Alina Stark

By _llondongirl

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#EM CORREÇÃO Quatorze anos, essa era a idade dela. Quatorze anos, esse foi o tempo que ele passou sem saber... More

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Estagiária
Agulhas
Flasbacks, Confusões e Festas de Aniversário
Um Segredo Revelado
Conselhos e Aviões
O Início de um Fim de Semana Agitado
Como Dar um Fora em Alguém
Noite de Festas, Danças e Diversão
Segredos e Histórias Passadas
O Mundo de Cabeça pra Baixo
Tempestade
Uma Nova Casa
Adaptação
Momentos
Brinde
Repercussão
Coisas que Acreditamos
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O Baile
A Realeza Moderna
Festa a Fantasia
Conflitos e Magoas
Momentos Divertidos
Adrenalina
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Upgrade Social
Cartas Para Alguém Que Está Longe
Segredos Trocados, Poetas Amados
Um Dia de Reencontros
A Luz da Lua
Ciúme Paterno
Conhecidos Desaparecidos
No One, But You

Preparativos

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By _llondongirl

Na escola, MJ, Peter, Alina e Ned se encontravam atarefados entre as inscrições para o festival de talentos. O plano do vídeo havia dado mais certo do que imaginaram e todos os clubes da escola pareciam gratos ao grupo por darem a eles uma chance.

- E... essa foi a última inscrição. - MJ suspirou - Nós estavamos realmente fazendo algo grande galera.

- Nós somos um bom time. - Ned disse.

- Alina, quando vai contar ao seu pai que você está participando do TecArt? - MJ quis saber.

- Eu ainda não sei, logo. Isso me lembra, eu quero que vá a minha casa agora... a minha nova casa, quero dizer.

- Está convidando essa pobre mortal a visitar a mansão Stark? - MJ perguntou em seu típico tom divertido.

- Para. - Alina riu - Eu apenas gostaria que minha amiga não parasse de me visitar só porque eu mudei de endereço.

- Seus pais não vão se importar?

- Claro que não. - a jovem riu e se virou para abrir seu armário.

- Okay então. - a amiga sorriu, percebendo que Alina não se importou em corrigi-la.

- Eu senti que fomos deixados de lado. - Peter falou.

- Sabe que eu percebi a mesma coisa. - Ned disse debochando.

- Qual é, você é o garoto de ouro do senhor Stark, pode ir lá a hora que quiser. - MJ disse - Deixe de ser chato.

- E quanto a mim? - Ned perguntou.

- Eu prometo que te chamo. Vamos escolher um dia pra vocês três irem juntos, que tal assim? Mas por hoje, a MJ é minha e vai pra casa comigo. - Alina determinou.

- Vocês ouviram a chefe. - a morena riu.

Quando a aula acabou, MJ e Alina caminharam até o carro que as esperava a alguns metros de distância da escola. Alina havia pedido a Happie que parasse longe da vista de todos, para evitar conversas desnecessárias.

- Olá Alina.

- Ei Happy. Essa é minha amiga, Michele Jones.

- Mas me chame de MJ, por favor. - ela sorriu estendendo a mão.

- É um prazer, MJ. - ele a cumprimentou - Imagino que seja a mesma MJ que é a chefe do pirralho.

- Se o pirralho for Peter, é sou eu. - ela brincou entrando no carro - Mas eu não sou a chefe, sou a namorada.

- Tudo a mesma coisa querida, tudo a mesma coisa.

Ele ligou o carro enquanto as garotas riam e se dirigiu ao caminho para a mansão Stark.

Assim que chegaram, o primeiro a receber Alina na porta foi Hatchi, que apareceu correndo e balançando o rabo para ela.

- Oi meu amor. - ela se abaixou para fazer carinho nele - Essa aqui é a minha amiga, MJ.

A morena também se aproximou do cachorro brincando com ele um pouquinho.

- Então esse é o famoso Hatchi.

- Sim.

Logo depois elas entraram em casa, e Alina guiou MJ até a cozinha.

Apesar de Pepper ter dito que voltariam ao trabalho na empresa, naquele dia elas não poderiam ir, devido a um compromisso que a loira teria, e por isso Alina deveria passar a tarde com Morgan.

