In The Embers

Od amendoline

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Um jovem policial tem um encontro ocasional com um médico de um dos maiores hospitais de Hong Kong. Desse enc... Více

Introdução à fanfic
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9 [+ EXTRA: HUALIAN]
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16 [+EXTRA HUALIAN]
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20 [+EXTRA HUALIAN]
Capítulo 21
Capítulo 22 [EXTRA HUALIAN]
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25 [+EXTRA HUALIAN]
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35

Capítulo 4

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Od amendoline

So, if you're mad, get mad
Don't hold it all inside
Come on and talk to me now

Hey, what you got to hide?
I get angry too...Well I'm a lot like you

When you're standing at the crossroads
And don't know which path to choose
Let me come along
'Cause even if you're wrong

I'll stand by you

I'll stand by you – The Pretenders

O plantão de Xiao estava quase no fim. Ele estava sentado em sua sala organizando as receitas em cima de sua mesa, quando decidiu abrir o computador e dar uma busca no paciente que havia se queimado com café. Quando o policial foi embora apressado da sala de atendimento se recusando a receber maiores cuidados do médico, Xiao se assegurou de pegar a etiqueta de seu atendimento para poder saber o seu nome.

"Wang Yibo." Ele falou enquanto digitava o nome no sistema e relia os exames que ele havia feito.

O médico leu com calma como estavam todas as taxas de Yibo no exame de sangue. Algumas alterações podiam ser vistas, mas nada demais. Numa consulta comum, ele receitaria algumas vitaminas e talvez que ele pegasse um pouco de sol pela manhã, mas nada que fosse totalmente alarmante. Os exames do rapaz não mostravam nada preocupante.

Enquanto se concentrava e pensava sobre o caso, lembrou da conversa que teve com seu sênior sobre Yibo. Enquanto eles falavam sobre a grave doença que ele tinha, Xiao não pôde evitar entrar ainda mais no assunto. Ele acabou cascaviando de forma curiosa coisas sobre a vida pessoal do policial.

"Dr. Xiao, sabe o que me impressiona?" Tinha falado o sênior na conversa. "Que ele esteja trabalhando na polícia. Quero dizer, não é como se ele fosse um incapaz, mas é uma profissão de risco para uma pessoa comum, imagina para alguém como ele."

"Também acho curioso. E como ele passou nos testes tendo essa condição? Os exames solicitados..."

"Os exames não detectam analgesia crônica. Não os simples, não os de admissão trabalhista. Ele pode simplesmente ter omitido o fato para entrar na corporação. Eu não entendo é por que alguém que pode facilmente morrer por não perceber uma infecção na unha poderia escolher trabalhar num ramo em que a qualquer momento pode se machucar ou levar um tiro."

Xiao suspirou, desligando o computador. Já havia passado dez minutos do fim de seu plantão e ele estava exausto. Ele se virou para pegar suas coisas, mas viu um saquinho ao lado da sua bolsa que ele tinha separado mais cedo. Eram os medicamentos do policial Wang, que ele tinha que tomar e usar para melhorar logo da queimadura, mas ele não teve oportunidade de lhe dar antes de ele ir. Como ele podia fazer para lhe entregar?

Caminhando para pegar um táxi para sua casa, já fora do hospital, Xiao pensou no que podia fazer para entregar ao policial os remédios. Ele deveria ir ao distrito policial? Mas em qual ele trabalhava e em quais turnos? Não seria muito invasivo agir daquela maneira?

O táxi já havia parado na porta de sua casa quando ele se lembrou do restaurante coreano. Por ter sua mania indiscreta de encarar as pessoas, ele se lembrava bem de Yibo no restaurante. Ele parecia frequentar o lugar, pois pediu a comida sem olhar no cardápio. Era isso. Xiao deu uma risada, orgulhoso de si mesmo. Já em sua casa, ele colocou sua bolsa no sofá, sentando ao lado dela e pegou o saquinho de remédios do policial, balançando no ar.

..

Enquanto atravessava a porta do distrito com uma caixa de donuts em uma mão e na outra, uma caixa contendo alguns cafés, Ai Xing reclamava sem parar. Alguns agentes tentaram lhe ajudar, mas ele passou por eles bufando que não precisava disso, e quando já ia para sua sala, se surpreendeu ao ver o agente Wang já na sua mesa, com o computador ligado e trabalhando.

