Perigosa Obsessão

By ponny_traumada

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"Roxanne Você não tem que colocar essa luz vermelha Caminhar pelas ruas por dinheiro Você não se importa se i... More

Todo mundo tem um segredo
Prólogo
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EPÍLOGO

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By ponny_traumada

Assim como a neve caiu, o fim de semana passou.

Era segunda de manhã, Anahí e Alfonso tinham levado ao pé da letra o "sexo todo dia, sexo toda hora", depois da rodada na hora da queima de fogos dia 4 de julho, tiveram mais 3. Só aquela noite.

E assim seguiu os dois próximos dias.

-Stormy- a voz grave do moreno ecoou pelo primeiro andar do chalé.

-Pare de gritar caralho, estou aqui- a loira reclamou, estava com dor de cabeça.

-Aqui onde porra?- perguntou o homem ainda mais alto, o que gerou um grande revirar de olhos na Anahí.

-No alpendre Alfonso- ela falou bufando, estava muito frio, a neve batia com força no  vitral do alpendre aquecido.

O moreno foi com passos pesados até lá. A cena que viu quando chegou foi realmente inusitada, ele nunca pensou que fosse se deparar como uma cena dessas, estranhamente, ver Stormy sentada no chão usando um short de moletom bem curtinho e uma blusa de alcinha apertada, os pés descalços e um coque feito de mal jeito, com alguns fios loiros caindo pelo rosto, deixou Alfonso com uma sensação nunca antes sentida, sorrir consigo mesmo ao constatar, que ela era uma menina mulher, ao mesmo tempo que era uma super top model, uma sereia, feiticeira que encantava os homens, ela sabia ser uma menina.

-Você é realmente inesperada Stormy- ele falou se sentando no chão de frente para ela.

Anahí estava sentada no chão montando quebra-cabeças, super concentrada no jogo ela tinha dessas, de fases, m dia era a rainha da sedução, no outro era apenas uma mulher que gostava de jogos de tabuleiro e quebra-cabeças.

- Só porque gosto de montar quebra-cabeça?- ela falou dando um sorrisinho de lado enquanto apanhava para tentar encaixar uma peça na quina.

-Está de cabeça para baixo- ele indicou a peça que estava na mão dela, com a cabeça- A pecinha- eu revirou os olhos- Me dê aqui- pegou a peça da mão dela.

-Que raiva- ela riu- tem meia hora que estou tentando encaixar- gargalhou um pouco.

-Não imaginava que Stormy Harondale fosse fã de quebra-cabeça- ele disse começando a montar a parte de baixo para ajudá-la.

-Eu amo, jogos de tabuleiro também, banco imobiliário principalmente- ela disse E ele viu um brilho nos olhos dela que ele nunca havia visto antes, aquela sensação que ele sentiu minutos antes voltou com força para seu peito, vê-la tão simples assim, o face sentir bem, tranquilo, poderia passar horas a admirando assim.

-Eu gosto de banco imobiliário, principalmente quando eu ganho- soltou uma risadinha- Mas prefiro meu banco imobiliário real, gosto de comprar e vender coisas, e ganhar rios de dólares com isso- deu de ombros.

-Você nunca me disse sobre seu trabalho- ela falou com a voz mansa, simplesmente saiu, surgiu o assunto e ela tinha curiosidade, diferente de como sempre acontecia, ela não estava agindo com seus movimentos premeditados, ela apenas estava relaxada.

-É nem e você sobre seu- ele disse levantando as sobrancelhas.

-Touche- ela falou apertando à vista fazendo graça- Não tenho muito o que falar sobre eu trabalho, sou modelo- riu, a risada dela descontraída como agora, acontecia em raros momentos apenas quando ela estava realmente relaxada, e agora era um desses momentos, o som do riso dela era música para os ouvidos de Alfonso- Eu faço coisas que modelos fazem oras. Tiro fotos, fácil desfiles, essas coisas. Mas o melhor de tudo é que trabalho por mim mesma, não tenho uma rotina fixa ou um chefe me enchendo o saco- revirou os olhos- Bem, tem o Luke, mas ele digamos que é meu a gente, uma esperto de um pai que eu tenho, ele sabe ser chato quando quer, mas na maior parte do tempo é a família que tenho- ela deu os ombros e continuou a montar as peças, ela não tinha problemas em falar sobre isso, desde que não invadissem demais sua privacidade.

-Isso de não ter chefe realmente é bom, eu gosto de poder fazer o que quiser na hora que quiser, sem ter que dar satisfação para ninguém- ele riu e direcionou o olhar para ela- Mas ser o meu próprio chefe traz muitas responsabilidades junto.

-Imagino,as responsabilidades sempre caem em cima de você-ela falou em tom de compreensão- Mas como é ser em grande CEO? Se não me engano está nos top 5 homens mais ricos da Forbes, imagino que não foi do dia para noite que surgiu a grande Eastand Hotels- falou divertida apontando o dedo para o moreno a sua frente.