- Pepper. - Alina chamou pela mulher.

- Aqui. - ela respondeu da cozinha.

- Já está saindo? - perguntou ao ver a loira vestida com um terno feminino e social, do tipo que ela costumava usar.

- Estou.

- Eu queria avisar, eu chamei MJ pra vir aqui... - ela disse pedindo a menina para entrar na cozinha...

- Ei MJ! - Pepper demonstrou animação e sorriu feliz - Eu fico feliz que tenha vindo. - ela se aproximou para abraçar a garota.

- Obrigada senhora Stark.

- Não tem de que. Eu sinto muito mesmo por ter de sair, mas acho que consigo voltar a tempo de podermos conversar um pouco. Por favor, fique a vontade, tanto quanto ficaria na casa da Senhora Russel.

- Ah, isso não é possível, a casa da tia Deb era praticamente minha casa. - MJ brincou.

- Ótimo, então se sinta em casa aqui também. - sorriu - Eu preciso ir agora. Até mais meninas.

Ela se despediu da visitante e se dirigiu a Alina para dar um beijo nela.

- Se cuidem, ok meu amor. E qualquer coisa, é só me ligar. - disse atenciosa.

- Okay. - Alina sorriu e concordou.

- Vejo vocês mais tarde.

A loira pegou dua bolsa quando passou pela grande sala de estar e depois sumiu pelo corredor que a levaria até a porta.

- Fique a vontade. - Alina disse para a amiga - Quer comer algo?

- Aceito.

Alina pegou algumas coisas na geladeira e colocou em cima da mesa para poderem tomar café da tarde.

- Prontinho.

- Achei que fosse voltar a trabalhar na empresa.

- Eu vou, mas Pepper não está indo pra empresa hoje, e eu vou ficar com Morgan. Por falar nisso, ela já devia estar aqui. Jarvis, Morgan está no quarto?

- Sim, senhorita Russel.

- Estranho ela não ter decido. - disse mais para si mesma.

- Eu acredito que a pequena senhorita Stark não esteja se sentindo bem. - a voz metálica avisou.

- Por que?

- Ela apresenta alta temperatura corporal.

- Você quer dizer febre? - MJ questionou como se o termo científico fosse desnecessário.

- Isso mesmo senhorita Jones.

- Vamos lá ver ela Ali. - disse a garota. - E... Jarvis, me chama só de MJ, se puder, por favor.

- Como quiser, MJ.

- Obrigada.

As duas subiram as escadas para irem até o quarto de Morgan.

- Ei babe. - Alina disse assim que abriu a porta, a garota sorriu quando a viu, mas isso não disfarçava sua expressão. - Como você está? - ela perguntou se sentando ao lado da menina.

- Frio. - Morgan falou - E minha cabeça dói.

- Deixa eu ver. - ela colocou a mão sobre a testa da menina - Minha nossa, está queimando. Por que não disse a sua mãe que estava passando mal querida.

- Eu não queria ir no médico. Mamãe me levaria no médico.

- Morgan, não pode fazer isso.

- Sabe, médicos não são malvados. - MJ se manifestou sorrindo para a menina e se ajoelhando ao lado da cama. Morgan olhou pra ela, notando sua presença.

- Oi MJ.

- Ei. - sorriu para ela. - O que você não gosta em hospitais, pequena Stark?

- É gelado, e todas as pessoas estão sempre com pressa, e tem muita gente de branco. - a menina explicou em voz baixa.

- Bom... - MJ suspirou - Você gosta de neve? - Morgan balançou a cabeça em afirmativo. - Então que tal fazermos um teste, okay. Da próxima vez que tiver que ir ao hospital, e sentir que lá é gelado, imagine que está vendo neve, e ela está tocando sua pele, e por isso é frio. Pode fazer isso?

- Okay. - ela concordou.

- E você quer saber por que as pessoas estão sempre apressadas? - Alina perguntou e a garota afirmou que sim. - Por que estão salvando vidas. E quanto mais rápido se movem, mais pessoas conseguem ajudar. Como uma dança.

- Uma dança?

- Sim. Em cada passo você torna a vida de alguém mais bonita.

- Isso é legal.

- É. - MJ concordou.

