Diário de Bordo - jjk & pjm

By Nikkipeaches_

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[Livro físico em pré-venda na Editora Violeta!!!] A Primeira Guerra Mundial havia estourado na Alemanha, Jeon... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Aviso!
Livro físico e novo perfil!
Livro físico em pré-venda!

Capítulo 10

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By Nikkipeaches_

_Diário de bordo_

[Dia 2 de Dezembro de 1921]

J U N G K O O K

Voltar para casa com a melhor notícia possível em mente está deixando meu dia radiante, mesmo andando e esbarrando em pessoas que parecem odiar suas vidas eu não consigo tirar o sorriso gigantesco do rosto.

Ando em passos largos enquanto me empacoto no sobretudo para me proteger do frio, felizmente não demora muito para que eu chegue perto de minha casa. Respiro fundo uma vez, vendo o vapor de minha boca condensar contra o frio e abro a porta, logo me deparando com Jimin que acendia um lampião na sala.

— Jun! Você chego-

— Eu passei no alistamento, Jimin! — lhe interrompi, fechando a porta atrás de mim e caminhando até ele.

— O-O que??

— O alistamento que fiz a seis meses atrás! No exército! Bebê, vamos começar a ganhar dinheiro!

— Céus, eu não acredito! — ele exclamou todo sorridente, correndo e pulando em mim num abraço apertado. — Parabéns, meu amor! Sabia que ia conseguir!

— Temos que comemorar!

— Comemorar? — riu, se afastando o suficiente para me olhar nos olhos. — Como?

— Quero sair com você, andar pelas ruas e apreciar a bela noite estrelada da França, cumprir a minha promessa de lhe comprar um sorvete delicioso e ficar de mãos dadas contigo a todo o momento.

— Você está pronto para sair tão junto assim, Jun? Você sabe como nos olham feio só pelas pouquíssimas vezes que saímos lado a lado, imagina se nos verem de mãos dadas.

— Bebê, eu sei que tem medo, mas eu não quero esconder meu amor por você só para "agradar" alheios. Aliás, o seu Jungkook estará a todo o momento ao seu lado, se alguém te ameaçar ou fizer algo contigo vai desejar nunca ter olhado para o meu menino com maus olhos. Mas tudo bem se não quiser, de jeito nenhum quero te deixar desconfortável.

Ele sorriu singelo, me dando um selinho lento.

— Tudo bem, vou colocar uma roupa de frio para irmos, de mãos dadas!

Enquanto Jimin fora se empacotar em casacos, eu fui trancando as portas e janelas da casa, não esquecendo de apagar os lampiões para não gastar seu combustível.

— Estou pronto!

Me virei em direção a sua voz e sorri ao ver meu menino todo quentinho num casaco, cachecol e gorrinho. Ele veio até mim e eu lhe abracei, dando um beijinho na testa exposta que o fez sorrir e ruborizar suas bochechinhas redondas.

— Vamos? — perguntei e ele assentiu.

Entrelacei as nossas mãos e o puxei para fora, trancando a porta de casa logo em seguida.

Nós andamos pelas ruas cobertas pelo manto noturno da noite bem juntinhos e sorridentes, vendo até uma pintora procurar por inspiração para expressar sua arte numa tela branca na sua frente.

— Meu bem, olha o que tem ali. — disse num sussurro próximo a sua orelha, apontando com a cabeça para um carrinho de sorvete. — Quer uma casquinha?

— Eu quero! — exclamou empolgado, balançando nossas mãos juntas enquanto andávamos.

O moço do carrinho de sorvete era um jovem bem simpático, não teve maus olhos quando viu a minha mão entrelaçada com a de Jimin. Paguei dois sorvetes de baunilha e nos sentamos num banco de madeira com dois postes em ambos os lados, observando as pessoas que andavam na rua e também a pintora que já tinha iniciado sua pintura não muito longe de nós.

Ficamos nós dois ali, sentados por longos minutos num silêncio confortável, aproveitando a brisa gélida da noite que acariciava nossos rostos sem brutalidade alguma.

