O Protetor - Série case-se co...

By eusarahbosco

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Ele: Daniel McCain, um empresário de sucesso que comanda uma corporação gigantesca fundada e construída com c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Epílogo

Capítulo 14

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By eusarahbosco

Na manhã seguinte, Bárbara recebeu uma ligação de McCain, bem cedo, avisando que teria de fazer uma viagem de última hora e passaria alguns dias fora.

Se sentiu aliviada pela trégua e pensou em ver Chris. Mas primeiro, precisava saber onde ele estava.

Ligou algumas vezes e ele não atendeu o celular, então decidiu enviar um e-mail. Se estava atarefado com o trabalho, com certeza pelo menos isso teria que ver.

Oi Chris! Como vai?

Saudades imensa de você.

Tive uma trégua no trabalho e gostaria muito de te ver, mas para isso preciso saber onde está rs...me passe o endereço que vou visitá-lo.

Não se preocupe, sei que está imensamente ocupado, mas quero apenas tomar um café.

Beijos apertados.

Bárbara.

A resposta não demorou a chegar, mas Bárbara estranhou seu conteúdo.

Oi Bárbara! Estou bem e você?

Também estou sentindo muito sua falta.

Seria maravilhoso te ver, mas infelizmente mal estou tendo tempo para respirar.

Assim que conseguir uma folga, vou aí ver você.

Beijos, minha querida.

Chris

Ele não quis tirar cinco minutos do seu dia para vê-la. Nem mesmo disse onde estava. Tudo isso era tão estranho e Bárbara não fazia ideia de porquê Chris estava colocando tantos obstáculos entre eles de repente.

Enquanto ela se perguntava o que estava acontecendo, Christopher estava deitado na cama do quarto de hotel onde se hospedara, com o notebook no colo, sentindo-se mal pela resposta que havia dado. Mas, ele sabia que não tinha escolha.

Levantou-se então da cama e olhou pela janela, perguntando-se o que faria durante o dia. Não podia deixar aquele quarto.

"Quando esse inferno termina?" – Ele pensou.

Sem poder encontrar-se com Chris, Bárbara decidiu passar o dia em sua agência. Precisava de um tempo longe da McCain Corp para colocar as ideias no lugar.

Foi como uma brisa de ar fresco voltar à sua antiga sala. Tudo parecia tão acolhedor, tão familiar. Lembrou-se de sua rotina antes de Daniel aparecer em sua vida. Se tão somente soubesse o preço que pagaria por aceitar sua proposta!

Mas, uma das principais características de Bárbara era não se deixar levar pelo " E se eu tivesse...? ". Sabia bem que uma vez tomada uma decisão errada, era perda de tempo se lamentar. O melhor a fazer sempre foi respirar fundo, clarear os pensamentos e pensar nas alternativas para resolver.

Só que desta vez não haviam alternativas.

Tentava consolar-se com o fato de serem apenas três anos. Depois, sua vida voltaria para o eixo e ela conseguiria seguir em frente apesar de tudo.

Sentou-se em sua poltrona e resolveu que era hora de voltar ao trabalho. Entreteve-se durante todo o dia com os projetos da agência. Não voltou à McCain Corp no dia seguinte, mantendo-se apenas informada do que acontecia ali.

Às três da tarde da sexta-feira, ela examinava alguns documentos com a ajuda de Emily, quando percebeu que sua assistente estava muito pálida e suas mãos tremiam.

– Está tudo bem Emily? – Perguntou com ar preocupado.

– Sim, está. Por que pergunta?

– Você parece pálida e está tremendo.

– Ah, isso? – Emily segurou com força a folha de papel que estava em sua mão, mas mesmo assim continuou tremendo – Não é nada, só não dormi bem essa noite.

Bárbara sabia que o marido de Emily estava fora a trabalho e ela não tinha familiares na cidade. Também sabia que era extremamente dedicada ao trabalho, raras vezes tinha faltado e sempre por motivos relevantes, o que a fez pensar que mesmo que estivesse se sentindo mal, ela não diria.

Conhecendo-a bem como conhecia, tinha certeza que se tivesse um braço decepado, ela arranjaria um jeito de dizer que tudo estava bem e iria para o trabalho horas depois do acidente, por isso insistiu:

– Tem certeza Emily? Não precisa ser forte o tempo todo minha querida, se está se sentindo mal por favor me diga.

Emily ia responder, mas não teve tempo para isso, pois em um instante de visível desespero, saiu correndo com a mão na boca.

Após alguns minutos esperando na porta do banheiro, Bárbara a viu sair mais pálida do que havia entrado e com lágrimas nos olhos.