- Mas agora eu preciso cuidar de você okay? Está ardendo em febre. - Alina disse preocupada - Vai ter que tomar banho.

- Okay.

- Vem cá.

A jovem ajudou a garotinha a se levantar e MJ a apoiou até chegarem no banheiro que havia no quarto. Depois, enquanto Alina ligava o chuveiro, MJ pegou as toalhas.

- Alina, está gelada. - Morgan protestou com a voz fraca pela febre e o sono. A garota havia mandando ela vestir uma de suas blusas brancas de pijama, apenas para a agua não bater direto em seu corpo.

- Eu sei, eu sei meu bem. Mas é isso que vai te ajudar.

- Eu estou com frio.

- Eu sei... mas você precisa fazer isso. - suspirou - Eu vou entrar com você, okay.

Morgan balançou a cabeça concordando. Alina entrou debaixo do chuveiro gelado, ainda com suas roupas e segurou a mão de Morgan pra fazer ela entrar também. Ela se ajoelhou e abraçou a garota debaixo da água fria. Não estava o melhor clima para se estar debaixo de um chuveiro gelado, mas se era o único jeito de fazer Morgan entrar, ela não se importava.

- Está frio. - a menina disse novamente.

- Eu sei, mas você só precisa se molhar um pouco okay, só até não estar tão quente mais.

A mais velha fez a água escorrer pelos cabelos de Morgan e também lavou seu rosto. Minutos depois quando sentiu que ela estava melhor, deixou que ela saisse.

Enrolou ela na toalha e depois pegou uma outra para se secar. Vestiu uma blusa seca e um short seco, que MJ havia buscado a pedido dela, antes de levar Morgan de volta para perto da cama.

- Como está se sentindo Morgan? - MJ perguntou.

- Um pouquinho melhor.

- Isso já é um começo. - Alina disse - Vamos deitar ok. Mas com esse pijama fresco e sem cobertas. Sua temperatura tem que continuar abaixando.

- Então, posso deitar na sala, no sofá, ao invés de ficar aqui? - pediu.

- Claro.

Alina ajudou Morgan a descer as escadas e a menina foi se deitar no sofá. Hatchi, a pequena bola de pelos branca, parecia sentir quando alguém precisava de carinho, pois foi imediatamente deitar ao lado de Morgan.

- Acho que agora ela vai melhorar. - Alina falou com a amiga. - Podemos assistir alguma coisa, o que acha?

- Ótima ideia. - MJ concordou.

- Reassistir Friends?

- Uma ideia melhor ainda.

As amigas se sentaram no utro sofá, com doces, e colocaram a série para rodar na televisão, usando fones sem fio, para que o barulho não atrapalhasse Morgan, que tinha conseguido dormir.

Algumas horas depois, MJ disse que precisava ir embora, pois tinha um compromisso com Peter. A amiga pegou sua mochila, e se despediu de Alina com um abraço antes de sair.

Quando Alina voltou a olhar para o sofá, Morgan e Hatchi dormiam tranquilamente. Ela achou bom, talvez Morgan estivesse melhor quando acordasse, pelo menos sua febre estava baixando.

Ela decidiu ligar para a sua avó, que a atendeu contente e engraçada como sempre, e conversou com ela por um tempo. Depois resolveu pegar uns cadernos e estudar um pouco na mesa da cozinha. Já estava fazendo isso a um bom tempo quando ouviu a campainha tocar, o que pareceu estranho porque aquela campainha nunca tocava, já que as únicas pessoas que frequentavam aquela casa, tinham chaves.

Alina se levantou da cadeira para atender a porta, mas depois se lembrou de que poderia não ser uma boa ideia.

- Senhorita Russel, o Senhor Barton está na porta. - Sexta-Feira avisou.

- Clint? - ela perguntou confusa.

- Não senhorita, Cooper Barton. - explicou.

- Oh. - a curiosidade de Alina não havia diminuido, já que ele provavelmente não teria motivos pra estar ali, mas pelo menos agora ela podia abrir a porta.

E foi o que ela fez.

- Oi. - o garoto disse assim que a viu.

- Oi. An, o meu pai não está em casa, e Pepper também não. - avisou.

- É, eu sei. Eu falei com o senhor Stark hoje cedo. Na verdade, eu estava procurando você.

