Only The Brave | Larry Stylin...

By biggerthanfuture

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O mistério que sonda o primeiro dia de aula da universidade assombra grande parte dos jovens desde o dia que... More

📚 avisos 📚
1. The Beginning
2. Sunset Book Store
3. Kiss In The Hallway
4. Good Boy
5. The Hunt and The Hunter
6. DLIBYH
7. Perfection
8. I Want You
9. Ethan
10. Hide In The Shadows
11. Sandwiches
12. Bubble
14. Under the Colourful Sky
15. I Wanna Be Yours
16. Defenceless
17. You Drive Me Crazy
18. Lily Flower
19. You're My First
20. The Dinner
21. Always By Your Side
22. You're My Everything
23. Starry Sky
24. Piscine
25. Sun and Moon
Epílogo

13. Spitz

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By biggerthanfuture

Oi!!

Lembrando que as atts serão quinzenais!

Não esqueçam de votar e comentar!

Boa leitura❤️

📚

Sábado de manhã, Louis estava em sua cama, olhando para o teto e sorrindo pequeno ao se lembrar de Harry. Recordou-se de quando dormiu com ele e de como o corpo do rapaz ficou encaixadinho no seu em uma conchinha, de como os cachos com cheirinho agradável acalmavam Louis antes de dormir e do calor de Styles.

Mordeu o lábio para conter um sorriso ao pensar no café da manhã que Harry preparou especialmente para ele, com tudo que ele gostava. Abraçou o travesseiro que Styles tinha usado e inspirou com força, o aroma dele ainda estava ali, afinal só tinha dormido com Louis há dois dias. Era tão gostoso e suave, tinha se tornado o cheiro preferido de Tomlinson e ele não via a hora de poder sentí-lo novamente no pescoço do rapaz.

Sorriu bobo, desejando poder estar com ele, abraçando-o e dando beijinhos em suas costas. Queria retribuir o café da manhã e surpreender Harry com uma refeição na cama, com a bandeja cheia de coisinhas apetitosas preparadas por ele mesmo. Imaginou como seu garoto ficaria sorridente e feliz ao ser cuidado e o coração de Louis se derreteu, pois queria – e muito – poder cuidar e mimar Harry.

Fechou os olhos e idealizou a vida perfeita ao lado dele. Pensou em como seria acordar ao seu lado todos os dias e ver seu rostinho inchado, para então beijá-lo ainda na cama e fazer um sexo matinal gostosinho e preguiçoso. Imaginou como seria vê-lo todo poderoso em roupas formais indo trabalhar no Ministério, daqui alguns anos, ou como ele estaria lindo caminhando até ele vestido de modo elegante com uma flor na mão ao andar até Louis ao som da Marcha Nupcial.

Abraçou o travesseiro mais forte e sorriu ao pensar nele gravidinho, aguardando seu bebê. Louis ficava bobo só de pensar em ver aquela casa cheia de crianças e ter uma família feliz sob seus cuidados, aquela família perfeita de comercial de margarina.

— Papai? — ouviu e arregalou os olhos, virando-se na cama e fitando Ethan emboladinho nos cobertores grossos e agarrando seu bichinho.

Era o seu final de semana com o filho e tinha o buscado na noite anterior na casa de Adam, após o término das aulas noturnas e quase esganou o outro pai do menininho ao ver que ele estava quase em momentos íntimos com Finn na frente do pequeno. Infelizmente os avós de Ethan precisaram viajar e nem se deram ao trabalho de avisá-lo, mas o ponto positivo era que era a vez de Louis de ficar com ele e livraria o pequeno de dias com Adam.

— Oi, amor. — sorriu e afagou as bochechinhas do garotinho. — O que foi?

— Estou com fome.

