Viola e Rigel - Opostos 1

By NKFloro

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Se Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a... More

O Sr. Olhos Incríveis
A Cara de Coruja *
A segunda impressão
O pesadelo *
O Pedido
O Presente
O Plano
O Livro
A Carta
O Beijo
A Drums
A Raquetada*
O Queixo Tremulante
Cheiros
Os Pássaros *
O Pequeno Da Vinci
O Mundo era feito de Balas de Cereja
O Dia do Fundador
BOOM! BOOM! BOOM!
A Catedral de Saint Vincent
Ela caminha em beleza
Anne de Green Gables
O Poema
Meu nome é Viola
Cadente
Noite de Reis
Depósitos de Estrelas
70x7
A loucura é relativa
Ó Capitão! Meu capitão!
E se não puder voar, corra.
Darcy
Cupcakes
Capelletti e Montecchi
Ensaio sobre o beijo
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Metamorfose
Perdoar
Natal, sorvete e música
Anabelle
Clair de Lune
Eu prometo acordar os anjos
Red Storm
Purpurina da autora: O que eu te fiz Wattpad?
Palavras
Como dizer adeus
Macaco & Banana
Impulsiva e faladeira
Sobre surpresas e ameixas
Infinito
Como uma nuvem
Sobre Rigel Stantford (Mad Marshall Entrevista)
Sobre Viola Beene (Mad Marshall Entrevista)
Verdades
Rastejar
O Perturbador da Paz
Buraco Negro
O tempo
Show do Prescott
A Promessa
O tempo é relativo
Olá, gafanhoto
Olhos de Safira
O caderno
De volta ao lar
A Missão
Grandes expectativas e frustrações maiores ainda
Histórias de amor e outros desastres
Sobre escuridão e luz
Iguais
Sobre CC e RR
Salvando maçãs e rolando na lama
O infame
PRECISAMOS FALAR SOBRE PLÁGIO
Promessas

A pior noite de todas

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By NKFloro

Esta é sem sombra de dúvidas a pior e mais longa noite da minha vida. Várias horas se passaram desde que o dr. Karuma informou que o quadro do Liam se agravara e que ele precisaria ser submetido a um transplante de fígado com urgência; porém, as probabilidades de encontrarem um doador compatível àquela altura e em tempo eram quase nulas; exceto, é claro, se um familiar se dispusesse a doar.

Por um instante eu respirei aliviada, o papai poderia ser esse doador. Mas logo o dr. Karuma, que o acompanha há anos, lembrou-nos de que seu fígado não se encontra no melhor estado, por conta da bebida, e que ele teve hepatite há alguns anos. Por conta do peso e da altura, a mamãe também não pode doar. Quanto a mim... Oh, céus! Com meus quatorze anos e pouco mais de quarenta quilos, não sou sequer uma opção. E essa era toda a família que o Liam tinha por perto.

A percepção disso era desoladora. De repente senti como se estivesse despencando de um penhasco; como se o meu coração tivesse esquecido como se bate; como se uma parte de mim se desintegrasse.

Mal pudia acreditar nos meus ouvidos. A vida de Liam, do meu Liam, meu irmão querido, agora dependia de um transplante de fígado, e não havia nenhum doador disponível, menos ainda um que fosse compatível. Conforme as explicações iam deixando a boca do médico, as lágrimas enchiam mais e mais os olhos da mamãe, assim como os meus. Ao fim da última sentença ela pendeu para o lado por um instante, levando a mão à boca para abafar um grito. Não fosse pelo papai, que passou os braços ao redor dela e a levou de encontro ao peito, ela teria caído aqui mesmo, na sala de espera.

Por um longo ínterim tudo que eu fiz foi observar, imóvel e assombrada, o desespero da mamãe, as lágrimas lavando minhas bochechas e escorrendo pescoço abaixo. O dr. Karuma se afastou por uns dois segundos, só o tempo de falar com uma enfermeira, que se apressou em deixar a sala, porém voltou minutos depois com um copo de água e um comprimido em mãos. Ela estendeu o medicamento diante do rosto de mamãe e suplicou a ela que o tomasse. Mamãe, por sua vez, se manteve irredutível. Com um movimento descoordenado, afastou a mão da enfermeira e levantou a cabeça em busca do olhar do papai.