– Emily querida, o que foi? Venha aqui. – Ela puxou-a para um abraço.

– Eu não queria Bárbara, eu realmente não queria... –Emily disse soluçando.

– Ok, ok, acalme-se. Não importa o que seja, vamos resolver. Venha comigo, vou levar você para casa.

– Não precisa, eu posso ficar, eu consigo...

– Não se preocupe, você tem que descansar, está tudo bem.

No meio do caminho para a casa de Emily, Bárbara notou que não seria uma boa ideia deixa-la sozinha naquele estado e decidiu leva-la para seu próprio apartamento.

– Eu não quero te dar trabalho. – Ela protestou.

– Não vai dar, eu garanto. Vamos passar em sua casa para você pegar algumas coisas antes.

Chegando ao seu apartamento, Bárbara fez com que Emily se sentisse em casa. Obrigou-a a vestir algo confortável e lhe preparou uma xícara de chá.

– Emily, você tem certeza que não quer ir ao médico?

– Sim, tenho. Eu estou bem, de verdade. Só estou um pouco assustada...

– Entendo. Embora eu queira muito ajuda-la, não quero que me diga mais do que se sente bem em dizer, mas saiba que não importa o que a preocupa, sempre há uma solução.

– Eu estou grávida.

Bárbara se esforçou ao máximo para disfarçar a surpresa.

– Oh, mas então não há nenhum problema, um bebê é sempre bem-vindo.

– Eu sei, mas eu não esperava, eu...eu não sei o que fazer. Eu não quero ser mãe, nunca quis. Isso muda tudo, altera o rumo dos meus planos e dos de Julian também.

– Eu imagino, mas tudo vai dar certo, você vai ver. Ele já sabe?

– Não. Eu não consegui contar. Tínhamos planejado tanta coisa, não sei como ele vai reagir ao saber. O erro foi meu, eu me esqueci de tomar o remédio.

– Pois eu tenho certeza de que ele ficará muito feliz.

– Eu não tenho. Se tem uma coisa que ele detesta são crianças. Foi uma das primeiras coisas que ele disse quando nos conhecemos. Quando saímos e ele vê um bebê chorando ou fazendo birra, sempre diz: "Ainda bem que nunca vou ser pai!". Ele vai ficar muito decepcionado.

– Olha, eu acho que talvez seja melhor não pensar nisso agora. O importante é você se acalmar para que o bebê não sofra com isso. Depois pensamos juntas numa forma de dizer a ele, ok?

– Obrigada, você está sendo tão boa p.... –Emily colocou a mão na boca e saiu correndo de novo. Por sorte, já tinha estado no apartamento de Bárbara e sabia onde ficava o banheiro.

***

Mais tarde naquele mesmo dia, Bárbara verificava a temperatura de Emily, enquanto ela dormia profundamente no quarto de hóspedes quando ouviu a campainha tocar.

Fechou a porta com cuidado e foi atender, embora estivesse com muita vontade de ignorar o toque, já que só uma pessoa poderia estar à porta sem que o porteiro tivesse avisado.

Respirou fundo, se olhou no espelho e abriu.

– Oi. – Disse com voz seca.

– Olá – disse Daniel, aproximando-se depressa e dando-lhe um beijo no rosto – Eu vim buscá-la para jantar.

– Ah, estou bem, obrigada por perguntar e você? Se tenho compromisso? Sim, tenho. Se posso sair para jantar? Não, infelizmente. – Respondeu ela.

– Que compromisso? – Ele perguntou, ignorando o fato de ela ter respondido em tom de deboche.

– Eu responderia que não tenho porque ficar dando satisfações de cada passo que dou, mas como isso não vai adiantar, tenho compromisso porque estou cuidando de uma amiga que não está bem.

– Ela está aqui? – Disse erguendo uma sobrancelha.

– Sim, está.

– Por quê?

– Porque eu a convidei.

– É melhor falar comigo antes de tomar esse tipo de atitude.

– Em primeiro lugar, o apartamento é meu e eu convido quem eu quiser e em segundo lugar...

Bárbara foi interrompida por um barulho alto.

Sem pensar duas vezes, saiu correndo em direção ao quarto onde estava Emily.

Entrou ofegante e viu que ela não estava na cama. Foi então para o banheiro, onde a encontrou sentada no chão ao lado do vaso sanitário, encostada na parede e tremendo.

– Emily querida, você está bem? O que aconteceu?

– Estou, só tive vontade de vomitar e para não fazer isso nos seus lençóis, vim o mais rápido que eu pude.

– Ah, pobrezinha, deixe eu ajudar você.