- Eu?

- Sim. A senhora Stark ligou para minha mãe, e perguntou se estávamos na cidade. Ela perguntou se eu poderia vir aqui e avisar que ela vai demorar mais do que queria na reunião.

- E por que ela não me ligou?

- Bom, an, isso vai soar estranho mas, ela me pediu pra ficar aqui com vocês até ela ou o senhor Stark chegarem.

- Isso é sério? - ela riu debochada - Vai ser minha babá?

- Eu prefiria que não encarasse assim.

- Então como?

- Que tal um amigo que veio te fazer companhia até seus país chegarem? - sugeriu.

- Melhor assim. - ela sorriu - Vem cá.

Ela o levou até a cozinha e pegou uma lata de coca-cola na geladeira, jogou para ele.

- E então, o que estava fazendo de bom, antes de ser ordenado a vir pra cá? - ela perguntou.

- Nada interessante. Na verdade, fiquei feliz quando Pepper me pediu pra fazer isso.

- Sério? - ela sorriu tão discretamente que provavelmente não se poderia notar.

- Claro, pelo menos não ficaria preso na base o dia todo.

- Ah...

- E você, o que estava fazendo de bom?

- Nada de mais, estudando. - deu de ombros. - Por isso esses cadernos espalhados.

- Nerd.

- Hey, idiota. - ela deu um tapa fraco no ombro dele, depois riu.

- Okay... isso não é algo ruim, só é meio difícil de entender.

- Por que?

- Você é um gênio, não precisa estudar tanto pra aprender essas coisas mesmo né?

- Não, na verdade não.

- Então porque faz isso?

- Eu gosto.

- Viu, nerd.

- Para! - ela riu.

- Ou o que? - perguntou brincando.

- Meu pai é um super-herói, eu vou pedir pra ele chutar sua bunda. - ela disse divertida.

- Okay, boa resposta. - Cooper riu.

- E quanto a você?

- O que tem eu?

- Tem dezessete anos, não devia estar na escola também?

- Eu estou. - bebeu um pouco de sua coca-cola. - Shield.

- Shield oferece escola? - ela perguntou em completa surpresa.

- Não exatamente.

- Então como funciona.

- Eu trabalho pra eles, como se fosse um estágio, pra poder ser um espião e um agente de verdade, quando tiver idade. E eles garantem que eu tenha um diploma e não seja um idiota.

- E você é bom?

- No que?

- Nas matérias, idiota.

- Eu não sei, mais ou menos?

- Se está perguntando pra mim, a situação deve ser ruim. - ela riu.

- Não ria ok. Eu não sou horrível, só não sou um gênio como você.

- Pelo menos você luta bem, e sabe como usar um arco e flecha. Vai ser um bom agente. - ela bateu no ombro dele.

- Você me desacredita muito sabia. - ele protestou.

- Quem? Eu? Longe de mim.

- Okay, piadista, muito engraçado. - ele disse e fez Alina rir.

- Diga uma matéria.

- O que?

- Apenas, escolha alguma coisa em que tem um pouco de dificuldade, e eu vou te ensinar.

- o que, agora?

- Tem algo melhor pra fazer?

- Não.

- Então vamos.

- Okay...

- Me deixe apenas checar se está tudo bem com Morgan. - ela se levantou e foi até a sala olhar a irmã.

- E aí, tudo certo? - Copper perguntou quando ela voltou.

- Ainda dormindo. O remédio realmente fez efeito. - suspirou. - Já escolheu?

- Sim.

Alina ensinou Física a Copper. Quem olhasse de fora acharia que era ao contrário, devido a idade deles, mas qualquer um que escutasse um pouco perceberia que quem dominava o assunto mesmo era a garota.

Mas ela logo percebeu que Copper não tinha tanta dificuldade em aprender, provavelmente seu problema era mais com prestar atenção, mas se prestasse, era um aluno.

- Você é realmente uma boa professora Alina, vai investir nisso? - ele questionou brincando.

Os garotos tinham dado uma pausa e estavam caminhando no quintal.

- Não. Ainda não sei o que vou fazer, na verdade.

- Bom, acho que isso já foi decidido por você, não é?

- Como?