Antes que ela pudesse se recompor, dr. Karuma voltou a falar:

— Sra. Beene, o comprimido irá ajudá-la. Há muito que precisamos discutir e não conseguiremos chegar a um lugar comum com a senhora neste estado. O Liam precisa que seja forte. Tome o remédio... por ele.

Minha visão estava tão embaçada pelas lágrimas que nem vi quando mamãe pôs o comprimido na boca, quando dei por mim ela já o havia engolido e empurrava o copo de volta para a enfermeira. Durante todo o tempo ela não me dispensou um único olhar, não o fez nem mesmo ao deixar a sala para acompanhar o médico; seus sapatos chicoteando o piso lustroso, me fazendo estremecer. Papai, no entanto, lembrou que eu estava ali, de pé ao lado da fileira de poltronas brancas, com meu coração batendo fraquinho e meus olhos rasos de água. Com os olhos em mim, ele sussurrou um "Vai ficar tudo bem". Então, assim como a mamãe, seguiu no encalço do doutor.

Não sei ao certo quanto tempo durou a conversa com o médico, parei de contar depois que os minutos viraram horas. Enquanto esperava, por vezes tinha a impressão de ouvir gritos e o choro incontido da mamãe atravessando os corredores como uma neblina densa e fria que me gelava os ossos, nessas horas eu abaixava a cabeça, apertava as costas contra o espaldar da poltrona e rezava com mais força.

Quando enfim deixaram a sala do médico, o papai parecia destruído, quase ou tão mais destruído que a mamãe. Os olhos dele não estão nem de perto tão vermelhos e inchados quanto os dela, porém dá para perceber que andou chorado. Ele permanece imerso em se próprio mundo, enquanto a mamãe caminha até mim. Há esperança no olhar dela quando se inclina para enxugar as lágrimas em minhas bochechas, enfim se dando conta da minha presença.

— Sem lágrimas — pede. — Eu preciso que seja forte... Por mim, pelo seu pai, pelo Liam, e principalmente por você mesma. Vai ficar tudo bem, eu prometo. O Liam... —Faz uma pausa. — Ele vai sair dessa, você vai ver. Até lá precisará ser forte e aguentar firme. A Susan e o John estão vindo para cá, vai ficar com eles enquanto seu pai e eu cuidamos do seu irmão, está bem?

— Mas eu quero ficar aqui.

— Esse não é o melhor momento para ser teimosa. — Apertando a minha mão, ela aproxima o rosto do meu, exatamente como quando eu era criança e brincávamos de Quem Pisca Primeiro. — Nossa prioridade agora é o Liam. Não vai ajudar em nada ficando aqui, só conseguirá me trazer ainda mais preocupações. Sei que ama o seu irmão e que quer ficar perto dele, entendo isso, mas eu amo você e preciso me certificar de que ficará bem enquanto seu pai e eu cuidamos de tudo por aqui, por isso pedi a Susan que viesse buscá-la. Então, faça o que estou pedindo e vá com ela.

— Mas... — Viro-me para o papai, esperando que intervenha. Ele nem se move, o olhar ininteligível preso na mamãe. — Por favor, eu prometo que não vou dar trabalho, vou ficar mais quieta que uma estátua, nem perceberão que eu estou aqui.

— Viola, chega. Eu já disse que você vai com os Porter, ponto final.

— É melhor ouvir a sua mãe — a voz do padre Cadence atravessa a sala como um sopro. Viro-me tão depressa na direção da porta que minha testa por pouco não se choca com a da mamãe.

Abençoado seja o momento em que alguém o avisou do ocorrido.

Ao contrário de mim, a mamãe não parece tão confortável com a presença dele, pelo contrário, ela solta um suspiro pesado e encolhe os ombros, o rosto perdeu parte da cor. O que me deixa confusa, afinal eles são bons amigos. De qualquer forma, não dou muita importância, apenas enxugo as lágrimas e vou ao encontro do padre. Seu abraço é firme e amistoso, como de costume.

Há algo sobre o Padre Cadence que precisa ser dito: ele parece feito de paz.

Paz.

Paz.

Paz.

Cada centímetro da sala mergulhado em paz. Repentinamente o lugar se tornou silencioso demais, tão silencioso que posso distinguir cada uma das batidas do coração do meu velho e bom amigo contra a orelha. Então, tão rápido quanto chegou, a paz se esvai.