— Oh, então vamos encher essa barriguinha! — riu e se ergueu da cama, ajeitando a calça de malha xadrez em sua cintura e a regata branca que tinha subido um pouco. Calçou seus chinelos e torceu o nariz para a combinação, estava de meias e não era uma coisa muito bonita, mas estava em casa e o conforto vinha em primeiro lugar. — Mas antes, o que vamos fazer? — perguntou a Ethan, que pulou da cama.

O garotinho estava com os cabelos arrepiados e os olhos azuis apertadinhos de sono. Ele usava um macacão fofinho como pijama, com uma estampa xadrez azul e branco. Ethan calçou suas pantufas de coelhinho e deixou sua pelúcia na cama, caminhando devagarinho até Louis e abraçando suas pernas.

— Dar um beijo de bom dia no papai. — murmurou e Louis o segurou no colo, mordiscando a pontinha de seu nariz e sorrindo bobo para o filho, que beijou sua bochecha e se aconchegou aos seus braços. — E o café da manhã.

— Que rapazinho mais manhoso! — Louis afagou suas costas e beijou os cabelos do pequeno antes de deixá-lo no chão. — Primeiro a gente arruma a cama. Você ajuda o papai?

Ethan assentiu e segurou os travesseiros de dormir, vendo Louis ajeitar os lençóis e os edredons na cama. O pai colocou as almofadas fofas e pegou os travesseiros das mãos do pequeno, indo para o closet e guardando em um espaço do armário.

— E agora? — Louis arqueou as sobrancelhas para o pequeno.

— Comer!

— Não, anjinho. — balançou a cabeça e abriu a porta da suíte. — Lavar o rosto e escovar os dentes.

— Papai!

— Vamos, Ethan, tem que criar esse hábito. — sua voz ficou firme e o menininho o acompanhou para o banheiro. Deixou o filho de joelhos em uma cadeira que havia ali para que ele jogasse suas roupas em cima e a levou para perto da pia. Girou a torneira e olhou para Ethan. — Faça como o papai, huh?

Com as mãos em concha, pegou água e passou pelo rosto, sorrindo orgulhoso ao ver o pequeno fazer o mesmo. Despejou um pouco de sabonete em suas mãos e fez espuma, sendo seguido pelo filho, e logo passou em sua face. Enxaguou novamente e abriu o armário, entregando a escova de dentes de Ethan ao garotinho e colocando pasta de tutti-frutti.

Pai e filho escovaram os dentes juntos e mostraram seus sorrisos um para o outro. Terminada a tarefa matinal, Louis pegou Ethan no colo e saiu do quarto com ele, descendo para a cozinha e deixando o filhotinho no chão.

— O que você quer para o café da manhã, mini Sr. Tomlinson? — indagou ao menino e viu o sorrisão de Ethan.

— A vovó sempre me dá cereal. — murmurou e Louis assentiu, apanhando duas caixas de cereal e mostrando ao pequeno. — Mas eu quero o que você preparar, papai. Aqui é tudo diferente.

— Hm. — ele disse baixinho e pensou em uma alternativa. Droga, se Harry estivesse aqui já teria feito uma revolução nessa cozinha, pensou e deu um sorriso singelo. — O que acha de ovos com torrada?

— Pode ser, papai! — ele deu pulinhos e Louis riu com seu pequeno, era tão adorável.

Ethan correu para a sala e ligou a televisão para ver desenho, enquanto Louis preparava o café da manhã. Ao fazê-lo, Tomlinson não conseguia parar de pensar em Harry e se questionou o que ele teria feito para comerem. Sorriu ao mexer os ovos na frigideira, querendo que o rapaz estivesse ali também para lhe dar beijinhos e receber carinho.

Merda, estou pensando demais nele, concluiu e tentou afastar seus pensamentos, mas era inevitável não se lembrar de Harry naquela cozinha, usando apenas uma camiseta comprida ao preparar um café da manhã digno de um rei. Será que estou apaixonado?