Enquanto ainda falava, Emily inclinou-se bruscamente para frente sobre o vaso sanitário. Bárbara então segurou para trás seus cabelos, para que não sujassem. Foi então que notou que Daniel estava parado na porta do banheiro observando a cena.

– Acho que ela não vai se sentir confortável com você aqui, por favor espere na sala. – Pediu para ele.

– Não Bárbara, tudo bem. – Disse Emily com dificuldade, enquanto encostava a cabeça na parede mais uma vez e fechava os olhos.

– Ela não parece nada bem. – disse Daniel – O que ela tem?

– Está grávida. Isso deve estar mexendo com seu estômago. –Disse Bárbara, sem saber que outra resposta poderia dar.

Depois virando-se para Emily pediu que se apoiasse em seu ombro para que a ajudasse a ir para a cama.

– Não. – Interrompeu Daniel. – Deixe que eu faça isso.

Sob o olhar surpreso de Bárbara, ele tirou o paletó cinza claro que usava e colocou sobre o aparador do quarto. Depois abaixou-se perto de Emily e perguntou:

– Tudo bem se eu a pegar no colo?

Ela balançou a cabeça em movimento afirmativo e ele a tomou nos braços e levou-a até a cama, colocando-a cuidadosamente sobre os lençóis, enquanto Bárbara ajeitava os travesseiros atrás da cabeça dela.

– Obrigada. – Ela sussurrou antes de cair em um sono profundo.

Bárbara deu sinal para que Daniel a acompanhasse para fora do quarto e fechou a porta.

– Obrigada por sua ajuda. Como vê, não posso sair e deixá-la assim.

– Ela não é responsabilidade sua.

– Todos os meus amigos são minha responsabilidade. Só construo laços genuínos com as pessoas que gosto. Ela não tem mais ninguém na cidade para cuidar de seu estado. Vou ficar com ela, até que melhore.

– Posso contratar uma enfermeira agora mesmo, assim ficará livre para jantar comigo.

– Não se trata disso. Vou ficar preocupada com Emily, ela precisa de um rosto conhecido por perto quando acordar, seu estado é delicado.

– E você vai cuidar dela sozinha? – Ele questionou.

Ao ouvir aquela pergunta, Bárbara pensou que talvez fosse uma boa oportunidade para ensinar um pouco de humanidade àquele coração de gelo. Não conseguiu resistir à tentação de ver como ele reagiria.

– Na verdade, estava pensando em pedir ajuda.

– De quem?

– Sua.

– Como é?

– Você foi tão solícito para me ajudar a colocá-la na cama, que achei que poderia me ajudar com o restante.

– Isso não é necessário Bárbara, tenho muitos empregados, posso providenciar uma equipe inteira para ajudá-la, se assim desejar.

– Você não se cansa de sempre pagar para as pessoas fazerem as coisas? Já parou para pensar que tem duas pernas e dois braços? – Disse ela dando um tapa de leve no braço dele, movimento que ele acompanhou com o olhar.

– Pago porque tenho dinheiro suficiente para isso. – Ele disse depois de alguns segundos olhando-a em silêncio.

– Nem tudo se trata de dinheiro, Daniel. Muitas vezes o que precisamos mesmo o dinheiro não pode comprar: carinho, um ombro amigo, apoio emocional...

– Posso saber o que tem em mente? – Perguntou cruzando os braços.

– Sim. Vamos ao supermercado comprar algumas coisas para fazer um jantar leve para ela quando acordar.

– Você quer que eu vá ao supermercado? – Disse ele com uma expressão mista de surpresa e indignação.

– Puxa vida, até parece que estou te pedindo para caminhar sobre brasas acesas. Só quero que me acompanhe ao supermercado.

– Você não tem alguém que faça isso para você?

– Na maioria das vezes como fora, não preciso de uma cozinheira. Quer saber? Pare de reclamar e vamos. Você queria que esse relacionamento parecesse real, não é? Nada mais real do que um casal ir às compras juntos.

– Eu não vou empurrar um carrinho de supermercado.

– Não precisa, eu empurro. Vou pegar minha bolsa e o seu paletó que ficou no quarto.

E então, sob protestos, conseguiu arrastá-lo para fora do apartamento.

Ela gostou muito de vê-lo contrariado e decidiu que, já que teria mesmo que fazer aquilo, tornaria tudo tão insuportável para ele, como estava sendo para ela

Tudo continuaria sendo um pesadelo, mas Bárbara se divertiria, ao menos em parte, tirando-o de sua zona de conforto e vendo até quando o "poderoso McCain" poderia aguentar.

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