O barulho de algo se espatifando contra o chão me faz erguer os olhos. Seguindo a direção do som me deparo com uma das poltronas jogada sobre a mesinha de centro — ou, para ser mais exata, sobre o que restou dela. Estilhaços de vidro e madeira estão por toda parte: aos meus pés, dispersos no pequeno tapete, sobre os sapatos do papai... Papai, que no momento olha para a porta com sobrancelhas arqueadas e mandíbula travada. Nunca na minha vida vi seu rosto tão vermelho, as veias do pescoço tão saltadas, por um instante tenho a certeza de que ele vai começar a convulsionar, ou isso ou explodir, literalmente.

Respiro fundo, sentindo o coração se precipitar contra a caixa torácica quando, ao virar a cabeça, avisto o sr. Stantford parado diante das portas duplas, as mãos enfiadas nos bolsos e um olhar impenetrável no rosto descorado. Ele parece exausto, os olhos ligeiramente vermelhos entregam que andou chorando. É estranho vê-lo fora de um terno bem talhado, vestindo apenas uma camisa de algodão simples e um par de calças jeans, os cabelos despenteados, ainda mais parecido com o Oli que o normal.

— Max — mamãe soluça, como se pronunciasse uma oração. — Você veio.

Max?

Max?

Pânico se enrama através das minhas veias.

O que ele faz aqui?

— Onde está o dr. Karuma? — o Dementador pergunta.

— Ele precisou ir ver uma paciente — mamãe explica. — Não deve demorar.

Antes que a poeira assente a porta da sala volta a se abrir, desta vez dando vista a um grupo de enfermeiras, seus olhos se arregalam ao focarem os estilhaços; uma delas leva as mãos à cabeça e pergunta num tom de completa incredulidade:

— O que houve aqui?

— Nada demais, apenas mais um dos famosos acessos de fúria do Beene — o sr. Stantford diz, desviando dos cacos e emparelhando-se ao amigo. Se notou a minha presença, preferiu ignorá-la. — Em vez de ficarem aí paradas, por que não vão chamar o dr. Karuma? Avisem a ele que eu estou esperando... Ah, aproveitem e mandem alguém limpar essa bagunça.

Mal ele fecha a boca, uma das enfermeiras sai em disparada rumo ao corredor, provavelmente para fazer o que ele disse.

Afasto-me do padre Cadence e vou até o papai, que mais parece um animal feroz prestes a saltar sobre o pescoço comprido do sr. Stantford e rasgá-lo inteiro. Porém, antes que chegue às vias de fato, mamãe o contém, entrelaçando seus dedos aos dele e o segurando no lugar.

— Não, Fred. Não aqui. Não hoje — pede. — Você concordou, esqueceu? Pelo Liam. Tudo que estou fazendo, tudo que estou disposta a fazer, é tudo por ele.

— Sinto muito, mas não posso — papai resmunga. — Não dá. Não precisamos fazer isso, deve haver outra forma...

— Não há, sabe disso. — Soltando a mão dele, ela enxuga os olhos. — Pela última vez, Fred, eu não vou abrir mão do meu filho por sua causa. Se não pode lidar com isso, então dê o fora daqui. Fuja. Se esconda. Desapareça da minha frente... da minha vida. Só não piore ainda mais as coisas. — Sua voz se eleva em meio aos soluços.

— Eliza, tenta entender...

— Vá se quiser. — Ela aponta a saída. — Eu não ligo.

Papai ergue a cabeça, o rosto vermelho todo franzido.

— E por que ligaria agora que tem o que queria?

— Como pode falar uma coisa dessas?

— Dizer a verdade não é crime neste país.

Encolho-me inteira.

Padre Cadence dá um passo adiante, as mãos erguidas pedindo calma, enquanto as enfermeiras que optaram por ignorar a ordem do sr. Stantford e ficar assistem a tudo sem mover um único dedo. Quer dizer, outra delas saiu correndo ainda há pouco, depois que o sr. Stantford pediu que chamasse um segurança.

Com o coração aos pulos, me interponho entre meu pais.

— Para, papai. — Como ele não me ouve, recorro a mamãe. — Por favor, mamãe, para.

— Fique quieta, Viola — a voz do papai treme. — Vá se sentar em algum lugar... E calada.

Fico boquiaberta. Não são raras as vezes em que ele chama a minha atenção por alguma coisa, mas nunca antes papai falou comigo nesse tom. É o mesmo tom que ele usa para falar com o...