— A noite está tão linda. — Jimin comentou de repente, terminando sua casquinha e deitando a cabeça em meu ombro. — Gosto de passear com você, sabia? Ainda mais quando ficamos juntinhos assim.

— Eu nem preciso comentar, né? Você sabe que a todo o momento que estou ao seu lado já me faz feliz por completo.

Jimin sorriu de uma forma adorável e abraçou meu braço com mais força. Logo ouvimos o som de cascos batendo no chão de pedras bem devagar, era um cavalo branco e cinza puxando uma carroça com um homem em cima guiando o animal.

Nossa atenção automaticamente foi levada para a carroça, onde o homem guardava vários objetos e alimentos. Dentre esses alimentos, teve um que chamou nossa atenção.

Aquela cor laranja vibrante... eram cenouras?? Finalmente as cenouras que tanto procuramos??

Eu e Jimin nos entre olhamos ao mesmo tempo, com certeza ele tinha notado o mesmo que eu.

— Senhor! — me levantei, chamando pelo homem que carregava um trigo em sua boca, logo parando a carroça e para prestar atenção em mim. — O senhor está vendendo esses alimentos?

— Estou sim, estou lhes levando para uma feira, por que? Estão interessados em algo?

— Sim, por favor! Quanto o senhor quer pelas cenouras?

— Hmmm... — ele bateu em seu queixo, pensativo. — A época de colheita de cenouras ainda vai chegar, por isso cenouras são bem difíceis de se achar, ainda mais num lugar desse. Mas como a colheita já está bem perto... eu diria que dois francos por cenoura.

— Oh! Tudo bem, aceitamos, pode nos dar três?

Ele sorriu simpático e desceu da carroça, eu e Jimin nos entre olhamos e ele estava sorridente como nunca. O homem pediu desculpas por não ter um saquinho para colocarmos os legumes, mas optamos por levar na mão mesmo, já que logo iríamos para casa.

— Moço, sabe se conseguimos plantar mais cenouras com um pedaço dessas? — perguntou Jimin.

— Não dá, cenouras se plantam com sementes e não com partes de si. Mas não se preocupem, daqui a alguns meses os mercados vão encher de cenouras, e se derem sorte, podem até achar um vendedor confiável de sementes boas.

— Ah, entendi, obrigado por explicar! — ele sorriu e logo o homem retribuiu o ato.

Paguei o moço e nos despedimos, eu e Jimin nos entre olhamos mais uma vez e ele apertou as três cenouras gigantes em seus braços, dando pulinhos no lugar.

— Hoje e amanhã teremos cenoura para o jantar! Quando você voltar do seu primeiro dia do exército, vai chegar em casa com cenouras bem cozidas e muitos beijinhos do seu Jimin.

Sorri ainda mais com a ideia e abracei Jimin, enchendo seu rostinho de beijinhos discretos.

— Não vejo a hora, vamos para casa? Quero dormir bem quentinho ao seu lado para acordar cedo amanhã.

Ele assentiu e eu o abracei pelos ombros para caminharmos juntos enquanto ele segura as cenouras contra seu corpo. Estava tudo indo bem, até que eu senti uma pequena pedra bater em meu ombro com um pouco de força.

— Que nojo!

Olho em direção da voz e noto que é um cara bem vestido na entrada de um bar, olhando para nós com desdém.

— Vocês não têm vergonha? Seus endemoniados, vão se curar e parem de se esfregar na rua! — disse em seu idioma, que infelizmente também entendemos.

— Vamos em bora, Jimin. — sussurrei para o meu menino e ele assentiu tristonho, mas quando nós nos viramos uma outra pedra veio em nossa direção, dessa vez batendo contra a cabeça de Jimin que quase caiu no chão.

Ele solta um grunhido de dor, se agacha e pressiona o local onde foi atingido, deixando as cenouras caírem no chão. Se a pedra fosse maior, ele iria desmaiar o Jimin!

— Meu bebê, você está bem?! — perguntei afoito, sentindo meu coração partir quando vi uma lágrima fina descer de seus olhos e um fio grosso de sangue escorrer da sua cabeça.

— Morra, seu nojento! Seu gordo feioso, se for para ser bichinha, devia ser pelo menos mais aceitável! E não esse abutre podre que você é!