-Realmente, não foi fácil, ainda mais para quem começa de baixo- falou olhando para o horizonte coberto de Neve, naquela hora Anahí sentiu um aperto no peito,nunca tinha sequer imaginado que Alfonso Herrera, logo quem não tinha nascido em berço de ouro- Na verdade, meu pai era um grande empresário, ainda é, o rei do petróleo. Richard Rodriguez- revelou e viu a surpresa no rosto da loira- Minha mãe era funcionária na empresa dele, ele era casado e o típico caso entre patrão e empregada aconteceu, ele acabou engravidando amante e nove meses depois eu nasci- riu amargo- Como já era de se esperar, ele admitiu para evitar que a verdade viesse à tona, e negou a paternidade do bastardo filho da amante- nesse momento a loura pode ver a dor e o rancor brilharem nos olhos dele- Minha mãe, estava desempregada, sozinha e grávida conseguiu emprego como doméstica em uma casa no Queens alugou um pequeno barracão nos arredores de Nova Jersey e me criou lá, desde que comecei a me entender por gente, almejava ter tudo o que me foi negado, tudo o que o meu pai me negou queria provar que um bastardo que ele negou poderia ter tudo o que ele tinha e algo mais, mas acima de tudo, queria dar para minha mãe tudo o que ela merecia, tudo o que lhe foi roubado pelo Richard. Queria dar o mundo para ela, uma vida de rainha, porque é isso que minha mãe é, uma rainha. Liliana Herrera é a mulher mais batalhadora e empenhada que eu conheço, tirou da sua boca diversas vezes para me dar o que comer, me criou com o mínimo, mas me deu mais importante, amor o mínimo que podia ter feito por ela era mais atenção, às vezes eu sinto que estou falhando como filho, eu dou para ela tudo que o dinheiro é capaz de comprar, mas algumas vezes sinto que podia dar mais, não no sentido material, você me entende?- ele perguntou angustiado.

-Eu sinto muito Alfonso, de verdade. Você é um homem bom, e se sente que está ausente com sua mãe, dê mais atenção, vai atrás dela, recupere o tempo perdido, por que preste atenção. dinheiro é bom, luxo é bom, é realmente viciante, mas tem uma coisa que dinheiro nenhum compra. Família mesmo que sua família seja apenas sua mãe, dê valor a ela, nunca sabemos quando estaremos só- ela falou Como tão triste ligou ela realmente entendia essa dor de Alfonso com relação ao pai, mas não podia negar que sentia uma vontade enorme de chorar, ela suportava tudo, era forte e resistia a qualquer coisa, mas se tinha algo que conseguia deixá-la vulnerável, era o assunto família, saber que ela nunca teve esse amor familiar a machucava muito.

-Eu estudei, estudei muito, ganhei uma bolsa na Yale, me formei em administração de empresas e comecei o meu império hoteleiro do zero, tem que tem hoje devo a minha mãe. Realmente você está certa, preciso dar mais atenção para minha mãe- falou reflexivo- Mas e você? Me conta da sua família. Jones é o que? Um tio, primo?- questionou realmente curioso, a tempos ele queria entender essa relação dela com Jones, ela se referia a ela como sua família, sua única família.

-Eu cresci em um orfanato no Brooklin não conheço meus pais e não faz ideia de quem sejam, também não faço a mínima questão de saber quem são, mas não posso mentir que algumas vezes sinto curiosidade de saber se estão vivos ou mortos, cine abandonaram ou se algo fatídico aconteceu- deu de ombros, se tinha uma coisa na qual ela era boa era construir uma barreira de gelo entre ela e fatos que a deixavam sensível, ninguém nunca viria Anahí Giovanna Puente Portillo vulnerável- Mas enfim, orfanatos podem facilmente ser conhecidos como hospícios, psicologicamente e às vezes fisicamente- falou dando riso forçado só Deus sabe o que ela passou naqueles 16 anos dentro do orfanato.- De estupros, espancamentos, abortos, chantagens, ameaças, tudo acontecia lá, a comida que tínhamos não era suficiente para todos, os cobertores para o inverno frio não cobriam todos, aquilo era um verdadeiro inferno, cansada de viver como um cão sarnento, eu decidi fugir, quando fiz 16 anos fui embora do orfanato sem falar com ninguém, afinal eu não tinha ninguém. Fui embora mas não tinha para onde ir, não tinha nada para comer e nenhum de dormir, por uma sorte do destino ou um milagre divino, Luke me encontrou sentada no central park e me ofereceu ajuda, claro que de começo eu fiquei desconfiada, afinal eu era acostumada a viver no meio da violência de gula não acreditava na generosidade humana, para ser sincera ainda não acredito-riu consigo mesma- Mas ele me tirou das ruas e ingressou na sua agência de modelos, foi assim que eu me tornei uma modelo, como passar dos anos e ajuda de Luke eu consegui ganhar renome nas agências de moda e hoje sou quem sou, mas devo tudo à ele, se ele não tivesse me levado para sua casa naquela noite, eu provavelmente estaria morta por dívidas com agiotas- riu da própria desgraça- Mas Luke não é minha única família, sim ele é meu pai de coração, morei com ele até dois anos atrás quando decidi que era hora de me mudar, nós temos uma relação muito boa, eu realmente o amo, é o pai que nunca tive, mas tem uma irmã, uma irmã de coração, não sei se conhece mas acredito que sim, Izabelle Lightwood. Ela entrou na agência alguns anos depois de eu ter sido acolhida pelo Luke, uma história fatídica e um corpo bonito, parece com a minha história- deu um sorrisinho, tinha saudades da amiga- Ela e eu somos muito próximas, inclusive ela mora no andar de baixo do meu prédio, os dois são minha família, são meu pilar- Ela voltou para si neste momento, tinha falado demais, estava falando demais, naquele momento retornou sua consciência para si e decidiu que era hora de encerrar este assunto, não gostava muito desses por, ainda mais para teoricamente desconhecidos.- Não é uma história boa de se contar- riu falsa- Me passa a pecinha verde por favor- indicou a peça mudando de assunto.

Alfonso não falou mais nada, ele estava em choque como se tivesse levado um tapa na cara, nunca tinha esperado isso dela, nunca passou por sua cabeça que Stormy Harondale tivesse passado por tanta coisa.

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