Louis não fazia ideia do que se passava dentro dele, nunca esteve apaixonado antes, então não tinha certeza de nada. Mesmo sendo um homem feito de trinta anos, sua adolescência e juventude libertina nunca o permitiu morrer de amores por alguém, seus casos eram sempre muito rápidos. Beijou, fodeu, tchau. Porém, com Harry não era daquela forma. Se dependesse dele, o 'tchau' não chegaria e seria substituído por um 'para sempre'.

Eu estava imaginando uma vida perfeita ao lado dele, lembrou. Se isso não é estar apaixonado, então o que é? Iludido?

Suspirou, pensava em Harry quase a todo minuto, queria beijá-lo e segurar seus cachos ao cheirar seu pescoço, desejava mimá-lo e cuidar dele. Sabia que o rapaz nutria algo de volta e não estava sozinho alimentando esperanças, Styles também parecia querê-lo para algo a mais e Louis... Louis daria qualquer coisa que Harry quisesse só para vê-lo sorrir.

No entanto, a situação dos dois era tão complicada. Styles era o seu aluno e aquilo o deixava em uma saia justíssima, pois mesmo que seguissem adiante com aquilo, não poderiam assumir. Não pelos próximos quatro anos, até que Harry se formasse. Louis queria sair com ele, andar de mãos dadas e tirar aquelas fotos de casais que sempre achou ridículas, mas agora não pareciam tão idiotas assim. Até deixaria Harry usar um filtro do Snapchat nele!

Estou apaixonado, é real, concluiu. Mas que merda, o que eu faço agora?

Fique calado e analise as possibilidades, sua mente sussurrou.

Diz para ele, bobo! Vai beijar o seu garoto!, foi a vez do coração opinar e Louis revirou os olhos ao fritar os ovos, fechando a cara em uma carranca mau-humorada por não saber lidar com aquele sentimento estranho que não conseguia controlar.

Optou por não dizer nada a Harry, ficaria quieto para evitar mais transtornos, admiraria o rapaz em silêncio e manteria seu segredinho para si mesmo.

Deixou os ovos em um prato e se apressou para fazer as torradas com pão de fôrma, seu filho estava com fome e ele não queria deixá-lo esperando por muito tempo. Escolheu algumas laranjas e espremeu, servindo dois copos de suco docinho, ajeitando a mesa da sala de jantar para o café da manhã, já que o tamanho de Ethan não possibilitava que ele ficasse nas banquetas da ilha.

— Filho, o café! — chamou ao deixar as torradas na mesa e riu ao ver aquele serzinho correr em sua direção. Louis o agarrou e beijou suas bochechas, sentando-o na cadeira que tinha um assento mais alto acoplado para que ele ficasse da altura da mesa. — O que acha de irmos ao parque?

— Mas está frio, papai. — fez um biquinho enquanto Louis colocava torradas e ovos em seu prato.

— E é por isso que vou te agasalhar todinho, morro de medo que pegue uma pneumonia outra vez. — murmurou. — Faz tempo que não vamos ao parque, pequeno. Não quer jogar bola lá? O espaço aqui é muito pequeno.

— Então vamos!

— E depois a gente almoça no McDonald's! — riu. — Eu te prometi que te levaria para comer besteira quando melhorasse da pneumonia, não? Vou cumprir minha promessa.

— Eba! — Ethan sorriu grande e pegou seu copo de alças, bebendo o suco de laranja. — E à noite a gente pode comer pizza?

— Só esse final de semana, huh? Quando vier aqui outra vez, vamos voltar para uma dieta mais equilibrada, mocinho, você ainda está crescendo e precisa de nutrientes, não de besteira.

— Só hoooooje. — pediu.

— Tudo bem. Mas o papai vai fazer a pizza, o que acha? Podemos fazer juntos.

— Eu quero, eu quero! — riu.

Louis sorriu amoroso para o garotinho e os dois continuram seu café da manhã. Após lavar a pequena louça, o pai agasalhou seu pequenino, deixando-o bem protegido do frio para poderem sair. Ele se vestiu com um conjunto de moletom preto da Adidas e tênis da mesma cor e marca antes de encher uma bolsa com garrafas d'água e guloseimas nada saudáveis, como bolachas e salgadinhos.