Ouvi a voz do mesmo homem gritar, então eu me viro e o vejo a poucos metros de nós com um sorriso sacana no rosto.

Meu peito queima em ódio e eu me levanto do chão, andando em passos largos até o homem que me olhava superior.

— Não chegue perto de mim, seu mulherzinha.

Quando eu estava perto o suficiente, num ato rápido eu agarrei o seu pescoço, apertado sua pele com força para minhas unhas marcarem o local.

— Espero que você acredite num Deus, pois vai pedir muito a ele para que eu não te mate aqui e agora. — exclamei quase num rosnado, olhando no fundo da alma daquele desgraçado. — Faça algo assim de novo e estará pedindo para morrer.

— Me solte, seu podre!!

Finquei ainda mais minhas unhas em seu pescoço e lhe ergui com minha mão até que ele tivesse que se apoiar apenas com as pontas dos pés.

— Eu vou te soltar apenas quando seu pescoço começar a sangrar, seu desgraçado!

Lhe apertei mais, vendo seu rosto ficar roxo. Quando eu estava prestes a lhe dar um soco eu senti dois pequenos puxões no meu sobretudo. Me virei e era Jimin que estava ali, em pé com as cenouras no colo e um olhar choroso.

— Vamos em bora... Jun...

Eu queria estraçalhar aquele cara por ter arruinado minha noite com o meu loirinho e tê-lo machucado assim. Me viro para o desgraçado novamente, apenas para lhe encarar e lhe dar um último recado.

— Se eu sequer souber que você fez mal para ele de novo, saiba que não terá a mesma sorte de hoje de sair vivo daqui, entendeu?

Ele assentiu com a cabeça e eu o larguei, o deixando cair no chão enquanto tossia em busca de fôlego.

Olhei para Jimin e ele estava tristinho, olhando para seus pés enquanto abraça as cenouras contra o peito.

— Ah bebê... — sussurrei, me segurando para não chorar junto a ele, então o puxei para um abraço, acariciando o topo de sua cabeça com cuidado. — Tá doendo muito?

Ele assentiu em silêncio com o rosto em meu ombro, o afastei o suficiente para secar sua face com meu polegar e beijar suavemente sua testa.

— Vai ficar tudo bem, meu amor. Eu vou cuidar de você.

— Não é minha cabeça que está doendo, Kookie. — fungou.

— Não? — ele negou.

— Tá doendo aqui... — ele apontou para seu peito, no lugar em que ficava o coração, meu olhar vacilou. — Porque eu sei que algumas coisas que aquele homem falou é verdade...

— Como assim? Bebê, do que você está falando?

— Eu sou gordo e feio Kookie, até o moço conseguiu ver isso e ele não deve ser o único. — ele derramou mais uma lágrima enquanto eu negava freneticamente com a cabeça. — Eu já aceitei isso Kookie, só não entendo como você gosta assim de mim, você é tão lindo e eu... eu sou tão...

— Não complete essa frase. — disse firme, mas sem ser grosseiro. — Não complete essa mentira. Jimin, eu não sei como eu posso fazer para que você se veja como eu te vejo. Eu nunca na minha vida inteira menti para você, eu sempre lhe falei o quanto é lindo, tanto por dentro quanto por fora. Aquele homem tem inveja de você, ele quer te humilhar para te puxar para o nível baixíssimo dele, não dê esse gostinho para ele, certo?

Ele assentiu sem olhar diretamente para mim e eu beijei cada uma de suas bochechas para lhe acalmar, parando apenas quando senti cutucadinhas leves nas minhas costas.

Me virei, dando de cara com o sorveteiro e com a pintora lado a lado com sorrisos mínimos nos rostos.

— C-Com licença senhores. — o sorveteiro falou tímido, se aproximando de Jimin com um sorvete de baunilha nas mãos. — Eu vi o que aconteceu e sinto muito... N-Não sei se isso pode melhorar um pouquinho o seu humor, mas você pareceu gostar muito do meu sorvete de baunilha. — ele estendeu o sorvete, recebendo um olhar surpreso e confuso de Jimin. — Tome, pode pegar.

