Daniel. Tudo parecia surreal, como se cada instante em sua memória não passasse de um delírio.

Ainda sentia o calor de seus braços acolhendo seu corpo, e o perfume maravilhoso da pele dele. Para seu consolo, não conseguiu sentir-se culpada. O homem com quem dividiu cada hora da última semana, não tinha nada a ver com o monstro que manipulou e transformou sua vida. Era quase que bizarra a diferença, como se duas personalidades completamente distintas habitassem o mesmo ser.

Daniel havia sido carinhoso, atencioso e preocupado, tratando-a como uma princesa em todo momento. Sua companhia preencheu os dias, fazendo as horas voarem. Se sentiu tão à vontade em sua presença, que conversou sobre os mais diversos assuntos e se entregou completamente, como se o conhecesse há décadas.

Foi natural, inexplicavelmente bom e absurdamente agradável.

E para Daniel não havia sido diferente.

Mal sabia ela que sentado em seu escritório, nesse mesmo instante, ele repassava minuciosamente em seus pensamentos cada segundo que passara com ela.

McCain já havia experimentado muitas coisas prazerosas na vida, mas nada se comparava à sensação de tê-la em seus braços. Passou as pontas dos dedos sobre seus lábios, relembrando o toque aveludado da boca de sua mulher. A lembrança do perfume dela inundou suas narinas, como se ela estivesse bem na sua frente. Suas mãos ainda sentiam a maciez da pele de Bárbara, e a lembrança da calidez de seu corpo lhe estremeceu.

Recordar os momentos que passaram juntos era atordoante.

Pela primeira vez em sua vida, Daniel não queria trabalhar, tomar decisões ou pensar em números. Ele queria Bárbara. Queria se deixar incendiar pelo toque dela, queria perder a consciência no deleite absoluto que ela lhe proporcionava.

Não fazia sentido que sua esposa estivesse tão perto, a algumas paredes de distância, e ao mesmo tempo tão longe de seus braços.

Afoito, decidiu ir até ela, independentemente de qual seria sua reação.

As palavras ditas mais cedo naquele dia tinham sido devastadoras, mas ele não deixaria que isso se transformasse em uma barreira.

Abriu a porta do escritório de supetão e saiu à toda velocidade, dando de cara com Bárbara no corredor. O impacto fez com que ela se desequilibrasse, mas ele tomou-a nos braços com um movimento rápido, espalhando os papéis que ela levava nas mãos pelo ar.

– Me desculpe. – Daniel disse olhando-a profundamente nos olhos – Eu não queria...

– Está tudo bem, não se preocupe. Você não tinha como imaginar que eu estava atrás da porta.

– Mesmo assim, eu não deveria ter saído desta forma, não queria te machucar, lamento.

– Não machucou, fique tranquilo.

Aquela troca de gentilezas mascarava o desejo insuportável que ambos sentiam de dizer o quanto sentiram falta um do outro.

– Está atrasado para alguma reunião? Parecia estar com pressa... – Arriscou perguntar Bárbara, sem saber ao certo o que dizer.

– Não. A pressa que tinha era para ir até a sua sala ver você.

Suas palavras a emudeceram e a fizeram corar.

– E você? Tinha algo para me dizer? O que são esses papéis?

Bárbara encarou-o, visivelmente dividida entre dizer a verdade e dissimular sua real intenção em vir até ali.

– Podemos entrar? – Ela perguntou.

– Mas é claro. – Ele respondeu, dando um passo atrás para que ela entrasse primeiro.

Daniel trancou a porta assim que passou por ela e tomado por sensações fortes demais para ignorar, agarrou-a pela cintura.

– Ah, eu não aguento mais. – Disse no instante exato antes de beijá-la avidamente.

O beijo foi uma posse e Bárbara não ousou resistir. Retribuindo à altura, enlaçou-se ao pescoço dele e saboreou-o com deleite.

Os minutos passaram sem que eles tivessem consciência disso e antes que terminassem um beijo, já começavam outro.

– Quer saber? Que se dane! – Daniel disse ofegante, bem próximo aos lábios dela.

– Que eu me dane? – Bárbara respondeu estonteada e ele sorriu.

– Não querida, que se dane todo o resto, menos você. Que se dane meu orgulho imbecil, não vou fingir. Você acha que tem poder sobre mim? Você tem toda razão! Sou louco por você e perco completamente o juízo quando estou ao seu lado. Não dá para evitar e já faz muito tempo que é assim.

Ainda zonza por causa dos beijos, Bárbara se perguntou se estava entendendo direito o que ele queria dizer. Estava prestes a articular uma pergunta quando ele continuou a falar.

– Você é linda, sua pele me enlouquece e seu perfume me transtorna. Não consigo parar de pensar um só minuto nos dias em que passamos juntos. Eu não tive o bastante de você minha querida e preciso desesperadamente de mais.

Aquelas palavras fizeram sentido. Ela entendia perfeitamente a necessidade que ele tinha dela, pois sentia o mesmo com relação a ele. A afinidade que tiveram e a entrega que experimentaram era arrebatadora. Ela também não tinha tido o bastante e queria mais, muito mais.

– Vamos sair em lua-de-mel – ele continuou – Para qualquer lugar do mundo em que eu possa estar só com você.

Isso era exatamente o que ela tinha em mente.

Bárbara não disse mais nada, apenas assentiu com a cabeça e voltou a colar-se nos lábios dele. Não queria saber como seria o amanhã, pois o hoje estava sendo absolutamente perfeito.


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