- Seu pai é o dono da Stark. Isso meio que quer dizer que seu futuro é continuar a empresa.

- É o futuro da Morgan continuar a empresa. - disse como se fosse algo óbvio. - Não o meu.

- Tem certeza? Sempre achei que a Morgan ia manter o legado de super-herói. - Cooper disse.

- Não diga isso a Pepper, ela pode enlouquecer. - avisou ao garoto.

- Mas é sério, você e a Morgan são o futuro da Stark. Você gosta de lá, não gosta?

- Muito! - respondeu sem nem pensar.

- Tem tudo a ver com você. E um dia vai ser sua.

- Não gosto de pensar nisso, na verdade, nunca tinha parado para pensar nisso antes. Além do mais, eu tenho quatorze anos, não preciso me preocupar com isso agora.

- Não, tem razão. - ele riu.- Desculpe por colocar isso na sua mente.

- Tudo bem. É só que os últimos dias foram cheios. Estou tentando não focar em coisas que possam me fazer enlouquecer.

- Nesse caso, você pode estar no ramo errado, Stark.

Alina olhou para ele com uma expressão de quem sabia que ele estava certo. Viu Cooper se sentar no balanço de madeira, e olhar para o céu.

- Como vai sua missão?

- Que missão?

- Não sei. Aquelas coisas misteriosas que andam acontecendo com vocês. Meu pai diz que a Shield está por conta disso, embora os vingadores estejam ajudando.

- A sim. É complicado. A Shield é compartimentada, não temos todas as informações.

- Tudo bem, eu sei que não pode me explicar. Só queria garantir que não estamos a ponto de uma catástrofe mundial.

- Isso eu posso te garantir. Nada de catástrofes mundiais.

Ela riu. Então se aproximou, se sentando ao lado dele no balanço. A noite estava estrelada, e bonita.

- É tão, tão esquisito, pensar que existem tantos outros planetas, além dessas estrelas, cheios de pessoas vivendo suas vidas. - a menina falou.

- É, não é?

- Pretende ir pra lá algum dia?

- Pra onde?

- Qualquer outro planeta.

- Não. - ele disse com uma certeza sincera. - Parece legal e tudo mais... mas não vejo necessidade. Eu tenho tudo que preciso aqui na terra. E você?

- Eu? Ir pra outro planeta? Eu mal convivo com as pessoas desse aqui. - ela riu. - Não, obrigada, eu passo.

Cooper olhou para ela alguns instantes antes de dizer:

- Alina, quer ir tomar um café?

- Claro, eu não sei se tem, mas posso fazer um... - ofereceu.

- Não. - ele segurou seu braço antes que ela se levantasse. - Eu quis dizer, quer sair pra ir em um lugar tomar um café, qualquer dia? Eu conheço um lugar legal, e acho que vai gostar de lá.

- Ah... - ela entendeu o que ele queria dizer. - An, claro, seria legal. É muito longe? Por que não posso ir muito longe sem avisar o Jarvis.

- Não se preocupe, não tem nenhum perigo.

- Okay, se você está dizendo, então tudo bem. - concordou. - Quando vamos?

- Deixa eu organizar algumas coisas, e eu te aviso, okay?

- Okay. Eu espero.

Ela sorriu, segurando a corrente do balanço com uma das mãos. Os cabelos soltos voavam um pouquinho por causa da brisa. Cooper achava que estava perfeita.

Alina tinha caído de paraquedas naquele mundo. Não estava acostumada com nenhuma daquelas coisas, e levava uma vida normal antes daquilo.

Mesmo assim, ela parecia adaptada, e feliz. Tinha um senso de humor diferenciado para lidar com a situação. Mas continuava seguindo a vida para frente.

Ele tinha aprendido a admirar aquilo nela.

- Alina, eu...

- Alina! - Cooper foi interrompido pela voz de Morgan. A menina estava na porta que ligava o enorme pátio gramado até o interior da casa.

- Finalmente você acordou. - a jovem sorriu, se levantando do balanço e indo em direção à irmã. - Como está?

Cooper a seguiu.

- Muito melhor. Não sinto frio, e minha pele não tá quente. - respondeu feliz. - E eu tô com fome.

- Que ótimo. - riu - Então vamos fazer algo pra você comer.

