Macayla estava desacordada enquanto aquela coisa sugava seus poderes como um sanguessuga, Rafael ainda estava dentro da cúpula e aparentemente ela não tinha mais empo, faltava pouco para que aquela coisa descarregasse a magia de Macayla nos humanos e matassem a todos. "Macayla..." chamava de novo a sua própria voz do mal que sugava-a mais e mais para as trevas. "Macayla!" repetia cada vez mais forte. "MACAYLA".
Ela abriu os olhos ainda tonta e com as vistas escura, engoliu em seco e respirava desenfreadamente.
— Aonde... Onde estou? — Perguntou ela.
— Precisa sair dessa coisa! Você está morrendo! — Disse sua outra eu.
— Eu sinto como se tivesse virando... Três garrafas de tequila. — Respondeu se levantando e gemendo de dor. — Quatro... Definitivamente quatro garrafas de tequila.
Sangue pingava de seu nariz e Macayla engoliu em seco, onde estava Rachel? Não, ela não podia pensar nisso, tinha que sair dali.
— Me deixe ajudar! Largue de teimosia pirralha! Vai matar a nós duas! — Disse aquela alucinação que Macayla voltou a ignorar, encarou o machado, e mesmo tonta tentou cortar aquela coisa para que seu braço saía de dentro dela, tentou várias e várias vezes.
— Essa coisa... NÃO... SAI! — Gritou em ódio. — Perfeito! Para melhorar esta bela noite de fim do mundo.
— Viu! Precisa de mim, somente eu posso te irar daí. — Disse a outra Macayla. — Ei? Está ouvindo? — Chamou mas a garota estava quieta, não respondeu, parecia que havia tido uma ideia não tão boa.
Respirou fundo e sua outra versão adivinhou arregalando os olhos.
— Enlouqueceu? Se fizer isso sem mim... Pode morrer por hemorragia!
— Cala a boca! Que saco! — Disse ela encarando o braço. — Irei morrer de um jeito ou de outro... Mas não vou matar mais gente inocente do que você já matou. Não vou viver com esse fardo! — Exclamou segurando o machado. — Por favor braço esquerdo... Seja rápido com um só golpe... — Disse mirando no topo do braço, ela iria arrancá-lo fora.
— Não faça isso! Vai matar a nós duas! — Gritou e Macayla a ignorou engolindo em seco...
Fechou seus olhos e pensou em sua mãe, ao abrir aquilo havia sido o necessário para dar a ela a coragem necessária. E ela o fez, apunhalou o próprio braço com o machado, mas para seu azar inexplicável daquela noite, o braço não havia saído com um único golpe, precisava apunhalar de novo e talvez de novo para que saísse...Ela havia gritado como nunca havia gritado em sua vida toda, a dor e a agonia era inexplicável, mas não parou por ali, tinha de arrancá-lo fora e então o apunhalou diversas vezes até que o braço finalmente caísse no chão.... E ela também caiu.
A dor era tão grande que já não sobrava mais gritos para conter sua desgraça, nem voz para que continuasse gritando. Estava morrendo e sabia disso, seu rosto pálido mancado de sangue e lágrimas enquanto ela se arrastava pelo chão jorrando litros e litro de sangue que manchavam aquele cômodo junto com suas lágrimas.
Ela ainda tinha de tirar Rafael dali.
Chorava de dor enquanto tentava alcançar a cúpula e ao alcançar gemeu de dor enquanto se levantava e começou a bater no vidro para alcançar seu amigo... mas não adiantava ele não acordava e nem se movia, era como se ele... Como se ele nem sequer estivesse vivo.
Não, ela não podia pensar nisso, precisava acordá-lo. E assim usou suas últimas forças para quebrar aquele vidro com magia. Embora conseguisse usar um pouco naquele momento já que seu colar estava fraco, só pôde o suficiente para quebrar o vidro.
E ele caiu dali, ainda desacordado.
— Ra.. Rafael... — Engoliu caindo junto com ele e o encarando. Será que era assim que ela morreria? Daquela forma?
Ela não sabia, mas não tinha forças para aguentar mais nada, sua lua havia acabado ali... Se ela morreria ou não era algo que não dava para saber.
***
Aurora deu um soco em Rachel que a levou longe em direção ao chão. A deusa da morte destruiu o solo com a pancada fazendo um barulho ensurdecedor. Se levantou e Aurora lançou de sua mão uma bola enorme de magia branca, fazendo com que a magia negra da rainha das trevas segurasse com uma parede negra de magia.