"Não era para você tirar um dia de folga? O que você está fazendo aqui?"

Yibo não se deu ao trabalho de responder isso, mas olhou para o café e para os donuts. Se levantou, pegou um copo e um dos doces e saiu andando.

"Ei! Ei! Agente Wang! Ah meu deus, por que eu me importo?" Ai Xing meneou a cabeça e se trancou no seu escritório, ainda esbravejando coisas.

Yibo foi para o arquivo da delegacia, aproveitando que estava cedo e que lá não havia ninguém. Segurando o donut com a boca, ele abriu a porta, ligou a luz e se trancou por dentro. Ele pegou o donut, não sem antes dar uma mordida, e começou a comer enquanto procurava pelos armários uma pasta conhecida. Só após engolir todo bolinho e tomar mais da metade do café foi que ele pegou a pasta e se sentou no chão, abrindo e vendo os papéis de dentro.

Ele já havia lido aquilo dezenas de vezes, mas sempre ia lá para recordar o que tinha escrito. Yibo também espalhou as fotos que tinham arquivadas e pegou as provas ensacadas – alguns cartuchos de bala, uma arma e uma caneta.

"O que eu não estou vendo?" Ele se perguntou enquanto pegava uma das fotos. Nela, havia dois agentes da polícia deitados de bruços no chão com sangue por todos os lados. O agente olhou para o lado e viu a foto de Ai Xing baleado também. "Tem que haver alguma coisa..."

Depois de organizar tudo de novo e sair da sala de arquivos, Yibo se dirigiu à sala de Ai Xing. Ele estava menos estressado – provavelmente por ter comido cerca de quatro donuts e se entupido de açúcar – e estava saindo de uma ligação.

"Devíamos conversar sobre o caso de cinco anos..." Yibo começou, mas Xing o interrompeu.

"Hoje não podemos fazer nada. Preciso que você reporte a Central os óbitos de ontem. É um problema grande que eu não sei por que motivos estou envolvido nele. Eu não entendi bem o que aconteceu e quem morreu de fato, foi tudo muito confuso e eles querem resolver internamente. Não é nosso papel investigar, apenas reportar o que foi coletado no hospital."

Yibo assentiu, mesmo que um pouco contrariado e se aproximou da mesa de Xing para pegar os documentos que tinha que reportar e notou a mesa toda bagunçada, torcendo a boca para aquilo. Ele também olhou para o porta-retratos ao lado do telefone de Ai Xing, que tinha a sua foto com sua família e o policial Hao Ting. Ai Xing notou que Yibo encarava a imagem e pegou a foto em suas mãos.

"Eu queria conversar com você sobre o caso de cinco anos atrás. É verdade, juro para você. É de meu total interesse. Não pense que não é. Eu quase morri e Hao Ting era meu melhor amigo. Eu só estou cansado de sempre procurar coisas sobre isso e nunca encontrar."

"Nós vamos achar alguma coisa ocasionalmente." O agente Wang respondeu. "Se procurarmos." Ele enfatizou. Antes que Xing pudesse o responder, ele já estava perto da porta. "Com licença." E saiu da sala, voltando para sua mesa para fazer o que lhe foi pedido.

A hora de almoço chegou e os policiais se reuniram para almoçar juntos. Yibo mais uma vez foi chamado para ir com eles comer, mas ele se recusou. Ele ainda ouviu um deles falar com outro: "Por que você ainda o chama? Que perda de tempo, você não sabe que ele é um antissocial?" mas não ligou. Ele vestiu sua jaqueta e saiu caminhando para procurar algo para comer.

Yibo andou apenas alguns quarteirões e chegou até a pequena Chinatown, onde tinha o costume de comer no pequeno restaurante coreano. Ele chegou lá, abriu a porta, fazendo o sino dela tocar e já ia se sentar, quando alguém apareceu em sua frente.

"Sr. Wang." Xiao o cumprimentou com educação e sorriu para o policial.

Yibo franziu a testa e fez um cumprimento rápido com a cabeça. Havia reconhecido o estranho como o médico que tinha jogado café em cima dele e cuidado dele no hospital, mas não achou que aquilo era mais que uma outra coincidência. Ele já ia desviar para pegar uma mesa, mas Xiao foi para sua frente novamente.

"Sr. Wang, eu queria me desculpar novamente pelo que aconteceu ontem."