Ajeitou Ethan em seu assento no banco traseiro do carro e dirigiu para o parque mais próximo. O dia, apesar de frio, estava ensolarado e Louis se questionou se as três camadas de roupa que tinha colocado no filho eram demais. Chegaram ao parque e ele estacionou em uma rua lateral, apanhando seus pertences e ajudando o garotinho a descer.

Pegou a bola que sempre deixava no porta-malas e andou para dentro dos portões na companhia de Ethan, que segurava sua mão, obediente. O lugar estava razoavelmente cheio, nem todos gostavam de sair no frio e não tardaram a encontrar uma árvore para chamar de sua. Louis esticou um lençol no chão e se sentou, sorrindo bobo para o filho. Amava tanto o menininho.

— Quero brincar, papai! — ele deu pulinhos de alegria e Louis segurou a bola.

— Vá até aquela árvore. — indicou uma árvore poucos metros adiante e Ethan o fez. — Preparado?

Assim que o pequeno assentiu, Louis jogou a bola para ele, rindo ao ver o garotinho correr para pegá-la. Ethan jogou a bola de volta e ela desviou no meio do caminho. Louis se ergueu para resgatá-la e soltou um grito ao ver um cachorro fofinho e pequeno correr atrás dele, querendo disputar a bola. Tomlinson a apanhou e correu para a sua árvore, mas foi perseguido pelo cachorro.

— Céus, socorro! — gritou e Ethan se aproximou do pai quando Louis se sentou e o bichinho pulou em cima do homem, derrubando-o de costas no lençol, querendo a bola a todo custo e pulando em sua barriga. — Eu nem te conheço! Cadê o seu dono? Pare de me atacar, seu danadinho!

— Sai de cima do meu pai! — Ethan ralhou com o cachorro e a bola de pêlos olhou para o garotinho, correndo em sua direção e pulando em cima dele. — Papai! — choramingou ao cair de bunda no chão e Louis se ajeitou, segurando o cachorrinho pela coleira e o acomodando em seu colo.

— Oi, pequeno. — Louis afagou a cabecinha do animal. Ele era pequeno e tinha o pêlo fofo e espesso em um tom de caramelo claro, seus olhinhos eram castanhos e atentos, parecendo duas jabuticabas em meio à pelagem clara. — Cadê o seu humano, huh?

— Kiara! — ouviu alguém chamar e o cachorrinho moveu as orelhinhas, atento. — Cadê você, Kiara?

— Você é a Kiara, huh? — Louis disse ao bichinho dócil e ela tentou lamber seu rosto. — Quer fazer carinho nela, Ethan? — perguntou ao filho e o garotinho se aproximou, passando a mãozinha no pêlo macio e bem cuidado. — Cadê o seu doninho, huh?

— Oh, Kiara! — a outra pessoa apareceu metros adiante, ofegante por ter corrido atrás do cachorro. — Louis?

Ele ergueu o olhar e sorriu grande ao ver Harry ali, descabelado e usando roupas de caminhada. Legging preta, tênis e uma camiseta branca comprida. Em sua cintura, uma jaqueta escura caso sentisse frio. O rapaz se aproximou e se ajoelhou ao lado dele, dando um beijo em sua bochecha e sorrindo apaixonado para Louis.

— Oi. — corou e fitou o menininho. — Você deve ser o Ethan, huh?

— Sou. E quem é você? — cruzou os braços, enciumado. Era apegado demais a Louis, mesmo que só o visse a cada duas semanas.

— Sou o Harry. — sorriu amigável e Ethan assentiu.

— Ele é o... hm, amigo do papai. — Louis falou, ainda com a cadelinha no colo, que tinha encontrado em suas pernas um lugar interessante para dormir. — Manhosa como o dono. — arqueou as sobrancelhas para Harry e ele ruborizou, envergonhado. — Não esperava te encontrar aqui.