Ela desapareceu logo em seguida reparecendo atrás Aurora lançando uma magia que lembrava uma enorme lâmina que partiria o corpo dela em dois, mas Aurora desapareceu em uma fumaça negra reaparecendo no chão e lançando algo que lembrava uma corda segurando o pé da Rachel, ela puxou aquela corda para baixo e Rachel bateu as costas no chão cuspindo sangue, pôs suas mãos no chão e dele surgiu vário espinhos metálicos do chão obrigando Aurora a desviar, e foi aí que Rachel sorriu, ela pisou onde queria e Aurora arregalou os olhos.
Uma bola de fogo a envolveu impedindo-a de usar seus poderes de teletransporte.
— Para uma vadia psicopata, você é boa no que faz. — Disse Rachel e Elizabeth surgiu segurando a bola de fogo.
— Para uma piranha das trevas você até que aguenta levar porrada. — Retrucou e Aurora soltou um grito que levou ambas para longe desfazendo a bola de fogo.
— Eu vou destruir vocês! Escórias! — Ela pisou no chão com força e ergueu as mãos e e uma outra bola de magia branca surgiu e desapareceu de repente assim como Aurora que reapareceu com as mãos no peito de Rachel e a bola de magia repareceu aparentemente destruindo a ela que desapareceu com a magia.
— Merda.. — Disse Elizabeth e uma certa vampira ressurgiu pela frente de Aurora socando seu rosto com força levando aurora longe. Esta era Carmilla Karnstein. — Essa é a minha garota.
— Não. — Disse outra pessoa. — Essa é a MINHA garota. — Laura Hollis fez um símbolo de triangulo com as mãos. — Tenebris Magicae... — Recitou e Aurora correu na direção de laura que concluiu sua magia. — Praemium... — Disse e daquele triângulo surgiu uma pequena luz em formato de losango, e ela ressurgiu na frente de Aurora que ia se preparar para desaparecer quando alguém reaparece por cima da Deusa dos Arcanjos. Rachel Alucard segurando Aurora pelos cabelos que explodiu aquela região com a força da magia de Laura.
— RACHEL! — Gritou Carmilla correndo na direção da explosão. — QUER PARAR DE ENTRAR NA FRENTE DAS MAGIAS E SE MATAR SUA IDIOTA!
Enquanto isso, Asmodeus rodeou Mamon que fez o mesmo enquanto encarava o demônio da luxúria.
— Sabe... De todos os outros príncipes do inferno, você era quem eu mais detestava. — Disse o Íncubos.
— Por que está fazendo isso Asmodeus?
— Quantos anos você tem? — Perguntou ele parando de rodar e Mamon parou igualmente, mas não o respondeu. — Você nem sequer se lembra. Veja Mamon! Veja irmão! estamos no inferno a tanto tempo que esquecemos nossa idade! Estou cansado! Está chato! nossa rotina no inferno é sempre a mesma! A mesma coisa o tempo todo e achei que me unindo a Aurora eu mudaria algo no meu destino, talvez me tornando o rei do inferno e quem sabe, somente quem sabe me casando com a rainha. — Ele suspirou. — Achei por um mísero momento que daria certo, mas percebi, que não dá pra confiar em alguém que nos chama de escória! Ela não vai fazer nada por nós!
— E você acha que alguém fará?! O criador perdoou Belzebu, mas não nos perdoou! Ele perdoou o filho da puta que nos abandonou no inferno fazendo uma rebelião que trouxe Renegados do Inferno para a terra! Ele perdoou o maior assassino de todos os tempos e nos deixou de lado! — Gritou Mamon. — Acha que deixando Aurora vai acontecer o que?! VAMOS TODOS VOLTAR PARA O INFERNO SEU IMBECIL! Se está tão cansado assim o inferno, deveria tentar escapar dele, não voltar para ele!
— Contanto que a Rainha me perdoe e eu possa ter uma nova chance de conquistá-la novamente, eu não me importo mais para onde irei, já me decidi que não me contentarei com falsas ilusões irmão. Se Deus não nos perdoou é por que ele sabia que estaríamos no lado errado mais uma vez, e é exatamente isso que irei mudar. Farei por onde... Serei melhor, nem que eu tenha que mandar meu irmão para o inferno por isso.
— Você é uma vergonha para os príncipes do inferno, Asmodeus.
— Me diminuindo outra vez... Sabe Mamon, é exatamente por isso que você sempre foi o príncipe do inferno que mais odiei. — Disse ele sorrindo com os olhos rosados e brilhantes como nunca. O mais poderoso dos Íncubos, iria enfrentar o Príncipe da Avareza e terceiro mais poderoso dos príncipes do inferno.