"Doutor, eu acho que você já se desculpou o suficiente por uma vida inteira lá no hospital." Yibo respondeu com certa impaciência. "Se me der licença, eu quero almoçar."

Xiao lhe estendeu o saquinho de remédios, o que Yibo não pegou porque não entendeu do que se tratava. Então o médico lhe estendeu de novo.

"São seus remédios para a queimadura, você não levou. E pode passar mal a qualquer momento de novo se não se cuidar."

"Eu já estou me cuidando" o policial respondeu, mas não entendia por que o médico estava sendo tão metido. Não era como se ele tivesse tido um braço amputado ou algo do tipo.

"Mesmo assim..."

"Doutor..." o policial começou. Ele respirou fundo, tentando parecer o mais educado possível naquela situação. "Eu já falei que está tudo bem, eu te perdoo, te desculpo, que rito ecumênico a mais eu tenho que fazer para que você entenda que eu estou bem?"

"Eu estaria mais sossegado se você me deixasse fazer um check-up, porque eu teria certeza." O médico respondeu prontamente.

"Eu só me queimei com café!"

"É, mas você não é uma pessoa comum, certo? Eu sei que você pode se sentir bem e achar que está tudo bem erroneamente porque não sente dor por causa da sua analgesia cong---"

Antes que Xiao pudesse terminar, Yibo tampou a sua boca apressado. Por causa disso, Xiao ficou com os olhos arregalados de susto por detrás de seus óculos. O policial olhou para os lados para ter certeza de que não havia ninguém conhecido no lugar e arrastou o médico para um canto do restaurante e o fez se sentar em uma mesa, sentado em sua frente. Yibo o encarou completamente consternado.

"O que você disse?" Perguntou o agente Wang quase sussurrando.

"Bem, você tem analge—"

"Fale baixo!"

"Desculpa." Miou Xiao, baixando um pouco a cabeça.

"Como você sabe disso?"

"Bem, eu te consultei e vi os seus exames..."

"Eu tenho certeza que você não descobriu pelos meus exames. O diagnóstico não sai em exames comuns de sangue. Como você sabe disso?"

O médico já ia começar a falar, quando a garçonete se aproximou com o cardápio. Xiao olhou para o policial, que estava tão irritado que as bochechas pareciam inchadas como as de uma criança que estava com birra. A situação não era das melhores, mas mesmo assim ele a achou engraçada e teve vontade de rir. Ele segurou-se para perguntar ao policial:
"Eu posso pedir algo? Eu não tomei café e a gente pode conversar com calma e então eu te explico."

"Eu quero um bibimbap" Yibo disse para a garçonete, ignorando a pergunta do médico. Ele coçou as têmporas de forma nervosa. Xiao entendeu isso como um sim.

"Dois então." Disse o médico. Quando a moça se retirou, ele pareceu um pouco constrangido com aquela situação.

Inicialmente, Xiao achava que seria fácil conversar com o policial, mas ele parecia uma pessoa bem difícil de lidar. Ele sabia que o sr. Wang tinha todos os motivos para estar com raiva dele por ter sido hospitalizado por sua culpa, mas também estava achando um pouco exagerada a sua atitude.

Ele parecia pensar alto, quando acabou falando o que estava pensando: "Ah, a irritabilidade é um dos sintomas..."

"Do que você está falando?" Yibo lhe perguntou. "Eu quero saber como você sabe o que eu tenho."

Xiao sabia que não podia denunciar o seu sênior, que foi quem lhe contou, então ele pensou rápido para dar explicações a Yibo.

"Bem, eu juntei as peças, na verdade. Primeiro que você se queimou e não reclamou de dor e o seu amigo policial me disse que você tinha falado que não sentia nada. Enquanto eu passei remédio na sua queimadura, que por acaso é de segundo grau, você nem mexeu a pálpebra na maca do hospital. E também teve o dedo..."

"Que dedo?"

"Seu dedo deslocado da mão, que eu coloquei no lugar e você sequer acordou."

O agente Wang bufou. Ele nem se lembrava do dedo, que, de fato, ele tinha deslocado ao dormir no dia anterior e que agora estava no lugar. Ele não fazia ideia que quem tinha feito isso tinha sido a pessoa na sua frente. Ele ia responder alguma coisa, mas o pedido deles havia chegado. A garçonete lhe serviu primeiro e quando colocou o prato de Xiao, este notou que a aparência do pedido de Yibo parecia bem superior ao seu e que a porção de kimchi dele estava faltando, mas não a de Yibo. Mesmo notando todas essas coisas, ele não reclamou e começou a comer.