Jimin olhou para mim em busca de uma resposta, eu apenas sorri, inclinando minha cabeça para o sorveteiro, então ele voltou sua atenção para o homem na sua frente e apanhou o sorvete com as mãos trêmulas.

— Obrigado... — disse quase como um sussurro e sorrindo mínimo, recebendo um sorriso gigante do sorveteiro.

— Que isso, não ligue para aquelas palavras maldosas que o homem lhes disse, são todas mentirosas.

Jimin assentiu em silêncio e logo quem tomou seu campo de visão foi a pintora, ela era alta, usava uma armação preta de óculos, um coque bagunçado no topo da cabeça e segurava uma tela com a frente virada para si.

— Eu... pintei vocês dois. — soltou de uma forma direta, deixando eu e Jimin surpresos com sua frase, não esperávamos que fazíamos parte da paisagem que ela pintava. — Eu estava treinando pintura de paisagem no banco onde vocês estavam, estava achando a arte meio sem vida, mas quando vocês chegaram eu realmente percebi o que faltava na pintura.

Ela virou a tela em nossa direção, mostrando sua arte abstrata de nós dois sentados bem juntinhos no banco com os sorvetes nas mãos. A tela estava realmente muito bonita, mas a pintora caprichou especialmente em nós.

— Wow! Ficou lindo! — exclamei e ela sorriu mínimo.

— Não é todos os dias que vejo um casal tão feliz assim. — deu de ombros. — Queria que ficassem com ela, para que sempre que olharem para a pintura perceberem o quanto ficam lindos juntos.

Eu e Jimin nos entre olhamos surpresos sem saber muito o que falar e mulher riu fraco, me entregando a tela nas mãos.

— Céus... eu nem sei o que dizer! Essa pintura deve ser cara! Está muito bem-feita!

— Que nada, não se preocupe com dinheiro, é um presente. — ela sorriu e bateu as mãos mas laterais corpo, numa demonstração clara de nervosismo e pressa. — Eu... tenho que voltar, não posso deixar minhas tintas a toa e acho que o sorveteiro também não pode deixar seu carrinho sozinho.

— Ah! Meu carrinho! — exclamou pondo as mãos na cabeça, arrancando uma risada de todos da roda.

— Muito obrigado a vocês dois, têm um coração de ouro. — agradeci fazendo uma breve reverência para os dois.

— Não há de quê. — a pintora sorriu. — Não voltem para casa tarde, a madrugada é muito fria.

— Certo, obrigada por tudo.

Sorrimos e eles dois deram meia volta, seguindo para suas instalações anteriores. Olhei para Jimin e um sorriso floresceu em meu rosto quando vi um sorriso sereno brilhar em seus lábios.

— Viu? Existem pessoas boas no mundo também.

Ele assentiu, encarando o sorvete em sua mão que estava quase derretendo.

— Tome o sorvete, meu bem, o que está esperando?

— Você quer? — perguntou, oferecendo a casquinha inteira.

— O que? Você nunca recusa sorvete, Jimin, ainda mais de baunilha.

— É que... acho que já comi de mais por hoje, pode comer.

Minha expressão se fechou, ele não está comendo sua sobremesa preferida por causa de sua paranoia de se achar feio.

— Tome esse sorvete, vamos para casa, agora. — falei num tom mais sério, lhe puxando pela cintura com minha mão livre para andarmos em passos mais rápidos até em casa.

No caminho, Jimin foi tomando o sorvete e logo quando chegamos em casa ele estava terminando de comer a casquinha de biscoito. Adentramos nossa moradia e eu coloquei a tela com a tinta ainda fresca em cima da cadeira com sua frente virada para cima, Jimin colocou as cenouras em cima da mesa e logo quando deu sua última mordida na casquinha, ele foi lavar as mãos sujas de baunilha.

— Jimin. — o chamei dentro do quarto, sentado na cama e Jimin saiu do banheiro, enxugando suas mãos molhadas na roupa. — Tire a roupa, vamos tomar um banho, juntos.

Ele ficou parado e em silêncio, como se não soubesse o que fazer.