- Okay. - ela sorriu - Oi Copper.

- Ei Mor, como vai minha criança preferida? - ele se abaixou para ficar da altura dela.

- Estava doente, mas já sarei. - explicou. -

- Isso é bom. Que tal a gente brincar enquanto a Alina te faz um lanche em?

- Eu gosto. - ela disse animada e ele a pegou para a colocar em suas costas.

- Okay crianças... - Alina riu e cruzou os braços vendo eles saírem correndo.

A garota preparou um lanche para poderem comer. Era estranho que em uma casa daquele tamanho, e levando em conta quem eram seus donos, não existisse empregados. Mas Pepper e Tony não gostavam de pessoas que não conheciam entrando na casa, e Pepper era bem apegada à própria casa, o suficiente para não gostar que outras pessoas estivessem lá o tempo todo. Alina agradecia por isso. Era muito melhor cuidar da própria vida.

Sendo assim, eles mesmos preferiam cozinhar, ou pedir sua comida, o que normalmente faziam.

- Ei, venham comer! - Alina gritou.

Rapidamente os dois apareceram na cozinha e a garotinha foi direto para a mesa.

- Você queria me dizer algo, não queria? - Alina perguntou - O que era?

- Bom...

- Senhorita, devo avisa-la de que o seu pai e a senhora Stark chegaram. - Sexta-feira avisou pegando os garotos de surpresa.

- Obrigada. - ela agradeceu o recado. - E então? - se virou para Copper, enquanto andava até a geladeira.

- Não era nada demais. - ele riu - Só ia agradecer pela sua ajuda, com os cadernos e a física e tudo mais.

- Oh, de nada. Embora você não precise realmente de ajuda. Tudo que você precisa é parar de enrolar e aceitar que leva jeito pra isso.

- Números?

- Isso, senhor bom de mais pra ser estudioso. - ela debochou.

- Okay, agora você está inventando coisas. - riu.

- Estou?

- Sim.

- Olá garotos. - disse uma loira empolgada que chegava à cozinha. - Copper, muito obrigada por fazer isso por nós.

- Foi um prazer senhora Stark. - ele disse.

- Embora eu não ache que precise de babá. - Alina protestou discretamente.

- E não precisa querida. Eu só achei que talvez precisasse de um amigo. - Pepper afirmou. - E onde está meu pequeno amorzinho? - a loira se abaixou para abraçar a filha.

A menina passou os braços pelo pescoço da mãe e beijou sua bochecha. 

- Nesse caso, obrigada. Onde está meu pai? - Alina perguntou.

- Bem aqui. - o homem falou entrando - Oi Copper. - ele o cumprimentou.

- Boa noite senhor Stark.

- E mesmo depois de anos trabalhando com seu pai você continua me chamando de senhor Stark. - o homem suspirou fingindo estar chateado.

- Como prefere que eu o chame?

- Sei lá, tio Tony. - brincou.

- Não acha que eu sou um pouco velho pra isso?

- Chama a Natasha de tia, por que o resto de nós não pode? Ela é especial?

- Okay, isso foi um tiro no pé. Você sabe que existe um motivo especial pra eu chama-la assim.

- É, tem razão, eu só queria uma oportunidade de te encher o saco. - ele admitiu.

- Deixe o garoto em paz Tony. - a esposa mandou - É por isso que as pessoas na sua vida vivem constantemente querendo te matar.

- Copper não quer me matar. Não é? - perguntou a ele.

- Não, senhor Stark. Eu seria um péssimo assassino se revelasse meus planos.

- O que a Hill anda te ensinando em garoto? - os homens riram e Pepper revirou os olhos sorrindo.

Copper recebeu uma mensagem e seu celular vibrou.

- É o meu pai. - ele disse - Eu preciso voltar pra torre. Vamos pra casa amanhã.

- Eu vou pedir ao motorista pra te levar, okay. - Tony disse.

- Não precisa se incomodar, eu posso ir...

- Não tente recusar Copper. - Alina disse rindo enquanto o pai falava com Jarvis e ignorava o garoto - Eles nunca aceitam.

- Okay então. - ele apenas aceitou. - Até mais Alina.

- Até mais Copper.

- Tchau senhora Stark.

A loira sorriu e acenou para ele.