"Se o senhor me permite, eu queria perguntar uma coisa." Xiao disse depois de dar umas beliscadas no prato. Yibo sequer tinha tocado na comida.

"Eu acho que quem tem que responder algumas coisas aqui é você."

"Por que você não foi imediatamente ao hospital se sabia que tinha se machucado? Quero dizer, você estava em um hospital quando desmaiou, pelo que soube, mas não foi para lá por causa da queimadura, mas por questões de trabalho."

"Eu não achei que era tão grave."

"Tudo que acontece com você não devia ser considerado grave, levando em conta a sua an—" Xiao parou, pois lembrou que Yibo havia se irritado quando ele mencionou o nome da sua condição. "...a sua situação especial?"

O policial finalmente pegou seus hashis e começou a brincar com a comida. Ele encarou o médico na sua frente, o analisando, e então o respondeu:

"É impossível saber quando se está bem ou mal quando não se sente nada." Disse. "Eu não tenho como adivinhar se vou passar mal de uma dor de barriga ou por causa de uma unha encravada e certamente não imaginei que uma queimadura com café me faria ser hospitalizado."

"Entendo." Disse Xiao. Ele deu um sorriso sincero e compassivo. "E por que então alguém que vive dessa forma escolhe ser policial, dentre todas as profissões? O risco que você corre..."

"Desculpe, mas isso não é da sua conta." Yibo foi ríspido dessa vez. "E eu espero que você não saia por aí espalhando coisas sobre mim que me exponham. Já é demais que esteja me pressionando dessa maneira."

"Claro que não. Eu prometo que não." Xiao disse. No entanto, ele virou os olhos para um lado e para o outro. Não podia evitar de se preocupar e queria muito consultar o policial e tirar todas as dúvidas quanto à sua saúde. Ele sabia que era errado agir daquela forma inconveniente, sabia também que nenhuma das coisas que ele faria a partir daquele momento eram de seu feitio... mas não sabia como agir para driblar o contrariado homem na sua frente, então ele respirou fundo e falou baixo, quase imperceptível. "Se..."

Yibo ergueu a sua vista e olhou atento para o médico, quase como se antenas saíssem de sua cabeça.

"Você disse 'se'?"

O médico se levantou de repente e pegou a carteira para colocar algumas notas em cima da mesa.

"Se você deixar eu fazer o check-up, eu prometo que não conto pra ninguém."

Yibo estava chocado. O médico lhe cumprimentou educadamente e se retirou rápido do restaurante, quase como algum fugitivo que tentava escapar.

"Mas que filho da---" O policial se apressou a deixar o dinheiro do almoço intocado em cima da mesa e correu para fora do restaurante também, alcançando o médico, que já estava na esquina. Este, mesmo já sabendo que seria abordado do lado de fora, fingiu surpresa.

"Policial Wang." O cumprimentou.

"Doutor... doutor..."

"Xiao."

"Doutor Xiao, o que pensa que está fazendo? Como pode me pressionar dessa forma, quando eu disse que não queria ser incomodado?"

As pessoas passavam por eles na rua encarando e, ao notar isso, Yibo se afastou um pouco do médico, porque não havia notado que estava tão próximo dele, praticamente o acuando numa parede de loja.

"Eu nunca vi um caso como o seu na vida, só mesmo ouvi falar dele na faculdade de medicina. A única coisa que eu quero é poder avaliar sua saúde e saber se, por minha causa, você precisará de cuidados maiores. Eu juro para você que não quero nada além disso."

"Mas eu não quero fazer isso! O que você pretende fazer se eu me recusar?"

Xiao suspirou falsamente. Ele não era daquele jeito, não agia daquela forma normalmente, mas achava divertido como o policial se exaltava por uma situação tão simples de se resolver, então continuou com sua farsa:

"Eu vou me reunir com meus amigos e falar que atendi uma pessoa com a condição rara de analgesia congênita, vou levantar a curiosidade da classe médica do maior hospital de Hong Kong e tenho certeza que eles vão procurar no sistema todos os casos que eu atendi até chegar a você."