— Tome banho primeiro, eu vou... lavar as cenouras. É. Vamos cozinhá-las hoje, certo?

— Vamos, mas isso pode ficar para outra hora, tire a roupa, Jimin.

— Jungkook...

— Tire a roupa, bebê, por favor.

Eu sei o porque ele está hesitando tanto, ele nunca teve vergonha de ficar nu na minha frente quando estávamos na floresta, pois ele passava fome e era muito magro. Mas quando viemos para a cidade e ele começou a se alimentar melhor algo mudou, ele passou a ter mais vergonha de ficar despido.

Jimin desviou o olhar e com as mãos trêmulas começou a tirar suas roupas, quando estava apenas com a cueca ele me olhou constrangido, mas gesticulei para que ele a tirasse também.

E assim ele o fez, tirou sua roupa íntima ficando completamente nu, perfeito aos meus olhos. Mas ele tampou minha visão com seus braços que abraçavam seu corpo com força, ele estava completamente encolhido e quase chorando de vergonha.

— Jimin, venha cá. — o chamei e ele veio até mim sem parar de abraçar o próprio corpo.

Segurei seus ombros, o puxei até mim e abri a porta do guarda roupa, revelando um espelho que refletia seu corpo inteiro, isso fez Jimin se encolher ainda mais.

— Você confia em mim, bebê? — sussurrei lhe abraçando e beijando seu pescoço por trás, tomando cuidado com sua nuca machucada.

Ele hesitou, mas assentiu fraco, então levei meus braços até os seus e os soltei de seu tronco, deixando seu corpinho esbelto bem exposto.

Quando seus braços estavam pousados em ambos os lados de seu corpo, ele desviou o olhar com os olhos marejados.

— Olhe para frente, meu amor. — sussurrei dando um beijo casto em sua bochecha enquanto acaricio seu braço. — Deixe-me te fazer amar seu corpo como deve.

E assim ele o fez, olhou para frente e respirou fundo ao encarar seu reflexo nu.

— Olhe para você todo, agora me fale o que mais adora em você, nem que seja um mínimo detalhe.

Ele suspirou mais uma vez ao olhar para seu reflexo de cima a baixo, logo deixando uma lágrima escapar e ele negar com a cabeça.

— Vamos lá, meu amor, procure algo que você ame.

E ele tentou de novo, dessa vez olhando com mais cuidado.

— Eu... gosto de meu cabelo, e de meus olhos.

— Ótimo, por que gosta tanto deles?

— Acho meu cabelo macio e... fofinho, eu gosto disso. — assenti enquanto selava toda a região de suas bochechas e pescoço, o incentivando a continuar a falar. — E eu gosto do castanho de meus olhos... e também como eles se fecham quando eu sorrio demais.

— Certo, algo mais? — perguntei manso, parando com os beijos apenas para lhe olhar pelo reflexo, ele se encara mais uma vez e nega com a cabeça. — Então eu te darei milhares de motivos para amar cada parte sua.

Sorri lhe dando um último beijo no rosto, me agachando ao seu lado enquanto seus olhos me acompanham pelo reflexo do espelho.

— Eu amo seus pés, amo como eles são pequenininhos e dão nas minhas mãos quando você me pede massagem. — falei manso, tocando na sua parte citada e lhe arrancando um sorriso mínimo. — Amo suas pernas, elas te levam a lugares lindos e são graças a elas que você consegue vir até mim e pular em meu colo para me encher de beijos. Amo sua bundinha farta, com ela eu sempre posso de provocar com um tapinha ou aperto. — ele riu divertido de meu comentário quando eu lhe dei um aperto no bumbum. — Amo sua cintura, amo acariciar esse lugar e ver você ficar todo manhosinho com esse toque. Amo sua barriguinha, eu amo morder ela a vontade e te fazer cosquinha para ouvir sua risadinha gostosa. Eu amo suas costas, amo beijá-las por de baixo da blusa e sentir seu corpo arrepiar com o toque. Amo suas mãozinhas, elas guardam o melhor carinho do mundo e se encaixam perfeitamente com as minhas. Amo seus braços, são com eles que eu consigo receber os abraços mais calorosos de todo o mundo. Amo seu pescoço, amo beijá-lo e ver você se contrair todo com a cosquinha. Amo suas bochechas, amo quando elas crescem todas as vezes que você sorri ou fica emburrado. Amo seu sorriso, ele é a porta para a paz mundial, é o que me acolhe e me contagia positivamente nos momentos mais difíceis. Amo seu narizinho, amo beijar ele e ver que você automaticamente sorri quando eu o faço. Amo seus olhos pois é com eles que você consegue ver as coisas mais bonitas no mundo, é com eles que você ver o quanto eu sou apaixonado por você. Amo seu cabelo, amo acariciar seus fios macios e sentir seu cheirinho gostoso quando dorme coladinho comigo. E por fim, eu amo o meu Jimin, é ele que me acolhe e me enche de amor, é ele quem me faz acreditar que ainda exista uma solução para esse mundo violento, eu amo você todo Jimin, e eu quero que você se ame tanto quanto eu te amo.