— Bem, nem eu. — riu baixinho. — Ethan é adorável.

— Igual o pai. — Louis brincou e Harry revirou os olhos, sorrindo.

— Espero que não tenha herdado sua modéstia. — arqueou as sobrancelhas. — Pode fazer carinho na Kiara, pequeno. — disse ao menino. — Ela é dócil, não morde ninguém. Não mata uma mosca.

— Delicada como o dono. — Louis debochou e Harry lhe mostrou à língua. Teria mandado o outro ir à merda se não estivessem na presença de uma criança.

— Lou! — protestou. — Não sou tão delicado assim.

— O que vai fazer depois daqui? — o outro indagou, curioso.

— Ir para a casa, hoje não faço nada da faculdade porque é sábado e é o meu dia de descanso. — amarrou seus cabelos em um coque alto e respirou fundo. — Talvez tirar algumas fotos, sei lá. Meu feed não é alimentado há algumas semanas. Ou tentar aprender uma nova fonte de lettering para os meus resumos.

— Eu imagino sua mesinha de estudos abarrotada de marca-textos coloridos, canetas de diversos tamanhos e muito, muito post-it colorido. — riu. — E blocos de folhas grossas o suficiente para que a tinta não transfira. Cheio de frufrus.

— Não reclame, eu te entreguei um relatório todo caprichado e bonito, com título, subtítulo e explicações por tópico, cada assunto de uma cor e uma letra linda. — revidou. — E eu tirei dez.

— Pelo conteúdo, não por essas frescuras.

— Você é um velho rabugento e ranzinza! — foi sincero. — Um senhorzinho do século XIX que veio parar aqui por acidente. — riu. — Múmia.

— Vai se lascar!

— Já sente dor no ciático?

— Às vezes.

— Ai, Louis, você é um idosinho no corpo de um cara de trinta anos! — balançou a cabeça. — Seu pai é um velho, Ethan.

— É não! — o garotinho reclamou. — Quem você pensa que é para chamar o meu pai de velho? Você também é velho!

Harry arregalou os olhos, assustado com Ethan, não esperava aquela resposta do menino. Olhou para Louis, que estava igualmente surpreso e tentava segurar o riso, pois o pequeno bravo era realmente adorável e engraçado, mas ele havia agido com falta de modos e era o dever do pai repreendê-lo.

— Filho, eu não te eduquei assim. — disse calmamente. — Peça desculpas para o Harry, você foi rude.

— Não fui. — cruzou os bracinhos. — Ele te chamou de velho!

— Isso não é uma ofensa, amor, Harry só estava brincando com o papai. Está tudo bem. Peça desculpas a ele.

Ainda contrariado, Ethan se aproximou de Harry e sussurrou um pedido de desculpas antes de se inclinar e dar um beijo na bochecha do rapaz, logo se sentando ao lado de Louis e acariciando os pelinhos de Kiara.

— Me responda. — Louis cobrou de Harry. — Está ocupado hoje à tarde?

— Não oficialmente, mas sempre arranjo algo para fazer. — sorriu. — Por quê?

— Quer ir lá para casa? Dormir lá, talvez?

— Não, Lou, é o seu momento com Ethan. — sorriu e suas bochechas coraram. — Aproveite.

— Quer almoçar com a gente? — coçou a nuca. — Vamos para o shopping, no McDonald's. Quer ir conosco?

— Ah, eu topo. — sorriu. — Aproveito e deixo a Kiara no pet shop, ela está imunda, não tomou banho semana passada. O pelinho dela tem que ser escovado para ficar fofinho assim. Ela até que gosta de ser mimada. — acariciou as orelhinhas da cadelinha. — Não é, meu amorzinho? Coisinha linda.

— Ela é de raça?