"Você está me ameaçando!?"

"Eu? Eu só quero te oferecer uma consulta..."

Yibo passou as mãos no rosto. Ele parecia fumaçar e estar prestes explodir como uma panela de pressão cheia de água. O policial olhou para o médico, fechou o punho e franziu a boca. Ele mentalizou: ele é só um médico... ele é só um médico...controle-se...

"Próxima semana eu passo no hospital." Respondeu à força, usando todo o autocontrole que tinha, que estava perto do número zero.

"Amanhã."

"Amanhã?! Eu não posso amanhã, eu trabalho, estamos no meio da semana!"

"Bem, eu sou seu médico, lembra? Eu posso te dar um atestado." Xiao sorriu largamente, pegou do bolso o saquinho que estava carregando desde o dia anterior e colocou na mão do policial. "Até amanhã, sr. Wang. Eu lhe espero às 07:30h na emergência."

Sem um pingo de vergonha, Xiao cumprimentou educadamente Yibo pela décima vez naquele dia com um sorriso e saiu andando pelas calçadas da pequena Chinatown de volta ao hospital.

..

Ai Xing e os outros policiais encaravam o agente Wang de um canto do distrito enquanto tomavam café. Isso porque ele digitava no computador com tanta força que parecia que ele estava descontando nele todas as frustrações de uma vida inteira.

"O que aconteceu?" Questionou um dos policiais enquanto ria da situação.

"Eu não me atrevo a perguntar." Disse Xing.

Por outro lado, Yibo, que estava fazendo relatórios, não parava de pensar no médico atrevido que havia lhe dado uma valsa poucos minutos atrás.

"Me desculpe, sr. Wang, me deixe te ajudar, sr. Wang." Ele imitava de forma tosca a forma que o dr. Xiao falava infantilmente. "Eu devia ter dado voz de prisão a ele."

Ele pegou o saquinho que o médico havia lhe dado que tinha jogado de qualquer jeito em cima de sua mesa e o abriu para ver o que tinha dentro. Nele, havia pomada para queimadura, um vidro de comprimidos e um papel dobrado. O agente o abriu e leu o que estava escrito:

"Passe a pomada sempre depois do banho, mesmo que para dormir. Quando estiver em casa, procure ficar sem camisa para a pele respirar. Tome o comprimido de oito em oito horas até acabar o vidro." E havia uma carinha feliz desenhada num canto.

O agente Wang encarou a carinha sorrindente e lembrou do sorriso do médico e sua irritação quase passou um pouco. Por que aquele cara sorria tanto, mesmo quando o estava afrontando daquele jeito?

"O que é isso, uma carta de amor?" Ai Xing tomou as prescrições médicas da mão de Yibo, que se levantou com pressa para tomar elas de suas mãos.

"É uma receita médica para minha queimadura." Ele disse e colocou o papel com pressa no bolso da calça.

"Você voltou ao hospital?" Ai Xing perguntou. "E por que estava sorrindo olhando para esse papel, se era só uma receita? Está com febre de novo?"

Antes que Yibo pudesse ignorar Ai Xing como comumente fazia, um agente chegou com um chamado de assalto e o agente Wang pegou suas coisas de cima da mesa.

"Vou atender essa chamada e depois vou para casa." Falou, já andando para fora do distrito, enquanto vestia o colete a prova de balas, mas antes de sair, se virou para o seu sênior. "Ah sim, amanhã eu vou tirar o dia de folga."

"Por que?" Xing questionou com as mãos na cintura.

"Bem, é que meu médico me pediu um check-up."

___________________

a comidinha que os meninos comem no restaurante coreano que se chama bibimbap é uma espécie de salada coreana que pode ou não vir com carnes/ovos dentro.Segue a foto:

Segue também a cartinha que o Xiao escreveu nos remedinhos do Yibo, com as prescrições médicas:

Fortes emoções yizhan estão por vir e eu confesso que to rindo que nem um gremlin na minha casa com o que está nos cap que virão pq eu fico rindo de nervoso qnd as partes que eu gosto começam a aparecer nas histórias que eu escrevo. 

Queria mt agradecer a quem tá lendo, comentando e me dando feedback, isso é importante e incentiva a continuar.

Quem gostou da um grito caldeirãooooooo 

a música do cap é essa:

até a próxima!

Pokračovat ve čtení

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