Ainda fitando seu rosto pelo espelho, eu percebo que ele está com os olhos marejados e um sorriso trêmulo no rosto enquanto me olha.

— Agora eu vou te perguntar mais uma vez, meu amor. — lhe abracei novamente por trás e beijei sua bochecha. — Olhe para si mesmo, o que você mais ama em si?

Ele riu fraco e se olhou de cima a baixo com uma nova percepção e uma nova feição, em momento nenhum ele deixou de sorrir.

— Eu... amo tudo.

Eu sorri gigantesco e o virei para mim, sem me afastar de seu corpo.

— Agora consegue se ver como eu te vejo?

Ele assentiu deixando mais lágrimas escaparem e me abraçou forte, retribuí o afeto beijando toda a região de seu pescoço e ombros.

— Eu te amo, Kookie. — disse choroso, apertado um pouco mais o abraço. — Obrigado por tudo, nunca pensei que um dia... eu me sentiria bem comigo mesmo. Não posso "bater o martelo" e dizer que minha autoestima está 100% restaurada, mas prometo que vou trabalhar nisso, mesmo que seja difícil, eu vou aprender a me amar. E graças a você, eu finalmente senti uma esperança nesse início.

— Fico feliz com isso, meu amor. Faça tudo no seu tempo e saiba que eu sempre estarei aqui para te ajudar, ok? — perguntei em meio a um sorriso e ele assentiu, me dando um selinho em seguida. — Vamos para o banho e dormir de conchinha?

— Mas e as cenouras, Kookie? Pensei que queria comer.

— Elas podem esperar, mas a vontade que tenho de agarrar o meu Jimin e sentir seu cheirinho a noite toda até dormir não pode.

Jimin riu anasalado e me deu um selinho lento, me afastei de si apenas para tirar a minha roupa e lhe agarrar novamente para andarmos juntos até o chuveiro.

Dei banho no meu menino com todo o cuidado do mundo, lavando também a parte onde estava ensanguentada em sua nuca. Ele reclamou um pouquinho da dor, mas disse que graças ao meu carinho ele estava menos dolorido.

Nos enxuguei com a mesma toalha, beijando Jimin em todas as partes de seu corpo enquanto o secava e dizia o quanto ele é lindo e o quanto eu o amo.

Escovamos os dentes e nos deitamos juntos na cama um de frente para o outro, acariciando o rosto alheio.

— Eu te amo. — Jimin disse, fazendo meu coração palpitar com força.

— Eu te amo. — bitoquei seus lábios duas vezes e o puxei para deitar de costas para mim em forma de conchinha. — Durma bem, meu amor, tivemos um dia cheio hoje.

— Sim, e amanhã, quando voltar do exército, você vai experimentar as famosas "cenouras cozidas do Jimin".

— Não vejo a hora. — sorri lhe dando um último beijo na pintinha de seu pescoço.

Com meu indicador, eu acariciei leve sua barriguinha, a sentindo contrair com a cosquinha. Logo sua respiração ficou mais leve, o que significa que ele já dormiu, não demorou também para que eu pegasse no sono.

Não é difícil adormecer ao lado da pessoa que mais amo na vida.

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