O Liam.

Meu peito se aperta e sou incapaz de impedir que uma nova onda de lágrimas lave meu rosto.

— Não é hora nem lugar para isso — a voz da razão, também conhecida como padre Cadence, enuncia. — Estamos em um hospital, pelo amor de Deus. Eliza, Fred, tenham bom senso, o filho de vocês está lá dentro. — Ele aponta para onde ficam os leitos — E não só ele, há outros pacientes aqui, e todos precisam de sossego. Você também, Max. Sei que a situação é difícil, mas, no momento, o melhor que podemos fazer é tentar apaziguar as coisas e acalmar os ânimos. — Seu olhar vaga por toda a sala antes de recair sobre mim. — E não se esqueçam da Viola, ela é só uma criança e esse é possivelmente o pior momento da vida dela também. Vamos tentar nos acalmar... todos nós, está bem?

— Ora, Cadence — papai começa -, cala essa merda de boca. Ninguém aqui está interessado na sua conversa fiada.

As enfermeiras param de cochichar no mesmo instante, atentas ao papai. Pudera, onde já se viu falar assim com um padre? Mesmo neste momento tenho vontade de pedir mil desculpas ao padre Cadence.

Dizem que a dor, mais do que qualquer outro sentimento, muda as pessoas. Mais do que o ódio pelo sr. Stantford e o desapreço pelo padre Cadence, a dor de saber que pode perder o Liam está fazendo o papai se comportar dessa forma.

— Vai mesmo continuar agindo feito um pirralho mimado enquanto o garoto agoniza? Se não se importa com ele, pense na sua esposa... na sua filha — Com um meneio de queixo, o sr. Stantford indica minha presença. — É impossível que não tenha se dado conta do estado em que elas se encontram, mesmo um idiota como você é capaz de reconhecer sentimentos como dor e desespero, creio eu. Então, a menos que queira sair daqui algemado e direto para a delegacia, pare com esse espetáculo. Dizer a verdade pode até não ser crime neste país, mas estou certo de que depredar o patrimônio público é.

— Quem você pensa que é pra falar assim comigo, seu filho da...

— Não estou blefando, Beene, e acho melhor nem pensar em completar essa frase. Ou para com esse showzinho, ou eu tomarei as devidas providências.

Papai bufa.

— Eliza, Fred, viemos o mais rápido que pudemos — A sra. Porter irrompe pela sala, seguida de perto por um sr. Porter esbaforido. — Como ele está?

Minha vontade era saltar do carro e correr de volta para o Memorial. Não bastasse o estado do meu irmão, o sr. Stantford ainda resolveu aparecer para complicar ainda mais as coisas. Eu não sei o que o padre Cadence tinha em mente quando decidiu pedir a ajuda dele, se não fosse pelo Liam, papai nunca a teria aceitado. Mas não é hora de erguermos o queixo e bancarmos os orgulhosos, Liam precisa de ajuda e o Sr. Stantford possui os meios necessários para ajudá-lo, graças aos seus contatos e influência.

Depois da chegada dos Porter os ânimos se acalmaram — só um pouco. O sr. Porter conseguiu levar o papai para a cafeteira do hospital e, assim que eles deixaram a sala o dr. Karuma apareceu, amparado por dois seguranças, cada um medindo quase dois metros de altura e outros tantos de largura, e duas faxineiras, que trataram de dar um jeito na bagunça.

Mesmo considerando a dor que o papai deve estar sentindo, ainda me choco ao pensar na forma como ele lançou aquela poltrona sobre a mesa. Aquele não se parecia em nada com o homem que me pede abraços de urso e é sempre tão carinhoso com a mamãe.

Observei irrequieta a cor se esvair do rosto da mamãe conforme o medico se aproximava. O medo fluindo através dos seus poros, enchendo os espaços, a ansiedade visível em cada gesto.

Assim como no resto do mundo, em Madison's Place dinheiro e sobrenome ditam as regras; o status não fala, ele vocifera. Para muitas pessoas isso é tudo o que importa. O Dr. Karuma, por exemplo, em vez de ir direto falar com a mamãe e comigo, que somos a família do Liam e principais interessadas em seu estado, preferiu parar para cumprimentar o sr. Stantford e jogar conversa fora. Só faltou oferecer uma bebida. Talvez tenha oferecido, como vou saber, os dois falavam quase sem abrir a boca, de modo que de onde eu estava era impossível ouvir qualquer coisa, ainda mais com os soluços da mamãe e as preces do padre Cadence e da sra. Porter flutuando ao redor dos meus ouvidos.