Tony levou Copper até a porta enquanto discutiam algo sobre sobre o trabalho, que Alina não entendeu muito bem o que era, mas já tinha se acostumado a isso.

- Querida, precisamos conversar. - Pepper chamou a atenção de uma garota pensativa - Alina.

- Sim. É, eu preciso te falar uma coisa que aconteceu hoje. Morgan passou mal. - ela contou.

- Passou mal?

- Sim, estava com febre, e dor de cabeça. Devia ser um resfriado, talvez tenha pegado de Wanda.

- Como você está se sentindo agora meu bem? - a mãe perguntou.

- Eu to bem mamãe. A minha cabeça tá um pouquinho estranha, mas não tá doendo mais. A Alina cuidou de mim direitinho.

- Que bom meu amor. - a loira sorriu - Você toma um remédio pra resfriado agora e amanhã ja vai estar 100%.

Morgan sorriu e depois voltou a comer.

- Obrigada por cuidar dela. - a loira agradeceu sorrindo - Mas você sabe que poderia ter me ligado né?

- Eu sei, mas por enquanto estava tudo bem. Eu podia cuidar dela então achei melhor não atrapalhar sua reunião.

- Oh querida, você é um anjo.

- E então, como foi a sua reunião?

- Cansativa. - suspirou - Mas boa. As coisas estão todas certas, pelo menos na empresa.

- O que quer dizer com isso?

- Eu não sei. Tony anda meio preocupado com algo, mas ele não me disse nada, então acredito que não seja nada demais.

- Perguntei ao Cooper o que estava deixando todos estressados. Ele não podia dizer muita coisa, mas garantiu que não era nada tão ruim, e que a Shield tem tudo sobre controle.

- De qualquer forma, se for ruim, vamos acabar descobrindo. - ela suspirou. - Mas agora, vamos ao outro assunto.

- Qual?

- Alina, é sério? Você não tem nada mesmo pra me contar? Nada que queira falar comigo?

Imediatamente uma lista de coisas passaram pela mente de Alina. A visita de MJ, mas não poderia ser porque Pepper não se incomodaria com isso. Poderia ser o concurso TecArt, ou Copper? Será que tinha a ver com ele? Não, não tinha motivos pra isso. O que era tão importante assim pra Pepper parecer tão ansiosa?

- Alina... - Pepper a chamou de volta.

- An, eu...

- Alina, sério? Esperamos até hoje e você não disse nada nem mesmo tocou no assunto. Faltam só duas semanas pro seu aniversário! Quando pretendia falar com a gente?

- A, é isso? - foi como se um peso saisse de suas costas.

- Sim... Mas eu confesso que estou começando a ficar curiosa pra saber por que você ficou tão nervosa?

- Nada! Não era nada.

- Alina...

- O meu aniversário, vamos falar do meu aniversário, eu não disse nada porque não achei que fosse grande coisa...

Pepper sorriu de canto com certa desconfiança e continuou escutando a garota falar. Sentia que aquele desvio de conversa tinha a ver com uma certa pessoa.

- Não é importante, vocês não precisam se preocupar com isso. - ela finalizou.

- Não é importante? Alina, você está brincando? É o seu aniversário. Tony está falando sobre isso desde antes de ter te contado a verdade. E é verdade... - ela confirmou quando viu que Alina ia rir - Acredite, ele planeja as festas da Morgan desde o primeiro dia depois da festa anterior.

- Mas o que ele espera que eu faça então?

- Chame seus amigos, escolha um tema, o que quiser fazer.

- Eu imagino que passar a noite comendo pizza com MJ, Peter e Ned não seja exatamente o que ele planeja não é? - ela recebeu uma expressão de consolo de Pepper que respondia sua pergunta.

- Você realmente passa todos os seus aniversários comendo porcaria com três amigos?

- Eu não sou uma pessoa famosa Pepper, eu não tenho um milhão de conhecidos pra convidar pra uma festa.

- Deve ter alguma coisa que você queira fazer.

- Sobre o que estão conversando? - Tony perguntou.

- Sobre a festa da Alina. - Morgan contou.

A garotinha que até agora não tinha dito nada, estava sentada no chão com seu grande urso de pelúcia esperando até intervir.