— Spitz alemão. — murmurou. — Minha mãe fica mais com ela, sabe? Na maioria dos dias eu fico em casa, mas me fecho no quarto porque essa coisinha quer comer meus post-it's! Quando desço para fazer alguma coisa ela fica pulando no meu pé. É a alegria da casa.

— Podemos ter um cachorrinho, papai? — Ethan indagou baixinho, temendo um não como resposta. Louis suspirou e crispou os lábios.

— Não, anjinho. — respondeu, entristecido por não poder dar um bichinho ao seu filho. — O papai não tem tempo para cuidar dele, entende?

Ethan assentiu e Harry ficou de coração partido, o menininho ficou cabisbaixo e estava à beira das lágrimas.

— Você pode brincar com a Kiara sempre que quiser, pequeno. — ergueu o queixo do garotinho e fitou seus belos olhos azuis. Enxugou uma lágrima que escorreu por sua bochecha e sorriu amoroso. — É só pedir para o seu papai me ligar que eu apareço com ela na casa dele, huh?

Ethan assentiu e Harry segurou suas mãozinhas, olhando para os seus dedos gordinhos. Viu uma mancha vermelha em seu punho e subiu a manga da blusa, arregalando os olhos ao ver marcas de cigarro na pele do pequeno. Seu coração se apertou, Louis fumava, mas era claro que amava o filho e jamais o machucaria daquela forma. Não podia ser dele. Será que Ethan pegou uma bituca no cinzeiro e se queimou?, se questionou.

— Louis. — disse sério e mostrou o bracinho de Ethan ao outro. — O que é isso?

— O quê? — olhou e segurou a mão do filho, subindo sua manga e analisando a pele clarinha como leite, com três marcas vermelhas. — Meu Deus. Filho, como isso aconteceu?

Harry achou que Louis explodiria ali mesmo em sua frente, suas feições eram tão raivosas que ele estava prestes a espumar, contendo-se ao máximo para não extravasar seu nervosismo. Seu filho estava machucado e aquilo era absurdo, não perdoaria jamais quem fez tal coisa com seu menino.

— O papai deu uma festa. — olhou para Louis e Harry engoliu em seco com a dor que viu no rosto do garotinho. Ele quis o abraçar e protegê-lo de todo o mal. Como alguém consegue maltratar uma criança?, se questionou e não chegou a nenhuma resposta plausível. — E o Finn ficou mal.

— Mal?

— Ele estava caindo e tropeçando. Os olhos dele estavam vermelhos também e ele estava fedido.

Louis fechou os olhos e respirou fundo, queria socar aquele desgraçado do Finn por machucar seu menino.

— Ele estava com aquela coisinha que você usa e sai fumaça. — Ethan continuou. — Eu estava no quarto do papai, sozinho, e ele apareceu. Ele foi me tirar do quarto e a ponta da coisinha encostou aqui.

— Meu Deus. — em um ato instintivo, Harry segurou o garotinho que mal conhecia no colo e o aninhou em seus braços, beijando seus cabelinhos lisos. — Está tudo bem agora, Ethan. Isso não vai mais acontecer, huh? O seu papai fez alguma coisa?

— Não. — murmurou e não quis sair do colo de Harry, achava o lugar quentinho e confortável, além de estar com um pouco de medo de Louis, pois as expressões de seu papai não eram nada amigáveis. — O meu papai Adam nem viu. Nem a vovó.

— Eu também não reparei quando te dei banho. — Louis passou as mãos pelos cabelos, sentia-se tão irresponsável por não ter notado. — Alguém mais te machucou? — indagou preocupado e Ethan balançou a cabeça. — Certo. Mostre o bracinho para o papai. — subiu a manga da blusa e tirou o celular do bolso, fotografando o machucado. — Vou fazer alguma coisa quanto a isso, filhote, não se preocupe. Assim que chegarmos em casa o papai vai fazer um curativo, huh?

Louis estava com tanta raiva que seria capaz de esganar Finn. Ninguém, absolutamente ninguém mexia com o seu filhotinho. Ninguém.

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