Lá pelas tantas, ao se dar conta de que o dr. Karuma estava se demorando demais em seu assunto com o sr. Stantford, a mamãe esfregou as lágrimas para longe, marchou até eles e interrompeu a conversa. Bem, não exatamente interrompeu, ela só se pôs ao lado do médico e pigarreou baixinho, chamando sua atenção.

Dr. Karuma se virou para ela, mas o sr. Stantford continuou agindo como se ela fosse invisível. Imagino o quão humilhante deve ser para ela aceitar a ajuda dele. Mas quem liga para coisas desse tipo quando a vida de um filho está em jogo? Mamãe fez o que tinha que fazer. Eu mesma me ajoelharia aos pés do sr. Stantford — de qualquer um, na verdade — e imploraria, se isso significasse ter o Liam de volta.

Fiz menção de me levantar e ir até eles, mas o olhar de alerta do padre Cadence me obrigou a parar e voltar para a poltrona.

— Susan, por que não leva a Viola até a cafeteria para comer algo?

— Claro. — A sra. Porter ficou de pé.

— É quase de manhã. — Ele indicou o relógio na parede; o ponteiro marcava cinco e trinta e seis. — Ela deve estar com fome.

— Não estou não.

As sobrancelhas do padre se elevaram até a metade da testa.

— Bem, parece que a temporada de milagres está oficialmente aberta.

— Eu não sabia que há uma temporada de milagres, pensei que Deus estivesse sempre pronto a nos ouvir e atender as nossas preces.

— A ouvir, sim; a atender, nem sempre. Deus não é um realizador de desejos, não o confunda com o gênio da lâmpada. Agora levante daí e vá encher essa barriga. Saco vazio não para em pé.

Faço uma careta.

— Mas eu quero saber como o Liam está.

— Por que não fazemos o seguinte: eu fico com ouvidos e olhos atentos e, quando voltar, te conto tudo. Se bem que aquela — indicou o trio ruminante - será uma longa, longa conversa. Pode ir tranquila.

Mesmo contra vontade, eu fico de pé.

— Qual o procedimento? — consegui ouvir o sr. Stantford perguntar ao médico antes de ser arrastada para fora da sala pela sra. Porter.







Olá, gafanhotos!

Ainda tem alguém por aqui?

Contra todas as probabilidades, Viola e Rigel está de volta.

Antes de qualquer coisa quero me desculpar pelos erros, minha cabeca ainda uma bagunça, contudo, quis voltar a escrever mesmo assim. Se ficar esperando minha cabeca voltar ao normal para retomar as postagens, acho que não vou voltar nunca. Peço a compreensão de vocês, e sintam-se livres para apontar erros. Estou me sentindo meio incapaz de organizar as ideias no momento, e isso se estende à escrita, então pode haver alguns equívocos nestes últimos capítulos. Exemplo: eu esqueci o nome da sra. Porter, fiz de tudo pra lembrar e não consegui, e como não tenho mais os rascunhos iniciais e não lembro em quais capítulos ela foi citada - que foram apenas uns dois - optei por renomeá-la. Consertarei isso quando revisar.

Agora vamos ao capítulo:

Saudades da Viola?

E do Rigel?

Logo a lagartixa retorna.

O que acharam do capítulo?

E das atitudes do Fred?

O que me dizem de Max aparecendo no hospital?

E de Cadence?

E Eliza?

Por enquanto é só. Torçam para que eu continue motivada e não desanime nos próximos dias.

Eu recebi uns mimos do livro feito por algumas leitoras, em breve posto aqui, se Deus assim permitir.

Porque eu sempre falo "se Deus permitir"?

Porque acima da minha vontade está a dEle. Eu faço planos, mas é Ele quem dá a palavra final.

Se cuidem.

Ah, viram meu novo livro? Se puderem dar uma olhada e me falar suas impressões, eu agradeço. Vocês vão poder encontrar alguns personagens de VeR por lá, como Max e o padre Cadence, além do Dougie Oliphant, Adolf, Maya, Evie e Miranda. O livro se chama Rust and Stardust e está disponível no meu perfil.

Queijos!






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