- Ótimo, finalmente resolveu falar do seu aniversário. - o homem disse contente.

- Não, foi a mamãe que falou. A Alina não quer.

- Ei, dedo duro. - a mais velha fingiu reclamar.

- Não quer uma festa? - Tony perguntou - Mas é seu aniversário.

- Eu não disse que não quero. Eu disse que não conseguiria fazer uma.

- Alina, se você não quiser, está tudo bem. Mas ainda é seu aniversário, não pode só passar em branco. Escolha alguma coisa, qualquer coisa, que você sempre quis fazer, e diga. - Pepper falou.

- Okay. - de repente, algumas memórias de anos atrás fizeram a menina rir e ela se lembrou de algo que a deixaria contente, e provavelmente deixaria Tony ainda mais contente - Okay, se eu disser que quero uma festa, você promete que não vai fazer um evento? Pode ser só uma festa pequena entre amigos e família?

- Prometo.

- Pai.

- Eu prometo, já disse. Nada de mídia, nada de exagero, nada de robôs dançantes.

- Os robôs seriam legais... - ela riu - Eu estava brincando. - voltou a ficar séria quando se lembrou de quem seu pai era.

- Então, se lembrou de algo que quer? - Pepper perguntou contente.

- Sim. Tudo bem se for uma festa a fantasia? - ela perguntou empolgada.

- Claro. - a loira respondeu - É uma ótima ideia! E você tem alguma preferência? De estilo, ou época?

- Não, pode ser realmente livre, cada um pode vir fantasiado do que quiser.

- Demais! - Morgan disse animada antes de pular no colo do pai - Ainda bem que vocês convenceram a Alina porque uma festa a fantasia vai ser muito legal.

- Mas diga aos heróis que eles não podem só vestir o uniforme e vir okay. - Alina disse para Tony - Tem que ser realmente a fantasia, não podem se vestir de eles mesmos.

- Ótimo, já temos um tema. E onde você quer fazer a festa? Praia, salão, algum outro lugar específico?

- Bom, eu achei que podia ser aqui mesmo... tem problema? - perguntou meio incerta. - Já que vão ser só as pessoas que vocês conhecem mesmo.

- Claro que pode ser aqui. - a loira riu - Se você prefere.

- Okay, o principal nós já temos, e temos duas semanas pra cuidar do resto. Mas não se preocupe, vai estar tudo em ordem. Vamos dormir? Por que está ficando tarde. - ele beijou a testa de Morgan, que estava em seu colo.

- Vamos. Eu estou exausta. - Pepper falou.

Eles subiram as escadas, e enquanto Pepper se despediu de Morgan e Alina e foi para o quarto, Tony colocou a pequena pra dormir e depois foi falar com a filha mais velha.

- Alina, se pensar em alguma coisa sobre a festa, anote pra nos dizer, okay.

- Tudo bem. - ela riu.

- Eu sei que duas semanas parece pouco, mas não se preocupe, nós vamos organizar tudo.

- Pai, eu não estou preocupada. - Alina alertou - Por favor, não se preocupe você. Eu sei que você ama fazer festas, e é importante. E sendo sincera, esse foi um dos motivos pra eu querer fazer isso. Mas por favor, não precisa achar que tem que ser algo grande como você sempre faz. Eu só quero comemorar com a minha família, com você. - ela sorriu.

- Eu sei meu amor. Mas essa festa não é importante só porque é uma festa, é importante porque é pra você, a primeira festa que eu posso fazer pra você, pra minha filha. O primeiro aniversário em que vou poder te dar os parabéns. - ele beijou sua testa.

- Amo você. - seu sorriso aumentou.

- Eu também. - ele disse - Agora vai dormir. Ou eu vou...

- Vender meus brinquedos? - riu.

- Como sabe disso?

- Morgan me contou que você diz isso pra fazer a ur dormir. - a garota se deitou debaixo das cobertas.

- Eu não sei se você tem brinquedos pra eu vender. Mas eu posso vender seus livros.

- Isso seria cruel.

- Então durma. - ele disse sério, mas acabou sorrindo no fim. - Boa noite.

- Boa noite pai.

Ele apagou o abajur e fechou a porta, deixando Alina sozinha para poder dormir.

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